Dossiê Pa-kua.

1 – INTRODUÇÃO: ARTE MARCIAL X FINJUTSU.

    A diferença entre uma arte marcial verdadeira e uma falsa pode ser bastante subjetiva, mas em geral, uma arte marcial verdadeira é aquela que tem uma longa história de desenvolvimento, é praticada em todo o mundo e tem um conjunto de princípios e técnicas claramente definidos. Uma arte marcial falsa, por outro lado, pode ser uma prática inventada recentemente sem uma história de desenvolvimento comprovada ou pode ser uma prática que foi criada para fins comerciais, sem uma base sólida de princípios e técnicas.

    Algumas das características de uma arte marcial verdadeira incluem:

  1. Um conjunto de princípios e técnicas claramente definidos e estudados.
  2. Uma história de desenvolvimento e prática que remonta a muitos anos.
  3. Uma comunidade global de praticantes e instrutores.
  4. Um foco no desenvolvimento físico e mental do praticante.
  5. Uma ênfase na autodefesa ou na competição esportiva com regulamentação bem estruturada.

    Algumas das características de uma arte marcial falsa incluem:

  1. Uma falta de história ou tradição comprovada.
  2. Forte apelo ao orientalismo e a apropriação cultural.
  3. Técnicas que parecem mais teatrais do que eficazes em situações reais.
  4. Uma ênfase excessiva na forma em detrimento da função.
  5. Uma comunidade mais próxima à romantização de um líder.
  6. Comportamento de seita e messianismo.
  7. Uma ênfase excessiva no marketing e na comercialização da prática.

1.1 – O que é Finjutsu?

    Finjutsu é uma palavra inventada que se tornou popular em discussões de fóruns online, especialmente no extinto site Orkut, entre os anos de 2004 a 2013. O termo é um acrônimo das palavras "Fingir" e "Jutsu", que significam, respectivamente, "simular" ou "fingir" e "técnica" ou "arte". O resultado da combinação dessas palavras é "a arte de fingir que sabe artes marciais com a intenção de enganar as pessoas".

Principal fonte de
informações pakuanas,
pura verborragia.
    Na verdade, o termo Finjutsu é utilizado para se referir a charlatões, picaretas e falsos artistas marciais que enganam pessoas que não têm conhecimento sobre artes marciais. Esses indivíduos podem se apresentar como mestres em artes marciais, exibindo supostas habilidades extraordinárias, mas na verdade são apenas impostores que fingem saber artes marciais. Esse tipo de prática é bastante comum em muitas partes do mundo, com falsos artistas marciais se aproveitando da admiração que muitas pessoas têm pelas artes marciais para obterem lucros financeiros. Muitas vezes, esses charlatões usam truques e técnicas de ilusão para enganar as pessoas, como se apresentar como mestres de artes marciais com habilidades sobrenaturais, quando na verdade são apenas truques de mágica ou habilidades comuns que qualquer pessoa pode aprender.

    O termo Finjutsu é uma forma menos agressiva de se referir a esses charlatões, e muitas vezes é usado de forma bem-humorada para descrever esses impostores. No entanto, a prática do Finjutsu é um sério problema na comunidade de artes marciais, já que prejudica a credibilidade dessas artes e pode colocar as pessoas em risco, especialmente quando se trata de instrutores falsos que ensinam técnicas ineficazes ou perigosas. É importante lembrar que, para evitar cair nas mãos de charlatões e falsos artistas marciais, é fundamental buscar informações sobre as credenciais do instrutor e a reputação da escola antes de se matricular em aulas de artes marciais. Além disso, é importante ser crítico em relação às habilidades que estão sendo apresentadas, questionando a eficácia das técnicas e habilidades que estão sendo ensinadas. A prática das artes marciais é algo que requer tempo, dedicação e disciplina, e não pode ser aprendida de forma rápida ou fácil por meio de truques e enganações.

    Este dossiê foi criado para fornecer informações claras e precisas sobre o Pa-Kua Hermano. Este dossiê aborda o histórico suspeito, o suposto "conhecimento" e as disciplinas nada convencionais associadas a essa prática. É importante esclarecer esses pontos para que os leitores possam ter uma compreensão mais precisa sobre o assunto. O objetivo deste tópico é fornecer informações atualizadas e relevantes em um só lugar, a fim de facilitar o acesso às respostas necessárias. Todas as fontes utilizadas estão disponíveis para evitar falsas acusações de calúnia. Para evitar confusão com o verdadeiro Pa-kua Chang, o termo "Pakua Hermano" é adotado aqui.

1.2 – Pratica de arte marcial finjutsu é considerado crime?

    Praticar arte marcial charlatã que usa símbolos orientais para persuadir a vítima e também cursos irregulares sem qualificação, curandeirismo (acupuntura, massagem, reiki, reflexologia sem possuir experiência) pode configurar uma série de infrações, tanto do ponto de vista do código penal quanto do código do consumidor.

    No âmbito do código penal, a prática dessas atividades pode configurar crimes como estelionato (artigo 171 do Código Penal), exercício ilegal da profissão (artigo 47 da Lei das Contravenções Penais), falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal) e outros. Além disso, em caso de lesão corporal ou morte decorrente do exercício dessas atividades, os responsáveis podem responder por crimes de natureza mais grave.

    No âmbito do código do consumidor, a prática dessas atividades pode configurar infrações como publicidade enganosa, venda de produtos ou serviços com informações falsas ou insuficientes, prática abusiva, entre outras. Essas infrações estão previstas no Código de Defesa do Consumidor e podem resultar em sanções administrativas, como multas e suspensão das atividades, além de processos judiciais movidos pelos consumidores lesados.

    Em resumo, a prática de arte marcial charlatã, cursos irregulares e curandeirismo pode ser enquadrada tanto no código penal quanto no código do consumidor, dependendo do caso. É importante que as autoridades competentes atuem para coibir essas práticas, a fim de proteger a saúde e a segurança dos consumidores e evitar que sejam enganados por atividades fraudulentas.

1.3 – Estilos que mostraram ao que vieram na raça e na coragem.

·         Vamos começar com a Capoeira. A Capoeira é uma luta que se desenvolveu nas cidades. O mestre Bimba costumava fazer testes de resistência com seus alunos. Ele colocava o aluno em uma rua deserta e outros alunos mais experientes o atacavam enquanto ele atravessava a rua. Isso ajudava a testar e desenvolver suas habilidades na luta.

·         Masutatsu Oyama desenvolveu o estilo Karate Kyokushin Kaikan para provar que seu estilo era mais realista do que o Karatê tradicional. Ele criou um estilo que focava no fortalecimento do corpo, mas também era muito rigoroso. As competições eram de contato máximo e sem equipamento de proteção. Isso significa que os praticantes precisam ter muita perseverança e determinação para praticar esse estilo.

·         O Jiu Jitsu brasileiro é uma variação do Ju-Jutsu, trazido ao Brasil por imigrantes japoneses. Ele se concentra em lutas no chão e foi desenvolvido pela família Gracie. Eles promoviam desafios a outros lutadores para mostrar que seu estilo era muito eficiente. Esses desafios ficaram conhecidos como Gracie Challenge e mais tarde evoluíram para o UFC, um evento de lutas que é conhecido em todo o mundo.

1.4 – Estilos Finjutsu que surgem por aí.

    Após explicado como surge uma arte marcial, a falsa arte marcial é aquela que se baseia em mitos, lendas e históricos que se provam anedóticos, também se usa muito o argumento do apelo à tradição (argumentum ad antiquitatem) por afirmar que algo só é verdadeiro ou bom porque é "antigo". 

    A arte marcial falsa é aquela que apresenta elementos que não correspondem naquilo que se propõe, desde técnicas pirotécnicas e muito mau executadas e movimentos exagerados que não funcionam numa situação de perigo. Em muitos casos não possui histórico, linhagem ou fontes verificáveis já que a intencionalidade é tirar vantagem financeira de pessoas leigas no assunto.

    Infelizmente a profissão de instrutor de arte marcial não é regulamentada no Ministério do Trabalho; por isso falsos instrutores de arte marcial não podem ser enquadrados por  “charlatanismo”, “estelionato” ou “falsidade ideológica”. O que esses caras fazem é apenas concorrência desleal, por isso enquanto você pena para trazer alunos para sua academia, o charlatão enche a sala com gente iludida de promessas vazias e conhecimento marcial de filme de Sessão da Tarde. Assim é necessário combater o estelionato marcial com informação.

  2 – MITO DO FUNDADOR E MANIPULAÇÃO HISTÓRICA. 

    O mito do fundador é uma narrativa inventada ou exagerada que descreve a origem do Pakua Hermano que não tem base histórica ou factual. Essa história geralmente apresenta um fundador carismático e lendário que supostamente criou a arte marcial com base em uma visão, sonho ou experiência única.

Reprodução de folheto de 2007 

    O mito do fundador pode ser criado por várias razões, incluindo o desejo de aumentar a credibilidade ou a popularidade do Pakua Hermano, seja por motivos financeiros, como vender cursos ou as tais “maestrias” relacionados ao suposto “conhecimento Pa-kua”. No entanto, esses mitos são frequentemente desmascarados por estudiosos e historiadores das artes marciais que pesquisam e documentam as verdadeiras origens e desenvolvimento do Finjutsu em questão. Que é o que será abordado aqui...

    Um belo exemplo de mito é a falsa história de origem do Taekwondo atribuída a um grupo de jovens aristocratas de um grupo de elite chamado “Hwarang” de dois mil anos atrás que treinavam arduamente praticando uma suposta luta chamada “Subak” e Taekyon. Toda esta história foi criada pelo Governo Sul-Coreano para mascarar a verdadeira origem do Taekwondo ter sido criado com base no Caratê japonês em razão da ocupação entre 1910 até 1945. Quem desmascarou essa falsa origem foi o Mestre de Taekwondo André Alex Lima, brasileiro radicado nos Estados Unidos[14].

    O mito do fundador é muito prejudicial para seus praticantes, pois pode levar a uma perda de credibilidade e confiança na autenticidade e afastá-los pela busca de uma arte marcial de verdade. Por isso, é importante que os praticantes e estudiosos das artes marciais mantenham uma abordagem crítica e baseada em evidências históricas ao pesquisar e documentar a história das artes marciais verdadeiras.

    Um artista marcial que se autodenomina um "Guru" das artes marciais, mas cujas afirmações são falsas e não são comprovadas, pode ser descrito como um impostor, charlatão ou fraudador. Essas pessoas muitas vezes se aproveitam da falta de conhecimento e discernimento do público em relação às artes marciais para ganhar credibilidade e lucro pessoal. No entanto, essas afirmações enganosas podem ser prejudiciais à comunidade de artes marciais como um todo, minando a confiança e a integridade das práticas. É importante que os praticantes e a comunidade de artes marciais sejam críticos e exigentes em relação a afirmações e credenciais de instrutores e líderes no campo.

 2.1 – A falácia da transmissão oral.

    Embora a transmissão oral tenha sido uma prática comum nas artes marciais chinesas antigas, é importante lembrar que isso não significa que a transmissão oral seja a única forma de transmitir conhecimento de forma precisa e confiável. De fato, muitos dos principais estilos de artes marciais chinesas hoje em dia foram desenvolvidos por mestres que documentaram seus ensinamentos por escrito ou por outros meios.

Puro gerador de Lero-lero.

    Além disso, a transmissão oral tem suas desvantagens, como a possibilidade de informações serem perdidas ou distorcidas ao longo do tempo e a dificuldade em manter uma transmissão precisa em grande escala. A transmissão escrita e outras formas de registro, como vídeos, são muito mais precisas e podem ser acessadas por muitas pessoas ao mesmo tempo.

    A alegação de que a Liga Internacional de Pa-Kua não tem um conjunto padronizado de ensinamentos, e que seu conhecimento é transmitido apenas oralmente, é uma falácia comum usada por charlatões e fraudadores para manter o controle sobre seu público. Sem um conjunto padronizado de ensinamentos, é impossível avaliar de forma objetiva a qualidade dos ensinamentos e a habilidade do praticante. A transmissão oral também pode ser usada como desculpa para a falta de habilidade ou conhecimento por parte do praticante ou instrutor.

    Em suma, a transmissão oral pode ser uma forma legítima de transmitir conhecimento em artes marciais chinesas, mas não é a única ou a mais confiável. A alegação de que a Liga Internacional de Pa-Kua não tem um conjunto padronizado de ensinamentos e que seu conhecimento é transmitido apenas oralmente é uma falácia usada para manter o controle sobre seus seguidores e é, portanto, altamente suspeita.

2.2 – O que é revisionismo histórico?

    O revisionismo histórico é uma prática que consiste em revisar ou reinterpretar eventos históricos com o objetivo de adaptá-los às ideias e interesses atuais de determinado grupo ou indivíduo. É uma forma de manipulação da história que busca mudar a narrativa para atender a um determinado propósito.

    Na prática das artes marciais, o revisionismo histórico pode ser utilizado para reescrever a história das técnicas e das escolas, a fim de fortalecer a reputação de uma arte marcial ou de um instrutor específico. Isso pode envolver a criação de lendas, apropriação de técnicas de outras artes marciais e falsificação de documentos históricos.

Fonte: Livro Pa-Kua 35 anos.

    Por exemplo, alguns instrutores de artes marciais podem alegar que suas técnicas são milenares e foram desenvolvidas por lendários guerreiros. No entanto, muitas vezes essas alegações não têm base histórica ou são exageradas. Além disso, alguns grupos podem apropriar-se de técnicas de outras artes marciais ou criar uma história fictícia para sua escola, para que pareça mais antiga ou respeitável.

    O revisionismo histórico também pode ser utilizado como forma de controle, onde os líderes de uma escola podem reinterpretar a história de sua arte marcial para criar uma narrativa que justifique sua autoridade e posição de poder dentro da organização. No entanto, o revisionismo histórico é uma prática perigosa, pois distorce a verdade e pode levar a falsas crenças e à perpetuação de mitos. É importante que os praticantes de artes marciais busquem a verdadeira história de sua arte marcial e que os instrutores sejam transparentes sobre sua formação e a origem das técnicas ensinadas.[Link 21]

2.3 – O que é o Bagua ou Pakua?

    Bagua, ou Pakua, é um conceito filosófico antigo da China que significa "oito trigramas ou oito mutações". Ele é representado por um diagrama octogonal com um trígama em cada lado. Os trigramas são combinações possíveis das energias Yin e Yang em três linhas, que representam diferentes significados dependendo da sua disposição. Existem duas disposições principais: a do Céu Primordial e a do Céu Posterior. O Bagua é a união desses trigramas e é usado para delimitar onde cada energia está localizada em pessoas e ambientes. Esse conceito é importante não só na filosofia Taoísta Chinesa e no I Ching, mas também nas artes marciais chinesas e na navegação.

    O I Ching é um jogo de adivinhação como o Tarot, e o Bagua é um oráculo e um amuleto. Os trigramas do I Ching são usados apenas para representação visual ou simbólica.[1]

 O símbolo do Bagua é composto por oito trigramas, que são símbolos de três linhas cada um, e é amplamente utilizado na cultura chinesa. Cada trigrama representa um dos oito princípios fundamentais do universo, de acordo com o I Ching, um antigo texto filosófico chinês. Os oito trigramas e seus significados são:

Trigrama

Hanzhi

Pronúncia

Representação

Qián – Chien

o céu, o poder criativo e a força masculina.

Kūn – K'un

a terra, a receptividade e a força feminina.

Zhèn – Jen

o trovão, o movimento e a excitação.

XùnShun

o vento, a penetração e a flexibilidade.

– Lee

o fogo, a claridade e a paixão.

Kǎn – K'an

a água, o perigo e o abismo.

Gèn – K'un

a montanha, a imobilidade e a persistência.

Duì – Dway

o lago, a alegria e a satisfação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 









    

A representação do Bagua é usado em várias áreas da cultura chinesa, como a arquitetura, a decoração, a medicina chinesa e a filosofia, além das artes marciais. Por exemplo, o Bagua pode ser encontrado na decoração de casas chinesas para trazer boa sorte e harmonia. Na medicina chinesa, o Bagua é usado para identificar os órgãos do corpo e seus relacionamentos energéticos. O símbolo também é usado na filosofia chinesa como uma ferramenta para entender o universo e seus princípios fundamentais.

Em resumo, o Bagua é um importante símbolo da cultura chinesa que representa os oito princípios fundamentais do universo, de acordo com o I Ching, e é usado em várias áreas, incluindo a arquitetura, a medicina chinesa e a filosofia, além das artes marciais.

2.4 – O I Ching tem uma grande influência na literatura taoísta.

    O Taoísmo é uma das principais filosofias da China antiga e influenciou profundamente a cultura chinesa. O I Ching, como um dos textos fundamentais do Taoísmo, é considerado uma fonte importante de sabedoria e inspiração para muitos escritores taoístas ao longo da história. O I Ching é muitas vezes referido como um livro de sabedoria e é considerado um guia para compreender o Tao, o princípio fundamental do universo no Taoísmo. Seus ensinamentos foram incorporados em muitas obras literárias taoístas, incluindo poemas, ensaios e textos filosóficos.

    Um exemplo notável de como o I Ching influenciou a literatura taoísta é o livro "Tao Te Ching", escrito pelo filósofo taoísta Lao Tzu. O Tao Te Ching é um dos textos fundamentais do Taoísmo e é considerado uma das obras mais importantes da literatura chinesa. O livro contém muitos ensinamentos baseados nos princípios do I Ching, como a compreensão da natureza dual e cíclica do universo e a importância da harmonia e equilíbrio em todas as coisas. Além disso, outros escritores taoístas, como Zhuangzi e Liezi, também incorporaram as ideias do I Ching em suas obras literárias. Em resumo, o I Ching tem uma influência significativa na literatura taoísta e é considerado uma fonte importante de sabedoria e inspiração para muitos escritores taoístas.

    O I Ching, é um dos textos mais antigos e importantes da cultura chinesa. Ele contém 64 hexagramas, cada um com seis linhas, que representam padrões universais de mudança e transformação. Cada hexagrama é formado por dois trigramas, que são símbolos de três linhas cada um, e representam os oito princípios fundamentais do universo. O I Ching é considerado uma fonte de sabedoria e inspiração para muitas áreas da cultura chinesa, como a filosofia, a religião, a literatura, a arte e as ciências. Ele é usado como um guia para compreender o Tao, o princípio fundamental do universo no Taoísmo, e como um meio de adivinhação e tomada de decisões.

2.5 – A arte marcial Baguazhang.

    Baguazhang é uma arte marcial chinesa que se destaca por seus movimentos circulares e evasivos. É baseado no conceito de Bagua (oito trigramas) do I Ching (Livro das Mutações), que representa a mudança e transformação constante na natureza e na vida. Acredita-se que o fundador do Baguazhang, Dong Haichuan (董海川), tenha estudado o I Ching e adaptado seus conceitos em uma forma de luta, incluindo seus conhecimentos anteriores de artes marciais que aprendeu como Fanziquan, Hongquan, Xingmenquan, Jingangquan e Luohanquan

Os praticantes de Baguazhang usam técnicas de armas brancas, chute, soco, agarre e arremesso, mas o foco principal é na movimentação circular e na utilização da energia interna do corpo (Qi) para criar movimentos fluidos e eficientes. O objetivo é evadir e desequilibrar o oponente, em vez de confrontá-lo diretamente.

    Baguazhang é frequentemente praticado em círculos ou em espirais, e os praticantes podem usar técnicas de camuflagem e mudança de direção para surpreender o adversário. Além de ser uma arte marcial, Baguazhang também é conhecido por suas aplicações terapêuticas, incluindo exercícios para melhorar a saúde e o bem-estar geral.

    Em resumo, Baguazhang é uma arte marcial chinesa que enfatiza a movimentação circular e a utilização da energia interna do corpo para desviar e desequilibrar o oponente, ao mesmo tempo em que promove a saúde e o bem-estar geral do praticante e não possui relação alguma quanto a Liga Internacional de Pa-Kua, entretanto pessoas desavisadas acabam aderindo a escola por pensar que se trata da mesma arte marcial.

    É dado relevante informar que os pakuanos já tentaram perverter a origem do Baguazhang colocando-se acima deles através de um artigo recuperado neste blog que inclusive expõe o autor pela fama de mentir.



2.6 – A influencia do Bagua em outras artes marciais.

    Além do Baguazhang, que foi descrito anteriormente, existem outras artes marciais que usam o Bagua como referência em suas técnicas e movimentos. Algumas delas são:

  1. Hsing Yi Chuan (形意拳): Também conhecido como Xingyiquan, é uma arte marcial chinesa que se concentra em ataques diretos e poderosos. Hsing Yi Chuan é baseado em cinco elementos (terra, metal, água, madeira e fogo) e três movimentos (avançar, recuar e ficar parado). O Bagua é usado em Hsing Yi Chuan para ensinar os movimentos circulares e a adaptabilidade.
  2. Taiji Quan (太極拳): É uma arte marcial chinesa que se concentra na promoção da saúde e bem-estar, além de ser usada para defesa pessoal. O Taiji Quan é baseado no conceito de Yin e Yang e é executado com movimentos lentos e suaves. O Bagua é usado em Taiji Quan para ensinar os movimentos circulares e a fluidez do movimento.
  3. Taekwondo (跆拳道): É uma arte marcial coreana que se concentra em chutes e golpes de perna. O Taekwondo usa os trigramas do I-Ching como base para suas formas, com a série de oito formas inspiradas em Taiji (태국 = Taeguk) e Bagua (팔괘 = Palgwe). O Bagua é usado em Taekwondo para ensinar a mudança de direção e a agilidade.
  4. Bajiquan (八極拳): É uma arte marcial chinesa que se concentra em golpes de punho e cotovelos. Bajiquan é baseado em movimentos curtos e poderosos e é usado para defesa pessoal. O Bagua é usado em Bajiquan para ensinar os movimentos circulares e a fluidez do movimento.

    Em resumo, o Bagua é uma ferramenta importante para ensinar movimentos circulares e fluidez do movimento em várias artes marciais, além de ser usado como referência para formas e trigramas em algumas delas. Exceto a Liga Internacional de Pa-kua que apenas copiam técnicas de outras artes marciais para vender ao leigo como algo exótico.

2.7 – Os riscos da apropriação cultural e o orientalismo desenfreado aplicado ao Finjutsu.

    A filosofia chinesa pode parecer complexa para os ocidentais devido à sua tradição e história muito diferentes da filosofia ocidental. Os sistemas de pensamento, termos e conceitos diferentes podem tornar difícil para os ocidentais entenderem a filosofia chinesa em sua própria lógica e perspectiva. Além disso, a filosofia chinesa tem uma abordagem mais prática e cotidiana do que a filosofia ocidental, muitas vezes se concentrando na busca pela harmonia e equilíbrio na vida cotidiana. Isso pode ser um desafio para os ocidentais, que estão acostumados a uma abordagem mais teórica e racional. A tradução dos textos filosóficos chineses também pode ser um desafio, devido às diferenças entre as línguas chinesa e ocidental em termos de estrutura gramatical e conceitual.

Fonte: Livro Pa-Kua 35 anos.

    Essas diferenças podem levar a interpretações diferentes e a uma compreensão limitada ou distorcida dos textos filosóficos chineses. No entanto, é possível para os ocidentais compreenderem a filosofia chinesa em sua própria lógica e perspectiva com um estudo cuidadoso e uma abordagem honesta e respeitosa, e encontrar insights valiosos para suas próprias vidas e pensamentos.

    A respeito da Liga Internacional de Pa-Kua, que utiliza de maneira inadequada o Bagua e o I Ching, pode-se dizer que estão envolvidos em "apropriação cultural" – um termo que se refere ao uso de elementos culturais de outros grupos sem compreender ou respeitar o seu significado e contexto original. Nesse caso, os apropriadores culturais estão utilizando símbolos como o Bagua e o I Ching de forma superficial e incorreta, sem compreender a profundidade do conhecimento oriental que esses símbolos representam. Tal apropriação pode levar a distorções do sentido original dos símbolos e contribuir para a perpetuação de estereótipos e preconceitos culturais. É, portanto, importante combater a apropriação cultural perpetrada pela Liga Internacional de Pa-Kua e promover a valorização e respeito pelas culturas originais, entendendo seus símbolos e conhecimentos em seu contexto e significado mais amplo.

    O termo "orientalismo" descreve um conjunto de estereótipos, preconceitos e distorções que surgiram no Ocidente em relação ao Oriente e aos povos orientais. Essas ideias foram disseminadas através da literatura, arte, mídia e outras formas de cultura popular, e foram utilizadas para enganar e explorar pessoas menos informadas. No contexto da apropriação cultural dos pakuanos, o orientalismo é uma ferramenta para criar uma imagem falsa e exótica do Oriente e dos povos orientais, a fim de obter lucro ou promover uma agenda. Por exemplo, o Pakua Hermano pode se apropriar desonestamente do Bagua e do I Ching para criar uma atmosfera "exótica" e "mística" em suas práticas, com o objetivo de atrair seguidores ou clientes desavisados. É fundamental compreender e combater o orientalismo, buscando conhecer e respeitar as culturas orientais em toda a sua complexidade e diversidade, em vez de se deixar levar por estereótipos e preconceitos culturais, como a Liga Internacional de Pa-Kua propaga incansavelmente.

2.8 – O que é o Pa-Kua? (Segundo os pakuamanos).

    “Pa-Kua é um conhecimento antigo que serve a humanidade desde os tempos antigos até o presente, na tentativa de entender as mudanças, adaptar-se a elas, e alcançar um estado de maior harmonia. Na Liga Internacional de Pa-Kua, abordamos esse conhecimento antigo e por meio da prática de uma ou mais das chamadas "maestrias", nossas oito modalidades (acrobacia, armas de corte, arqueria, arte marcial, pa-kua chi, ritmo, tai chi, e yoga chinês). Embora o nome “Pa-Kua” seja compartilhado com outras disciplinas orientais, nosso sistema de ensino é único e não possui ligação com elas. O que é ensinado na Liga é um conhecimento completo, prático e extremamente útil para todas as pessoas, independentemente da idade[3].”

    Escolhi utilizar o site oficial da Liga Internacional de Pa-Kua, pois, no livro da mesma Liga, o I-Ching é descrito de maneira messiânica, como um culto ou seita esotérica que ultrapassa os limites da razão. Porém, é relevante destacar que a antiguidade de uma prática não garante sua qualidade ou validade, apenas indica que é uma prática de longa data. É importante avaliar as práticas com base em critérios objetivos e compreender seu contexto histórico e cultural antes de formar opiniões, fica a dica do Mestre Shinn.

Pakuanos de Portugal passando vergonha.

    É importante ressaltar que o “conhecimento Pa-kua”, que se baseia em um forte apelo à tradição, não é necessariamente válido ou verdadeiro, e que a idade de uma prática ou conhecimento não é um indicador confiável de sua eficácia ou qualidade. Além disso, as explicações fornecidas pela Liga Internacional de Pa-Kua sobre as oito modalidades são bem vagas e baseadas em especulações, com o objetivo de atrair seguidores leigos para a prática. Essas estratégias de persuasão podem levar a situações perigosas, como no caso do coach motivacional que levou seu culto para as montanhas sem considerar os riscos envolvidos. [Link 1].

    Se o "conhecimento Pa-kua" não tem conexões com outras disciplinas orientais, então por que os praticantes de Pa-Kua estão copiando as rotinas do Baguazhang, falando tanto sobre a cultura chinesa, ensinando um Tai Chi que não é Taijiquan, uma Yoga que não é indiana, usando katanas, bokken e shinai, mas dizendo que é “sabre” chinesa, e chamando isso de arte marcial chinesa que não é Kung Fu, mas se é chinês então é Kung Fu!

    Isso pode ser comparado ao "Pa-Kua de Schroedinger", uma arte marcial que parece ser chinesa, mas ao mesmo tempo não é. Essa ambiguidade pode ser vista como uma óbvia falta de autenticidade e desrespeito pelas culturas originais, levando a uma distorção e entendimento de ser uma apropriação cultural de fato.

Arte: Mestre Shinn Pann Tzeh

    Nessa explicação, há uma tentativa de manipulação de pessoas leigas no assunto por meio de uma apropriação cultural explícita. Os pakuanos apresentam o Bagua como um “conhecimento muito antigo e venerado” quando, na verdade, é apenas um símbolo usado em artes marciais e entre estudiosos do I-Ching e do Feng Sui. A filosofia chinesa é complexa e culturalmente específica, o que é explorado ao máximo pelos pakuamanos ao promoverem a falácia do "conhecimento milenar adaptado para o ocidente”. A falta de um currículo técnico legítimo leva os pakuanos a inventarem suas próprias técnicas e plagiar técnicas de outras artes marciais. Uma simples pesquisa no YouTube põe em cheque qualquer “técnica original” que eles tentem promover.



    A falta de preparo dos pakuanos fica evidente quando questionados fora do discurso padronizado presente nos sites oficiais, é praticamente impossível você colocar um pakuano na parede para sustentar os argumentos que eles mesmos criam, sem que eles desconversem, fujam do local ou se façam de desentendidos..[5][6][8]

2.9 – Explorando os pontos principais:    

    O Bagua é uma prática que se limita a ser um oráculo, e não um conhecimento antigo como afirmado pelos pakuanos. A referência às artes marciais chinesas está relacionada ao Baguazhang, que se baseia nos movimentos circulares dos oito trigramas. No entanto, isso não se restringe apenas às artes marciais chinesas, como é o caso do Taekwondo, que possui duas séries de oito formas inspiradas nos trigramas[4]. Embora os pakuanos neguem qualquer relação com o Baguazhang, é possível encontrar vídeos deles copiando Taolu de Baguazhang como sendo suas técnicas.
 

Fonte: Pa-Kua 35 anos.

    O Pakua Hermano é uma organização argentina, não chinesa, que alega ter adaptado o conhecimento do Bagua para o ocidente, embora não haja nenhuma correlação entre o conceito filosófico chinês e a apropriação cultural que ocorre na Liga Internacional de Pa-Kua[8]. Esta organização utiliza técnicas de engenharia social para atrair e manipular pessoas leigas em artes marciais e cultura oriental, com apelo à tradição, orientalismo e ao exótico. O Bagua é descrito na primeira explicação como um mero oráculo usado por estudiosos do I-Ching e praticantes de Feng Sui, além de ser representado simbolicamente em katas de artes marciais coreanas. Portanto, o Bagua não é um conhecimento muito antigo, mas sim um amuleto ou um oráculo.

3 – O MITO DO FUNDADOR E AS FRAUDES.

I.G. Magliacano - O pai da mentira
   O livro lançado pela Liga Internacional de Pa-Kua Hermano em 2011, que conta a história da escola e do suposto líder Isidro Rogelio Giordano Magliacano, levanta diversas questões sobre a veracidade dos fatos narrados. A começar pela própria existência do mestre chinês I Chang Ming, do qual não há registros comprovados de que este realmente homem existiu. Além disso, a narrativa sobre a “jornada do herói” de Giordano é repleta de licenças poéticas, currículo marcial inflado, fatos exagerados e falhas na cronologia. Isso tudo levanta questionamentos sobre a veracidade dos fatos descritos no livro dos pakuanos contando a história e o surgimento da Liga Internacional de Pa-Kua. 
    É também preocupante o fato de que a venda do livro é restrita apenas a adeptos da Liga Internacional de Pa-kua Hermano, o que pode sugerir uma tentativa de controle da narrativa e de disseminação de informações seletivas. Sem contar de que é possível que exista ali pratica de venda casada.

     Outro ponto de preocupação é o status de divindade atribuído a Giordano após sua morte que eles chamam de “desaparição física”. Esse tipo de culto à personalidade não é saudável e pode sugerir uma falta de transparência e de crítica interna dentro da Liga Internacional de Pa-Kua Hermano.

    A história do encontro de Giordano com o misterioso mestre chinês I Chang Ming é puramente questionável em diversos aspectos. Primeiramente, a narrativa parece ser muito próxima a um roteiro de filme, com personagens que se assemelham ao famoso filme Karatê Kid, o que levanta suspeitas sobre a veracidade dos fatos. Além disso, a história parece ser baseada em uma série de coincidências improváveis, como o fato de que Giordano foi apresentado a I Chang Ming por seu tradutor, um monge jesuíta que estava casado com a filha do mestre chinês.[8]

    Cabe salientar que os monges jesuítas são membros da Companhia de Jesus, uma ordem religiosa católica fundada no século XVI por Santo Inácio de Loyola. Eles são conhecidos por seu trabalho missionário e por seu compromisso com a vida religiosa celibatária[link22]. Portanto, é improvável que um monge jesuíta fosse casado, já que isso contraria seus votos religiosos

Eis a prova: Deixamos deste tamanho para os pakuamanos não me acusar de mentir.👌

   Existem muitos questionamentos quanto à data em que essa história teria ocorrido - uma viagem para a Coreia do Sul em 1975, durante um exame de faixa preta de Hapkido. É difícil acreditar que uma oportunidade tão importante de graduação em artes marciais pudesse ser interrompida por um encontro com um misterioso mestre chinês. Além disso, não há informações claras sobre em qual região da Coreia do Sul Magliacano teria conhecido o suposto mestre, o que torna a história ainda mais questionável. A narrativa defendida pelos pakuamanos carece de lógica e coerência.

    Diante desses fatos, é legítimo questionar a veracidade da história do encontro de Giordano com I Chang Ming. Essa narrativa foi inventada para romantizar a trajetória do lutador ou para gerar interesse em sua história. Em todo caso, é importante ser crítico em relação a histórias que parecem ser baseadas em coincidências improváveis e que se assemelham a roteiros de um filmes que passou na Sessão Força Total da Band.

    Veja o que diz a biografia do Guru Magliacano:

    “Mestre” Rogelio Magliacano, começou a praticar artes marciais chinesas e coreanas aos 9 anos de idade, alcançando altas graduações nos vários dos estilos em que treinou. Sua busca por conhecimento também o levou ao estudo de várias técnicas terapêuticas orientais. Após 25 anos de treinamento, ele começou a estudar o conhecimento Pa- Kua no Oriente. Em 1976, fundou a Liga Internacional de Pa-Kua, que se expandiu por todo o mundo nas mãos de alguns de seus discípulos. Hoje estamos presentes em países como Argentina, Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, Espanha, Suíça, Inglaterra, Uruguai, Peru, Canadá, Bolívia e Israel. Em 2006, o mestre Rogelio Magliacano, após 30 anos no comando da Liga Internacional, nomeou como seu sucessor o mestre Nicolás Darío Moyano, que, desde então, preside a Liga com o mestre Fernando Martín Sandri”[3].    

    O trecho citado de um site sobre Magliacano apresenta informações que geram dúvidas sobre a veracidade de sua história e formação em artes marciais. Há contradições em diferentes biografias sobre sua idade de início no treinamento e os estilos que praticou. Além disso, a Liga Internacional de Pa-Kua que ele fundou em 1976 parece ter sido ativa a partir de 1995, como consta o próprio livro da Liga Internacional.

    Mesmo a suposta carta de transmissão de conhecimento que reconhece Magliacano como "Mestre depositário" data de 1991, ou seja, quinze anos após a suposta fundação da Liga Internacional de Pa-Kua. Não há evidências ou fotos que possam comprovar a veracidade da história de Magliacano nesse período, e os pakuanos usam uma fotografia antiga dele treinando Hapkido para representá-lo, alegando que ele está usando um "hanfu", quando na verdade é apenas um dobok de Hapkido vestido ao contrário.

    Portanto, é difícil confirmar as informações sobre a história e formação de Magliacano em artes marciais, apesar de haver evidências de que ele foi um faixa preta graduado em Hapkido em 1975 e aluno de Sipalki.

Soo Nam Yoo e Magliacano.
    Embora seja amplamente divulgado que Rogelio Magliacano é um mestre em artes marciais chinesas e coreanas, a verdade é que a conquista desse título requer um longo período de treinamento e dedicação. Para ser um mestre de Hapkido, por exemplo, são necessários pelo menos trinta anos de prática. Algumas artes marciais até mesmo exigem uma monografia universitária para avaliar a nova graduação. Portanto, é comum que pessoas que não têm conhecimento sobre artes marciais se refiram a um faixa preta como "mestre", mas esse termo é inadequado para descrever alguém que ainda está no início de sua jornada no mundo das artes marciais. O Pakua Hermano, no entanto, aproveita a ignorância do público em geral para enganar as pessoas com sua engenharia social, fazendo parecer que é fácil se tornar um mestre em um curto período de tempo. Eles fazem isso promovendo jovens com altas graduações em um tempo relativamente curto, o que levanta dúvidas sobre a legitimidade das conquistas dessas graduações.

    Porém, vale lembrar que um mestre de Pa-Kua hermano tem o mesmo nível técnico que um faixa branca de Caratê, por isso vale dizer que "o golpe ta aí, cai quem quer"...

    Mas aqui temos mais uma estória maquiada enaltecendo a trajetória do Guru Magliacano sobre como ele se tornaria Mestre depositário da Liga Internacional de Pa-Kua. Cuja a autoria é aquele mesmo blogueiro falador de pakuanês com seus artigos fajutos no Médium.  

    “A Liga Internacional de Pa Kua é fruto de um encontro inesperado entre nosso fundador e seu mestre, I Chang Ming. Na década de 1970, o Mestre Rogelio Magliacano foi à Coréia do Sul com intuito de validar seus certificados de outras artes marciais e acabou conhecendo o Pa Kua. Ele absorveu os conhecimentos da prática através de um sistema de imersão, que incluiu muitas horas de treino e contato contínuo com seu mentor, onde inclusive retornou posteriormente para aperfeiçoamentos.” [Link 4] 

    Oi? Como assim “validar seus certificados de outras artes marciais” se Magliacano só treinou duas artes marciais coreanas pegando a faixa preta em apenas uma? 

    Magliacano praticou Hapkido onde foi para a Coreia do Sul realizar seu exame de primeiro Dan. Já o Sipalki Ionbiryu - escola criada pelo falecido GM Yoo Soo Nam; não tem representação na Coreia do Sul, aliás, a Ionbiryu não é reconhecida na Coreia do Sul! E isso é muito importante salientar que, embora a Ionbiryu seja unanime na América Latina, é uma escola interna fundada pelo próprio Grão-Mestre Yoo! Inclusive o surgimento de escolas dissidentes de Sipalki fundado por seus ex-alunos chegou a tal ponto do próprio Grão-mestre manifestar-se em entrevista para a revista argentina Yudo y Karate de que “só havia um Sipalki” [13]

Obs: quem quiser saber mais a respeito do Sibpalki acesse o link

 3.1 – Currículo marcial fake com dados fantasmas!     

Certificado de Hapkido - 1975.
De acordo com as informações disponíveis, parece que os pakuanos utilizam artifícios para enaltecer a figura do Guru Magliacano de acordo com o seu Livro oficial, que como fica claro, são dados oficiais da escola. Mas que para obtê-los deve submeter-se a aceitar uma venda casada entre o produto e a pratica do Pakua Hermano. Subentende-se que os dados descritos no livro oficial sejam restritos apenas para os praticantes que levam a escola a serio.

    Magliacano, de acordo com a Liga Internacional de Pa-Kua, possui um vasto currículo técnico em diversas artes marciais chinesas e coreanas, alcançando altas graduações em cada uma delas. No entanto, é questionável se é humanamente possível que uma pessoa possa se graduar em tantas artes marciais diferentes em uma vida, ainda mais considerando o tempo necessário para o aperfeiçoamento em cada uma delas. Os dados foram retirados do livro da Liga Internacional de Pa-Kua, que é a mesma fonte que apresenta informações conflitantes em relação à história de Magliacano[8]. Veja as supostas praticas que Magliacano fez:

Judô e Karate – com Mestre Leiva (14 aos 17 anos);

Boxe – com Professor Solari (sem idade);

Yoga, Medicina Ayuvédica, Faquirismo e combate indiano – com Mestre Askan (sem idade);

Shaolin Honan – com Mestre Lee (aos 21 anos);

Kung fu da Garça (Fei Hok Phai) – com o mestre Han (24 anos);

Ionbiriu – com o Mestre Nam (24 aos 29 anos);

Sabre coreano e Sipalki – com o mestre Chool (sem idade)

Foi o primeiro faixa preta argentino em Hapkido (29 aos 32 anos);

Estudou medicina tradicional chinesa com o Mestre Ho (sem idade);

Taekwondo – com o Mestre Om (sem idade);

Pakua Hermano – com o celebre I Chang Ming (aos 33 anos).

    Visto tal currículo, vamos aos fatos:  

    Ao analisarmos o currículo técnico do Guru Magliacano, apresentado no livro da Liga Internacional de Pa-Kua, podemos notar uma série de dados que levantam suspeitas. No entanto, ao realizarmos uma pesquisa mais aprofundada, descobrimos que muitos desses mestres não existem! Com a exceção do “Ionbiryu e Sipalki” por serem a mesma pessoa e estilo, no caso o GM Yoo Soo Nam. Além disso, é questionável como uma única pessoa teria conseguido estudar com tantos mestres diferentes em tão pouco tempo, uma vez que alguns dos estilos mencionados exigem anos de dedicação para serem dominados. Dessa forma, podemos concluir que esses dados são fantasmas e levantam dúvidas sobre a veracidade do currículo técnico apresentado por Magliacano.

1 – É evidente que, além do tempo insuficiente dedicado a cada atividade, os supostos mestres citados no currículo de Magliacano possuem apenas sobrenomes. Com exceção do "Mestre Nam", todos eles são fantasmas! Esses mestres simplesmente não existem!!! Tudo isso foi inventado para inflar o "currículo" de Magliacano... que vergonha!

2 – Os defensores fervorosos do Pa-Kua Hermano como Stephan Martins (em um podcast do Jovem Nerd) insistem incansavelmente que Magliacano praticou Taekwondo, apesar de todas as evidências em contrário. Consultando o site oficial do Kukkiwon (órgão oficial do Taekwondo na Coreia do Sul), não há nenhum registro de Dan atribuído a esse “guru das artes marciais”! Vale lembrar que o site mantém registro de todos os faixas pretas oficiais, pois existem casos documentados de pessoas que foram vítimas do golpe do falso diploma por um conhecido mestre coreano no Brasil. Mesmo que pakuanos apresentem um certificado do Kukkiwon com o nome de Magliacano, é fácil verificar o ID e confirmar se não pertence a outra pessoa.

Site do Kukkiwon: nada consta.

 3 – Em relação à história do Taekwondo na Argentina, é interessante mencionar que apenas três mestres coreanos de Taekwondo desembarcaram juntos em Buenos Aires em 1967. Esses mestres eram Han Chang Kim e Nam Sung Choi, ambos pelo Kukkiwon, e Kwang Duk Chung pela Chang Hun Ryu, ITF. É importante destacar que nenhum desses mestres se chamava Om, o que desmente a existência de um suposto "Mestre Om" no Taekwondo argentino.

Ji Han Jae, Magliacano e Chon Woo Lee

4 – Na década de 1980, três novos mestres coreanos chegaram à Argentina, são eles: Chong Seo Lee, Dae Chol Yang e Chung Moon Jung. Novamente, é importante ressaltar que nenhum deles se chamava Om.

5 – Vale destacar que o suposto "Mestre Om" é tão fictício quanto o "I Chang Ming" e os outros “mestres de Taubaté” que foram inventados pelos pakuanos. Isso porque nenhum desses nomes pode ser rastreado na história do Taekwondo argentino. Apesar disso, alguns pakuanos insistem em escrever matérias afirmando que Magliacano praticou Taekwondo, mesmo sem evidências concretas.

6 – No site oficial do Kukkiwon, não há registro de Magliacano, o que levanta suspeitas sobre sua suposta graduação em Taekwondo. Os pakuanos, no entanto, poderiam alegar que ele então se formou pela International Taekwondo Federation. O que eles não sabem é que, em 1976, o Fundador do Taekwondo, General Choi Hong Hi (1918 – 2002), estava exilado em Montreal, no Canadá, e só ele poderia realizar exames de Faixa preta ou reconhecimento de graduação e junto com ele trouxe a ITF sob sua liderança.

7 – Choi Hong Hi deixou a Coreia do Sul por causa da perseguição política da ditadura Sul-coreana na época. Ele se estabeleceu no Canadá durante algum tempo antes de se mudar de vez para a Coreia do Norte na metade dos anos 1980. Foi a convite do então ditador Kim Il Sung, avô do atual líder Kim Jong Un.

Os três mestres coreanos na Argentina

8 – Antes de falarmos sobre Hapkido, é importante mencionar o Sipalki, uma arte marcial tradicional coreana com raízes históricas que remontam a séculos atrás. O Sipalki utiliza técnicas que foram registradas no famoso manual ilustrado coreano, o Muye Shinbo, que consiste em dezoito técnicas diferentes – em coreano, elas são chamadas de "Sibpalki". No entanto, é importante esclarecer que a explicação propositalmente distorcida dos pakuanos que afirmam que "Sipalki é tudo que é relacionado à China na Coreia" é completamente equivocada e não reflete a verdadeira essência desta arte marcial.

9 – Na verdade, o Sipalki é uma arte marcial oriundo de estudos de uma variedade de técnicas, incluindo golpes, chutes, rotinas e manuseio de armas brancas. Além disso, o Sipalki enfatiza a importância da disciplina mental e física, bem como a capacidade de usar armas brancas como espadas, lanças e bastões semelhantes ao Kung fu.

10 – Para aqueles que buscam aprofundar seus conhecimentos em Sipalki, a escola Ionbiryu é uma escola séria. Seu fundador, o falecido Yoo Soo Nam, era um respeitado mestre de Sipalki e seu legado ainda é muito respeitado na comunidade Latinoamericana. De fato, é importante esclarecer que a escola Ionbiryu foi erroneamente divulgada no livro pakuano como se fosse uma arte marcial da Mongólia, e também apresentada como mais uma arte marcial para extender o curriculo falso. A escola Ionbiryu é, na verdade, uma escola de Sipalki de renome embora ainda não reconhecida na Coreia do Sul.

11 – Magliacano se dedicou a aprimorar suas habilidades em Hapkido sob a tutela de Chon Woo Lee, renomado mestre da arte marcial. Após anos de treinamento, ele alcançou a graduação de faixa preta em 1975 pela Korea Hapki Association, que hoje é conhecida como Korea Hapkido Association, uma organização fundada pelo lendário GM Ji Han Jae, considerado o Pai do Hapkido Moderno e também ator de filmes de luta como “Jogo da Morte” estrelado por Bruce Lee.

12 – Embora Magliacano tenha tido um treinamento intensivo sob a orientação de Chon Woo Lee, não há evidências suficientes para confirmar as razões pelas quais o mestre retornou à Coreia do Sul. Especula-se de que ele teria enfrentado problemas com a justiça, mas não é possível afirmar com certeza.

13 – Em 1973, Héctor Ruben Alderete tornou-se o primeiro faixa preta de Hapkido na Argentina, sob a tutela do Mestre Lee Sung Il, também conhecido como "El Lince", de quem Alderete foi aluno desde 1967 [Link 9]. Alderete coordenou a primeira academia em 1974 que marcou um momento significativo na história do Hapkido no país. Portanto, a alegação do Pakua Hermano que esse título está atribuído a Magliacano é falsa!

14 – O Pakua Hermano é um Finjutsu que foi desenvolvido por Magliacano através da combinação de duas artes marciais coreanas que ele praticou: Hapkido e Sipalki. O Hapkido forneceu as torções básicas e o Sipalki trouxe as "armas chinesas". Embora essa combinação possa parecer interessante, há muitas questões levantadas em relação à história do Pakua Hermano.

15 – De acordo com o próprio livro dos pakuanos, o Pa-Kua só teria surgido mesmo em 1991, quando um documento supostamente assinado pelo fictício "I Chang Ming" foi "registrado". Isso coloca em dúvida a afirmação de que o Pakua Hermano tenha surgido em 1976, uma vez que não há registros, fotos, documentos ou evidências de que existam praticantes desde então.

16 – Antes que alguém sugira que Sandri e Moyano já treinavam com Magliacano no final dos anos 1980, deixe-me acrescentar que há links de fóruns ao final deste texto que afirmam que Magliacano ensinava Hapkido. Além disso, não há evidências concretas que comprovem que o Pakua Hermano tenha surgido em 1976, já que "oficialmente" o Pakua Hermano surgiu em 1991 quando a tal "Carta de Transmissão de Conhecimento"  supostamente "registrado em cartório" fora reconhecida. E o livro oficial do Pa-Kua afirma que a primeira escola foi aberta em 1995. 

    Independentemente de como o Pakua Hermano tenha surgido, é importante que os praticantes estejam cientes de sua história e origem. A falta de documentação e evidências pode colocar em dúvida a autenticidade do estilo e sua eficácia como arte marcial. Mesmo que os pakuanos digam que “temos provas de tudo” só pelo fato de não apresentá-las já demonstra falta de transparência e credibilidade. Nem mesmo o próprio Livro que é fonte oficial da escola apresenta algo que prove.

3.2 – Questionamentos sobre a Carta de Transferência de conhecimento.

    Antes de discutirmos sobre o diploma em questão, é importante destacar uma frase icônica do suposto mestre chinês de Magliacano, antes de ser reconhecido como mestre depositário "oficialmente". É crucial que se observe cuidadosamente as palavras do mestre, principalmente à medida que exploramos a "carta de transmissão de conhecimento" que Fernando Martin Sandri se orgulha de ter uma cópia[11]. Essa carta pode ser encontrada na página 42 do livro oficial da Liga Internacional de Pakua, escrito pelos argentinos Nicolás Dário Moyano e Fernando Martin Sandri – uma fonte considerada oficial.

“Por intermédio de um expresso pedido do Mestre Magliacano e depois de muita insistência I Chang Ming entrega-lhe escrito a mão uma carta de transferência, ainda que pensasse que os certificados e diplomas eram uma banalidade...”

    A menção do livro que cita a carta de transferência (supostamente) escrita à mão por I Chang Ming para Magliacano é importante para entender a história e a origem do Pakua Hermano. No entanto, a menção da carta de transferência e da suposta relação entre Magliacano e I Chang Ming levanta questões sobre a autenticidade da história. Por trás dessa narrativa questionável a Liga Internacional de Pakua Hermano tentou criar um discurso para validar um diploma falso, com a intenção de promover e legitimar o estilo deles. Apesar do texto (supostamente escrito por I Chang Ming) ser veemente tendencioso, é importante destacar que não há nenhuma informação ou registro que comprove a existência desse suposto mestre chinês. Apenas sites e fontes ligadas ao Pakua Hermano falam sobre ele, o que levanta questionamentos sobre sua veracidade.

Fonte: Livro Pa-Kua 35 anos.

    No entanto, o texto continua citando uma suposta frase de I Chang Ming que diz que "não importa com quem treinou, o importante é o que sabe"[8]. Essa afirmação pode gerar diversas interpretações, mas se considerarmos que um mestre deve ter um aprendizado sólido e comprovado, a citação pode ser vista como questionável. Afinal, se um mestre possui certificados e diplomas que confirmam seu aprendizado com um mestre reconhecido, é possível ter a segurança de que ele não inventou tudo por conta própria. No entanto, como I Chang Ming é um fantasma e nunca existiu, todo esse discurso perde o sentido e pode ser visto como falacioso.

     Alegar ser o "único mestre depositário" de um conhecimento chinês antigo transmitido oralmente por gerações[8] é uma grande mentira. A ideia de que o conhecimento é passado oralmente é apenas uma conversa fiada para criar uma ilusão sobre as artes marciais e a cultura chinesa. Essa é mais uma falácia que usa o apelo ao tradicional para enganar o leigo, apoiada por supostas "fontes confiáveis" que os pakuanos alegam ter, mas não apresentam.

Pakuanos alegam ter começado em 1976, cadê os registros? Não tem!

    Já foi demonstrado que o verdadeiro conhecimento do Bagua é puramente esotérico interpretada por meio de um oráculo e um livro de adivinhações. Isso é uma armadilha para enganar os praticantes de Pakua Hermano que não sabem diferenciar a realidade da fantasia. Isso nos leva à tal "carta de transmissão de conhecimento" que Fernando Sandri diz se orgulhar de possuir como uma "relíquia". Mesmo que a carta seja verdadeira, isso não significa que o conhecimento transmitido por ela seja legítimo ou valioso, especialmente se for baseado em práticas falaciosas[11].

    E aqui vai o spoiler: o documento é mais falso que uma nota de vinte e cinco Reais!!

3.3 – Desvendando a Carta de Transferência de Magliacano.

     1 – Hanzi (韩子) é o sistema de escrita usado na língua chinesa, enquanto Hanja (漢字) é o sistema de escrita usado na língua coreana, que é baseado em caracteres chineses.

   2 – Embora ambos os sistemas de escrita compartilhem muitos caracteres em comum, existem algumas diferenças significativas entre eles. Algumas das características que diferenciam o Hanzi chinês do Hanja coreano incluem:

· Pronúncia: Embora muitos caracteres chineses e coreanos tenham a mesma aparência, eles geralmente têm pronúncias diferentes. Isso significa que, embora os falantes de chinês possam ler e reconhecer alguns caracteres em coreano, a pronúncia pode ser diferente e difícil de compreender.

· Uso: Embora o Hanja ainda seja usado em alguns contextos formais na Coreia, como nomes próprios e documentos legais, ele é muito menos comum do que o Hanzi na China. O Hanzi é usado em todas as áreas da vida na China, desde a literatura e a mídia até a comunicação diária.

· Formato: Os caracteres Hanja coreanos geralmente têm uma aparência mais quadrada e angulosa do que os Hanzi chineses, que têm curvas mais arredondadas e suaves. Isso se deve em parte às diferenças históricas na forma como os caracteres foram desenvolvidos e usados nas duas línguas.

· Número de caracteres: Embora haja muitos caracteres compartilhados entre os dois sistemas de escrita, a Coreia desenvolveu seus próprios caracteres exclusivos para palavras coreanas que não existem em chinês. Isso significa que o número total de caracteres Hanja é menor do que o número de caracteres Hanzi.

    3 – Em resumo, embora existam muitas semelhanças entre os sistemas de escrita Hanzi chinês e Hanja coreano, existem também diferenças significativas em sua pronúncia, uso, formato e número de caracteres.

  4 – É importante lembrar que países como China, Coreia e Japão utilizam sistemas de escrita diferentes entre si. Na própria China, existem duas formas de escrita, o sistema simplificado que surgiu no início do século XX e o sistema tradicional, utilizado em regiões como Hong Kong, Macau e Taiwan.[10]

Ex: "Não há que ser forte, há que ser flexível"

Chinês Tradicional

Chinês Simplificado

Kanji Japonês

Hanja Coreano

不要強硬,要靈活

硬,灵活

不要強硬,要

不要強硬,要靈活

Utiliza mais caracteres em comparação ao chinês simplificado

Utiliza menos caracteres em comparação ao chinês tradicional

Utiliza muitos caracteres kanji, com poucas partículas e nenhum kana

Utiliza muitos caracteres hanja, com poucas partículas e nenhum hangul

Tem maior legibilidade para falantes de outros idiomas que usam caracteres tradicionais

É mais fácil de aprender para iniciantes em chinês

Contém mais ideogramas com complexidades de escrita e leitura

Contém mais ideogramas com complexidades de escrita e leitura

É usado em Taiwan, Hong Kong e em outras comunidades chinesas fora da China continental

É usado principalmente na China continental

É usado no Japão e em algumas comunidades japonesas fora do Japão

É usado na Coreia do Sul e em algumas comunidades coreanas fora da Coreia do Sul


    5 – Na Coreia, os caracteres chineses clássicos são utilizados desde o século II, porém, seu uso é restrito a pessoas mais velhas e universitários, uma vez que a escrita clássica contém um maior número de traços em alguns caracteres. Apesar disso, devido ao uso da escrita coreana (hangul), o uso dos caracteres chineses é pouco comum, seja para diferenciar palavras homônimas ou para a leitura de textos antigos. [10]

    6 – No Japão, é utilizado um sistema de escrita combinado e próprio que utiliza alguns caracteres tradicionais e simplificados, com o objetivo de facilitar o aprendizado. No entanto, é importante destacar que, dependendo da combinação, alguns caracteres em japonês podem ter um significado diferente se lidos na interpretação chinesa ou coreana.[10]

   7 – É importante destacar que a carta de I Chang Ming para Magliacano não está escrita em caracteres chineses, mas sim em caracteres clássicos da língua coreana. É interessante mencionar que a Argentina possui uma grande comunidade coreana, com direito a um bairro próprio em Buenos Aires, assim como existe o bairro Bom Retiro em São Paulo.

    8 – Vamos analisar texto supostamente escrito em chinês na tal carta de transmissão de conhecimento:

 我唯一之賢明之八弟子Rogelio Giordano 傳統的方法而傳來而八卦 Pa Koa 指導普及為榷限附興之同時右記者院長職位及段下場賜資格任命為原紋章受興也。

 O texto está em chinês clássico (Hanja coreano) pode ser traduzido para o português como:

"Meu único e sábio oitavo discípulo, Rogelio Giordano, recebeu a transmissão do método tradicional de Bagua Pa Kua, enquanto assumia o cargo de diretor e era nomeado como sucessor da linhagem original para promover e disseminar a técnica".

 Do ponto de vista (gramatical) chinês, esta frase contém vários erros:

  1. A palavra "之" é usada em excesso e não faz sentido em alguns lugares.
  2. "八弟子" significa "oitavo discípulo", em vez de "discípulo número oito", que seria "第八弟子" em chinês.
  3. "Rogelio Giordano" é um nome em espanhol, e a frase está em chinês, portanto, deve-se usar a transliteração correta desse nome em chinês ou japonês (羅謳倫 ou ロヘリオ・マリアーカーノ).
  4. "傳來而八卦" não faz sentido na frase pois, encontram-se caracteres usados no Hanja coreano.
  5. "為榷限" e "附興" também não fazem sentido na frase pelo mesmo sentido.
  6. "右記者院長職位及段下場賜資格任命為原紋章受興也" é uma frase longa e confusa que não se relaciona com o restante da frase, também pelo mesmo sentido  
  7. Nota-se que em momento algum é referido o nome de I Chang Ming nem mesmo os caracteres chineses para seu nome 伊昌明 (Yī Chāng Míng).
    9 - Essa prática é altamente questionável e sugere uma tentativa de se promover e se posicionar como autoridade na prática do Pa Kua Hermano sem méritos reais ou legítimos. Além disso, o fato de que o documento esteja em chinês, uma língua que não é falada ou escrita pelos praticantes do Pakua Hermano, levanta dúvidas sobre a autenticidade da tal carta.

Selo "Ingam".
    10 - É importante notar também que o texto contém erros de ortografia e gramática (para leitores do idioma chinês), o que sugere que o autor não tinha conhecimento sólido do idioma chinês. Embora seja suspeitado que o idioma original da carta seja o coreano, já que os caracteres estejam mais alinhados ao hanja. Além disso, a presença do Sr. Choi Wu Ki (최우기 / 崔宇基) como "testemunha" levanta suspeitas sobre sua participação na falsificação do diploma.

    11 - No entanto, é possível notar a presença de três selos, chamados de yìnzhāng (印章), que são usados para assinaturas de documentos em países asiáticos. Esses selos são únicos e de uso pessoal. No Japão, eles são chamados de "Inkan" ou "Hanko", e na Coreia de "Ingam" (인감). A escrita do texto é em forma, não cursiva, o que indica que foi provavelmente copiado de um rascunho por alguém que não domina a escrita chinesa. É possível que Magliacano tenha desenhado a carta à mão para que parecesse ter sido escrita com um pincel.
    12 – Como mencionado anteriormente, o texto da carta foi escrito em chinês clássico usado na Coreia. O selo no verso do documento é de um coreano chamado Choi Wu Ki, que assina como "testemunha", indicando que ele foi quem redigiu o rascunho da carta. E, para nenhuma surpresa, o nome "Ingam" de Choi aparece de cabeça para baixo, perto da foto de Magliacano, indicando que I-Chang Ming, na verdade, é Choi Wu Ki.
    13 – O texto da carta não foi escrito com pincel de caligrafia (毛笔 = máo bǐ) ou por alguém que saiba escrever chinês. Uma simples análise revela que os caracteres foram copiados de algum rascunho, desenhados um por um e depois pintados com canetinha hidrocor. É presumível que Magliacano o tenha feito.

  14 – A ordem de composição dos caracteres chineses segue uma regra para cada traço, começando sempre pela vertical e depois pela horizontal, dependendo do ideograma. Mas, como todo bom pakuano que faz demonstração de shinai, quem escreveu a carta não sabia o que estava fazendo!


 15 – Na tradução em inglês apresentada aqui diz:

"The Martial Art Pa-Kua, is transfered to my unique and wise pupil, Mr. Rogerio M. Giordano, with traditional method. He is entitled to teach and appointed as the director of school and the responsible Depositary Teacher." 

Essa tradução possui alguns erros gramaticais e parece ser o resultado de uma tradução automática. Sem contar que não está de acordo com a tradução literal dos caracteres sino coreanos. Os erros incluem:

  • "is transfered" deveria ser "has been transferred", pois a ação já foi concluída.
  • "to my unique and wise pupil" deveria ser "to my wise and only disciple".
  • "with traditional method" deveria ser "by traditional methods".
  • "He is entitled to teach" deveria ser "He has the right to teach".
  • "appointed as the director of school" deveria ser "appointed as the school's director".
  • "the responsible Depositary Teacher" é uma expressão estranha e não está clara.

Já a tradução em espanhol apresentada é:

"El arte marcial Pa Kua, es transferido a mi único y sabio alumno el Sr. Rogelio M. Giordano, con el Método Tradicional Familiar. El está autorizado y se le confiere el derecho a enseñar y popularizar este Arte Marcial. Al mismo tiempo es designado como el Director de la Enseñanza y el Maestro Depositario Responsable." 

Essa tradução parece estar melhor do que a tradução em inglês, mas ainda possui alguns problemas. Os erros incluem:

  • "con el Método Tradicional Familiar" não é uma tradução adequada para "with traditional method". Seria melhor traduzido como "por métodos tradicionales".
  • "popularizar" não é uma tradução adequada para "指導普及" ("guia e promove o desenvolvimento"). Seria melhor traduzido como "promover".
  • "Director de la Enseñanza" não é uma tradução adequada para "指導普及" ("guia e promove o desenvolvimento"). Seria melhor traduzido como "Director de la Escuela".
  • "Maestro Depositario Responsable" é uma expressão estranha e não está clara.

Em resumo, ambas as traduções contêm erros gramaticais e parecem ter sido feitas por meio de tradução automática. Para uma tradução mais precisa e natural, seria necessário contratar um tradutor qualificado e experiente. 

    16 – Entretanto, o certificado apresenta uma senhora chamada "Ofelia Sierra" identificada como “tradutora juramentada”, fiz uma busca no site do Colegio de Traductores Públicos de la Ciudad de Buenos Aires (CTPCBA) e nada a respeito desta mulher foi encontrado. O site é este aqui para quem quiser colaborar. http://www.traductores.org.ar/.

Pior do que isso, só perfil fake de pakuano me acusando de difamação sem provas...

  17  E os erros não param por aí, tem mais coisa que farão os pakuanos metidos a orientalistas a terem um enfarte. Vamos supor que tenha sido um chinês que escreveu esse texto ou algum entusiasta com pouco domínio no idioma.

Texto original:

我唯一之賢明之八弟子Rogelio Giordano 傳統的方法而傳來而八卦 Pa Koa 指導普及為榷限附興之同時右記者院長職位及段下場賜資格任命為原紋章受興也。

Tradução:

"Meu único e sábio oitavo discípulo, Rogelio Giordano, recebeu a transmissão do método tradicional de Bagua Pa Kua, enquanto assumia o cargo de diretor e era nomeado como sucessor da linhagem original para promover e disseminar a técnica".

Texto corrigido:

我們唯一的賢明弟子 Rogelio Giordano 通過傳統的八卦指導普及,同時獲得院長職位及段位的任命,並獲得了原始的八卦傳承。

Tradução:

"Nosso único discípulo sábio, Rogelio Giordano, popularizou a prática da tradicional técnica de Kung Fu 'Ba Gua', enquanto recebia a nomeação para os cargos de diretor e graus avançados. Ele também recebeu a transmissão original da técnica de 'Ba Gua'".

Texto como deveria ser:

在我們的傳統中,唯一明智的第位弟子伊昌明(I Chang Ming)傳授了八卦的傳統把拳法和智慧,並擔任校長職務和授予資格,以推廣八卦技術和古老智慧的方法為己任,而羅謳倫(Rogelio Giordano)成為了他的接班人。

Tradução:

"Em nossa tradição, o único e sábio discípulo, I Chang Ming (伊昌明), ensinou o método tradicional de avaliação de punho e sabedoria da técnica Bagua, além de assumir o cargo de diretor e conceder qualificações, com a missão de promover a técnica e a antiga sabedoria do Bagua. Rogelio Giordano (羅謳倫) se tornou seu sucessor.

    Do ponto de vista da gramática chinesa, a primeira frase em caracteres chineses usada na Coreia (Hanja) contém alguns erros de escrita e pontuação. Além disso, a frase não está clara e pode ser difícil de entender para um falante de chinês ou para um tradutor habilitado. Os indicativos de que o texto original está com base no Hanja são os caracteres “encaminhar” (傳來 = 전내), “transfiro” (段下 = 단하) e “lado direito” (右記 = 우기), esses ideogramas não se encontram mais no chinês tradicional devido a atualizações ao longo dos séculos.

   A conclusão é que a primeira frase por ter sido escrita por um coreano o texto não faz muito sentido no idioma chinês. A segunda frase é uma correção mais clara e gramaticalmente correta, e fornece uma tradução mais precisa e coerente do texto. E por fim uma última versão onde acrescentamos o nome de I Chang Ming reconhecendo Magliacano como Mestre.

    18 – É importante ressaltar que a data de registro do documento que supostamente confirma a criação do Pakua Hermano não está presente no texto original em chinês, mas sim na tradução fragmentada que foi registrada em 7 de novembro de 1991 (一九九一年十一月七日). Essa falta de clareza na data coloca em dúvida toda a narrativa sobre o surgimento da arte marcial em 1976, já que não existem evidências concretas que comprovem sua existência antes dessa data. O registro oficial da Liga Internacional de Pakua não é suficiente para confirmar a veracidade da história, já que o "conhecimento milenar pakuano" foi repassado por um suposto chinês fantasma para seu discípulo Magliacano, o que levanta suspeitas sobre a credibilidade da transmissão do suposto conhecimento milenar.
página da revista Yudo y Karate.

    19 – Além disso, o livro da Liga Internacional de Pa-Kua, que conta a "história oficial" da criação do Pakua Hermano, não apresenta fotos ou registros de Magliacano formando suas turmas na época em que alegam (ou seja desde 1976). A falta de registros visuais é um fator preocupante, já que seria esperado que houvesse evidências fotográficas para comprovar a existência de Magliacano como instrutor da arte marcial. A única foto que apresentam de Magliacano ao lado de um oriental não é suficiente para comprovar a autenticidade da história, uma vez que o homem ao lado dele provavelmente seja Choi Wu Ki e não o suposto mestre chinês que supostamente entregou a carta de transmissão de conhecimento a Magliacano.

     Análise crítica: O autor do certificado, Magliacano, utiliza um documento falsificado para conferir a si mesmo o título de discípulo sábio e único e conceder a si mesmo a autoridade para transmitir o suposto conhecimento Pa Kua Hermano. Essa prática é questionável e pode indicar uma clara tentativa de se autopromover e se posicionar como uma autoridade sem ter méritos reais ou legítimos

Clique para ampliar.

    O fato de que o documento esteja em chinês, uma língua que não é falada nem escrita pelos praticantes do Pakua Hermano, e que contenha erros de ortografia e gramática (chinesa), isso sem contar a tradução quebrada feita por uma "tradutora juramentada" que provavelmente não se tem registro em sites oficiais, levanta muitas dúvidas sobre sua autenticidade.

Giordano, o último discípulo a herdar o conhecimento milenar chinês secreto.

    Existem várias razões pelas quais alguém que se autodenomina mestre depositário de uma arte marcial supostamente tradicional pode inventar um histórico falso e citar mestres de artes marciais que não praticou. Algumas das razões possíveis incluem:

    1. Prestígio: O indivíduo pode acreditar que ter um histórico impressionante e citar grandes mestres irá aumentar sua reputação e status dentro da comunidade de artes marciais.
    2. Lucro financeiro: Ao se apresentar como um mestre depositário com um histórico impressionante, o indivíduo pode atrair mais alunos e cobrar mais por suas aulas.
    3. Falta de habilidade: O indivíduo pode não ter habilidades reais em artes marciais e, portanto, inventa um histórico falso para encobrir sua falta de habilidade.
    4. Insegurança: O indivíduo pode ter inseguranças sobre suas habilidades em artes marciais e, portanto, cria um histórico falso para aumentar sua autoconfiança.

    Independentemente da razão, inventar um histórico falso e citar mestres de artes marciais que não praticou é desonesto. É importante lembrar que o verdadeiro valor de um mestre de artes marciais não está em seu histórico ou em quantos títulos ele possui, mas sim em sua habilidade em ensinar, orientar e desenvolver seus alunos.

3.4 – A morte de Giordano e o racha entre os pakuanos.

Magliacano faleceu em 26 de março de 2007, deixando Nicolás Dário Moyano, um argentino, como seu sucessor, com Fernando Martin Sandri como vice-líder. No entanto, essa sucessão não foi bem recebida por alguns praticantes de Pa-Kua, que optaram por se retirar. Desde então, surgiram outros grupos que afirmam ter conhecimento em Pa-Kua, vestindo o mesmo dobok de Hapkido e usando a bandeira vermelha, branca e preta como símbolo. Alguns desses grupos se intitulam como "Escola da Mutação" ou "Pa-Kua Tradicional", enquanto outros se chamam Liga Mundial de Pa-Kua, embora sejam tão fraudulentos quanto a organização original. De fato, muitos desses grupos promovem práticas de curandeirismo que carecem de base científica.

 O "desaparecimento físico do Guru Magliacano"

3.5 – Quem são os atuais líderes do Pakua Hermano?

    Com base no livro Pa-Kua 35 anos, podemos comentar o seguinte:

    Nicolás Dario Moyano – De acordo com a "biografia" deste indivíduo, ele iniciou o treinamento em artes marciais em 1983 e conheceu o Pakua Hermano em 1988. No entanto, não há informações transparentes sobre seu histórico para saber mais sobre ele. A única coisa que foi possível obter sobre ele é que não é uma pessoa confiável. Além disso, ele escreveu um texto lamentando as denúncias contra o Pakua Hermano, o que sugere que ele pode estar tentando encobrir as práticas questionáveis dessa organização. Em última análise, do ponto de vista técnico, ele é apenas um amador que finge saber lutar contra adversários diversos. O vídeo abaixo não desmente que ele é muito ruim...

Fernando Martin Sandri – mais um indivíduo que não tem um histórico detalhado, além de autoelogios infundados. Mas, vamos falar sobre ele: Sandri é um fanfarrão que dá entrevistas falando absurdos, como por exemplo, que o Kung Fu surgiu graças ao tal conhecimento Pakua Hermano - que, obviamente, é uma grande mentira. Além disso, ele claramente não sabe o que significa uso indevido de imagem, já que ele ameaçou ex-alunos que compartilham postagens e vídeos deste blog. E ainda é autoproclamado Presidente insubstituível da Associação Brasileira de Pa-Kua (ABPK), da qual descobriu-se certas maracutaias. Ah, e claro, não podemos esquecer que ele é o infeliz que processou pessoas inocentes só para me prejudicar moralmente. O que dizer de alguém que não merece sequer ser levado a sério?

O trio da maldade:
Moyano e Sandri, a do meio me
processou, mas faltou na audiência. 

4 - A SAGA DOS MESTRES ORIENTAIS IMAGINÁRIOS.

    O que acabei de mostrar não é uma exclusividade da Liga Internacional de Pa-Kua, isso é um padrão bastante comum entre falsas escolas de artes marciais que com uma simples pesquisa na internet fica fácil de desmentir. Segue abaixo outros exemplos:

4.1 – Escola Tao Tien Ti. 

    Também conhecido como “Pa-Kua brasileiro” devido as muitas semelhanças com o similar argentino – tirando o fato dos praticantes serem tecnicamente melhores. De acordo com a escola, o estilo nasceu na India, foi aperfeiçoado na China e depois foi para o Japão onde nasceu o misterioso “Mestre Tanaka”, que viajou para o Brasil e reconheceu seu único e ultimo discipulo brasileiro no Rio de Janeiro. Devido a muitos questionamentos em comunidades do Orkut, a história sobre o tal Mestre japonês foi removida e desde então, eles atuam sem chamar muito a atenção, tanto na sede quanto em outros estados que mantém suas franquias ativas.

4.2 – Escola de Kung Fu Tuchy Foasy de Nova Iguaçú – RJ.

    De acordo com a própria escola, o sifú conheceu seu Mestre "chinês" na cidade de Tinguá que seria o último discípulo deste curioso estilo chamado Tuchy Foasy. A época de maior fama da escola foi em 2006 em comunidades do Orkut que tirava sarro de uma história de RPG criada por alunos e também discussões entre alunos de Wushu com praticantes do estilo.

4.3 – Escola de Karate Shingokai

    Fundada em 2010 na Bahia por um suposto japonês chamado “Kancho Takayama Nakamura”, que para um bom conhecedor de nomes japoneses esse tal “Kancho” tem dois sobrenomes e nenhum nome. Essa galhofa foi exposta no Blog pela Taka Nakara podendo conferir clicando aqui.

4.4 – Clã Ninja Takegawa

    Esse consegue ser pior do que o Karate Shingokai. Pois o mestre tem dois nomes, hora é Ishimura Takegawa outra hora é Shimura Takegawa e outra vez são só sobrenomes e nenhum nome, total falta de criatividade, porém, nem o Clã e nem o Mestre existem. Foi exposto no Blog pela Taka Nakara podendo conferir clicando aqui.

4.5 – Frank Dux

    Para quem viveu o final dos anos 1980 e comecinho dos 1990, certamente assistiu o filme “O Grande Dragão Branco” estrelado por Jean Cloude Van Damme que narrava a história de Frank Dux, vencedor do torneio Kumite. O verdadeiro Frank Dux ficou famoso em um artigo publicado na Black Belt Magazine em 1980, dizendo ser o único ocidental a vencer o tal torneio secreto apresentado no filme. Segundo ele: Dux serviu no exercito americano nas forças especiais e na CIA e que aprendeu ninjutsu com um mestre ninja chamado Senzo Takeda. O jornal Los Angeles Times publicou uma matéria em 1988 investigando as afirmações de Frank que se provaram serem todas falsas, o exército diz que Dux se alistou como soldado, porém nunca participou de missões, a CIA não confirma que ele esteve em missão e nem mesmo a existência do suposto Senzo Takeda foi confirmada. Até os troféus do tal Kumite que Dux ostenta, na verdade, foram comprados por ele mesmo em uma loja na Califórnia, e para concluir o mar de mentiras, as duas testemunhas que confirmaram suas aventuras, mais tarde confessaram que foram subornadas por Frank.[Link 19] [Link 20]

4.6 – Cont Danté.

John Timothy Keehan, mais tarde renomeado para uma suposta casta espanhola inexistente Cont Danté; foi um artista marcial assim como Giordano que resolveu criar sua própria arte marcial com base em ideias tiradas da sua própria cabeça, o Dan-Te. Danté afirmava ser “o homem mais mortal do mundo“ e portador da técnica secreta chamada “Din Mak” ou “o toque da morte” afirmando que seus desafiantes morreram com o seu golpe secreto. Por apenas cinco dólares, você aprenderia o tal golpe mortal comprando o livro de Danté e recebia uma carteirinha da criada Black Dragon Fighting Society que, pasmem, ainda existe. Em 1970, Danté promoveu “Dojoyaburi”, que são invasões em academias concorrentes para desfiar outros lutadores. Jim Koncevic, aluno de Danté, perdeu a vida num desses desafios. Devido a isso, Danté virou alcoólatra e viciado em remédios até  morrer de hemorragia provocada por uma úlcera aos 37 anos enquanto dormia.[Link 19] [Link 20]

4.7 – Ashida Kim.

    Ashida Kim ou Radford W. Davis; afirma ser um mestre Ninja mesmo sem apresentar algum histórico que comprove isso. Alega ter treinado com Cont Danté em 1968 e se envolveu com a Black Dragon Fighting Society tornando-se a segunda geração de charlatões. Kim vende livros sobre Ninjutsu e também vende graduações pelo correio, fora isso tudo, é uma piada pronta em seu canal do YouTube.[Link 19] [Link 20]

    Como mencionei no inicio do tópico, é fácil de desmentir esses supostos mestres orientais inspirados no personagem do Sr. Miyagi, que encontra um “escolhido” para aprender um estilo misterioso, tornando-se o ultimo discipulo. De preferencia que seja sul americano ou de algum pais ocidental. Isso é um padrão comum em falsas artes marciais, portanto, fique atento.

 5 – O VERDADEIRO MESTRE DE BAGUAZHANG NA COREIA DO SUL.  

    Após investigações sobre o certificado de suposto mestre I Chang Ming, concluiu-se que o documento era uma fraude escrita em chinês clássico por Magliacano, que se auto reconhecia como Mestre depositário. Com essa descoberta, agora é necessário investigar se existiu algum mestre de Baguazhang na Coreia do Sul, mesmo que Magliacano jamais tenha conhecido essa pessoa.

Tumba do Patriarca Dong Hai Chuan.
    Além disso, constatou-se que não há evidências de que o Pakua Hermano tenha surgido em 1976, como alegado, mas sim em 1995, quatro anos após Magliacano registrar um diploma falso se auto graduando. Uma história chamativa que também foi desmentida foi a de que I Chang Ming refugiou-se na Coreia do Sul por causa da Revolução Cultural de Mao Tse Tung, que supostamente queria se apoderar do conhecimento Pa-Kua. No entanto, essa história é fictícia e romântica, criada em torno de um mestre antigo de arte marcial secreta e um discípulo ocidental que iria herdar essa tradição.

    Mas, apesar dessas descobertas, existe um mestre real de Pakua Chang que residiu na Coreia do Sul, e seu nome era Lu Sui Tien. Lu Shui Tien era um praticante de artes marciais internas que se refugiou em In-Cheon na Coreia, em meio à II Guerra Sino-Japonesa, após matar soldados japoneses em meio a conflitos. Durante sua jornada, ele aprendeu Pa-Kua Chang (estilo Yin) com o mestre Li Ching Wu, tornando-se a quarta geração da linhagem oficial de Dong Hai Chuan, registrada na tumba do fundador que fica na mesma China comunista. Isso prova que a mentira do Pakua Hermano não se sustenta.

    Park Bok Nam é discípulo de Lu Sui Tien e começou nas artes marciais como praticante de Tang Soo Do (caratê coreano), enquanto seu pai era ex-jogador de futebol profissional. Park conheceu seu Sifú de Pakua Chang na década de 1960 e tornou-se seu discípulo oficial em 1975. Dois anos mais tarde, Lu Shui Tien faleceu, tendo seus nomes gravados em mármore na tumba do patriarca Dong Hai Chuan, onde consta a linhagem de todos os mestres e sucessores do verdadeiro Baguazhang. Essas informações comprovam a existência de um verdadeiro mestre de Pakua Chang na Coreia do Sul, que foi ensinado por um mestre chinês com uma linhagem autêntica[Link2][9].

Lu Shui Tien e Park Bok Nam.
    Park Bok Nam é um renomado mestre de artes marciais que atualmente reside nos Estados Unidos. Park Bok Nam se tornou um dos principais especialistas em Pakua Chang e dedicou sua vida a ensinar e promover a arte marcial. Ele escreveu dois livros “The Fundamentals of Pakua Chang”, que se tornaram uma referência importante para estudantes e praticantes de artes marciais em todo o mundo.

    Os livros de Park Bok Nam apresentam uma visão abrangente e detalhada da história, filosofia e técnicas do Pakua Chang. Graças aos esforços de Park Bok Nam, o Pakua Chang se tornou uma arte marcial popular em todo o mundo. Seus ensinamentos e livros continuam a inspirar uma nova geração de praticantes de artes marciais, e seu legado como um dos principais especialistas em Pakua Chang nunca será esquecido. 

CONCLUSÕES DOS TÓPICOS.

   O Pakua Hermano é uma modalidade inventada por um argentino desonesto que resolveu largar o Hapkido para se dedicar a uma nova empreitada. Ele forjou seu histórico marcial, forjou sua própria carta de transmissão de conhecimento, se auto declarou “mestre depositário” de uma arte marcial que ele mesmo inventou.  

A primeira central do Pakua começa em 1995.

    As conclusões tiradas mostram que o Pakua Hermano é uma modalidade criada por um argentino desonesto que deixou o Hapkido para se dedicar a uma nova empreitada. Ele falsificou sua experiência marcial e sua própria carta de transmissão de conhecimento para se autoproclamar como "mestre depositário" de uma arte marcial que ele mesmo inventou. Tudo isso foi feito para promover uma imagem de arte marcial tradicional, semelhante àquelas retratadas em filmes.

Esse indivíduo criou até mesmo um mestre chinês imaginário, como muitos charlatões de estilos inventados fazem, e tentou convencer sem provas que o Pakua Hermano foi fundado na década de 1970, usando informações falsas. No entanto, a única coisa que é verdadeira é que o Pakua Hermano só se tornou real em novembro de 1991, com a falsa carta de auto proclamação como "mestre depositário", e seu suposto histórico de como conheceu o mestre chinês pode ter sido plagiado de um livro de Pa kua Chang de 1995. Foi só nesse mesmo ano que ele abriu a primeira central do Pakua Hermano e posteriormente se autodenominou uma autoridade nos Estados Unidos.

Em resumo, o Pakua Hermano é uma modalidade falsa criada por um indivíduo desonesto que inventou seu próprio histórico marcial e um mestre chinês imaginário. Ele fez isso para se promover como um mestre depositário de uma arte marcial tradicional, mas na verdade, o Pakua Hermano não tem nenhuma base real ou autêntica.[8].

    É como se diz... "o golpe tá aí, cai quem quer"... 

6 - O ESTILO DE LUTA E OS CURSOS INTENSIVOS.

    O Pakua Hermano é uma arte marcial híbrida que combina Hapkido e Sipalki, mas se diferencia das artes marciais tradicionais por não possuir terminologias orientais para descrever suas técnicas. Em vez disso, tudo é descrito de maneira literal, como "chute de lado com a perna dobrada e depois esticada" e "base com a perna direita esticada para trás e perna esquerda para frente flexionada, braço esquerdo bloqueando acima do rosto".[link:]

    Ao contrário das artes marciais tradicionais, o Pakua Hermano não tem formas, katas, rotinas ou hyongs, mas isso não impede que alguém crie uma para dizer que tem. A prática é aleatória e não segue um padrão. No entanto, o Pakua Hermano não se limita apenas ao ensino de artes marciais, mas criou as chamadas "oito maestrias" para atrair mais pessoas e lucrar mais. Essas modalidades foram inventadas para concorrer com a yoga, acro-yoga, dança, arquearia, kendo, taijiquan e até mesmo terapias alternativas como leitura fria de perfil, massoterapia e acupuntura. [link:]

    Os mestres de Pakua Hermano que desejam vender esses cursos fazem residências em outras sedes, prática chamada de "Intinerâncias". Essas "maestrias" são como um "add-on de software" ou uma expansão de novos "conhecimentos", que são vendidos para convencer o aluno a gastar mais dinheiro. Porém, muitas vezes, esses mestres são despreparados para ministrar as aulas, e acabam orientando o curso de acupuntura com um manual na mão enquanto ministram outros cursos ao mesmo tempo, o que constatamos aqui total incompetência [Link 10].

6.1 – As técnicas marciais fulgurantes.

Observe as graduações na faixa. Surreal...

    Esta arte marcial é vista como risível e sem embasamento técnico, já que é voltada para o lucro fácil e exploração de pessoas que buscam imersão na cultura tradicional chinesa. As técnicas ensinadas pelos "mestres" pakuanos são transmitidas oralmente e não são eficazes em situações reais de perigo. Esses "mestres" compram graduações e títulos, e começam a praticar em espaços pequenos por apenas dois a quatro anos, mesmo sem dominar as técnicas básicas. As aulas não envolvem combate, já que as técnicas são pobres e impossíveis de usar em conflitos reais. Eles justificam essa falta de combate com a desculpa de que "não se ensina competições". Nas aulas que envolvem contato físico, eles ensinam a se defender sem tocar no adversário, pois uma lesão pode resultar em responsabilidade legal.

6.2 – Arqueria.

    Assim como a palavra “Pa-Kua” é pronunciada errada pelos pakuanos, a mesma coisa é “arqueria”. Cabe dizer que o Pakua Hermano veio da Argentina então as pronuncias erradas vem da fala espanhola que atrapalha a pronuncia correta no português que então é levada à diante como se fosse correta. A arquearia “chinesa”, tem uma origem mega duvidosa, primeiro porque cada um conta a história do jeito que querem, segundo que  Moyano e Sandri se auto intitulam como o responsável por trazer essa porcaria. A verdade é que foi um aluno brasileiro do Pakua que viajou para a Europa aprender arco e flecha, trouxe para o Brasil e dalí em diante virou uma “modalidade chinesa”. Desde então os pakuanos vivem inventando mentiras alegando que a China proibiu o uso do arco e que o Pakua Hermano "foi lá e resgatou", que eles são os únicos a ensinar arco chinês na américa latina, isso entre outras lorotas que eles contam.


    A verdade é que o arco chinês nunca deixou de existir como falam os pakuanos, inclusive, já divulgaram panfletos alegando serem “a única escola de arco chinês no Brasil”. Assim como alegam terem redescoberto tal arco chinês que de fato nunca deixou de existir.


Jovem que se lesionou ao praticar
arco em um desses cursos gratuitos.
Sempre se usa proteções em praticas.
    Os pakuanos também têm afirmado que a China proibiu o uso do arco e flecha e que o Pakua Hermano "resgatou" a técnica por meio de pesquisa, prática e treinamento. Essa afirmação é uma mentira, uma vez que a China nunca proibiu o uso de arco e flecha e sempre manteve viva a técnica de tiro com arco chinês desde 1720. Além disso, existe uma marcenaria em Pequim, a Ju Yuan Hao, que é a única fabricante de arcos chineses ativa e que possui certificados de reconhecimento internacional. O Sr. Yang Fu Xi é considerado a maior autoridade sobre arcos chineses no mundo inteiro. Portanto, é incorreto afirmar que os pakuanos descobriram ou redescobriram a técnica do arco chinês. Os pakuanos também já divulgaram panfletos afirmando serem "a única escola de arco chinês no Brasil", o que é falso, já que existem outras escolas e praticantes da técnica no país. 
    Em resumo, os pakuanos têm feito afirmações duvidosas e incorretas sobre a origem e a história da técnica de tiro com arco chinês, além de tentar se apresentar como a única escola a ensinar essa modalidade na América Latina. É importante lembrar que a técnica de tiro com arco é uma prática antiga e com muita história e que deve ser respeitada e estudada com seriedade e veracidade. Para quem tiver interesse de aprender tiro com arco, procure as federações regionais de tiro com arco que são membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) 

Print de 2014

6.3 – Yoga chinesa (sintonia).

    A prática da chamada "Yoga chinesa" pelo Pakua Hermano expõe questões sobre competição desleal com outras atividades, mas é importante esclarecer que a Yoga tem suas raízes na Índia, não na China. Utilizar o termo "Yoga chinesa" pode gerar confusão e deturpação da verdadeira natureza da prática. A Yoga vai além de meras posturas físicas, englobando também técnicas de respiração consciente, meditação e outros elementos que visam à integração do corpo, mente e espírito. Portanto, qualquer abordagem que se limite a posturas físicas não pode ser considerada verdadeira Yoga.

Além disso, é necessário abordar a utilização do termo "sintonia". Enquanto muitas vezes é empregado para se referir a um estado de concentração ou conexão com algo ou alguém, cientificamente, "sintonia" descreve um fenômeno físico de ressonância entre dois sistemas. Os Pakuanos usam o termo "sintonia" de forma oportunista, possivelmente para evitar questionamentos por parte dos praticantes de Yoga, assim como fazem com o termo "cosmodinâmica" para não mencionar o Tai Chi. Apesar de tentarem associá-lo de forma disfarçada ao Qi Gong, na prática, copiam as posturas da Yoga, como podem ser vistas em seus panfletos virtuais.

É fundamental destacar que o Qi Gong e a Yoga são práticas distintas, embora compartilhem semelhanças em sua abordagem ao bem-estar e à conexão mente-corpo. A desonestidade dos pakuanos em distorcer a realidade para enganar os desavisados fica evidente quando consideramos as principais diferenças entre essas disciplinas:

 

Yoga

Qi Gong

1. Origens culturais e históricas:

A Yoga é uma antiga prática espiritual e filosófica que se originou na Índia há milhares de anos. Ela tem raízes profundas na cultura indiana e está ligada a tradições religiosas como o hinduísmo, o budismo e o jainismo.

O Qi Gong, por outro lado, é uma prática chinesa que se originou na China e tem conexões com a medicina tradicional chinesa, filosofias taoístas e confucionistas. É uma parte integrante da cultura chinesa há séculos.

2. Objetivos e filosofias:

 

A Yoga visa à união do corpo, mente e espírito. Ela envolve uma ampla gama de técnicas, incluindo posturas físicas (asanas), técnicas de respiração (pranayama), meditação e práticas de concentração. A Yoga tem uma abordagem holística para a saúde, o equilíbrio emocional e o crescimento espiritual.

 

O Qi Gong se concentra principalmente na cultivação e no equilíbrio do "Qi" ou "Chi", que é considerado a energia vital que flui pelo corpo de acordo com a medicina chinesa. É uma prática que visa melhorar a saúde, aumentar a vitalidade, aliviar o estresse e promover o fluxo livre de energia pelo corpo. O Qi Gong muitas vezes envolve movimentos suaves, técnicas de respiração e visualização.

 

3. Movimentos e abordagens físicas:

 

As posturas físicas na Yoga são projetadas para fortalecer o corpo, aumentar a flexibilidade e promover o equilíbrio. Elas variam de posturas simples a poses mais complexas que exigem força e concentração.

 

Os movimentos no Qi Gong tendem a ser mais suaves e fluidos em comparação com a Yoga. Eles são projetados para facilitar o fluxo de energia vital (Qi) pelo corpo e muitas vezes são realizados de maneira lenta e consciente.

 

4. Abordagem espiritual:

 

Muitas formas de Yoga têm uma dimensão espiritual, com ênfase na conexão com a divindade, o autoconhecimento e o crescimento espiritual.

 

Embora o Qi Gong tenha raízes filosóficas taoístas e confucionistas, não é necessariamente uma prática espiritual. É mais frequentemente associado à manutenção da saúde e ao equilíbrio energético.




Essa apropriação inadequada de termos e práticas
é desonesta e pode confundir aqueles que
buscam genuinamente aprofundar-se
na Yoga e nas disciplinas relacionadas


6.4 – Pakua Ritmo.

    O Pakua Ritmo é uma modalidade que combina atividade física aeróbica com movimentos de luta, como o Body Combat e o Taebo, mas de acordo com algumas análises, isso é considerado uma concorrência desleal. Essa modalidade tem uma movimentação aleatória sem nenhum conceito técnico, o que significa que os participantes simplesmente movem seus corpos com passos e, ocasionalmente, realizam socos, chutes e movimentos de defesa.

Fonte: Blog Processo Utópico.

    
Uma das principais alegações dos criadores do Pakua Ritmo para justificar sua origem é uma fábula atribuída a Giordano, que supostamente descobriu que os antigos guerreiros chineses realizavam danças combinando técnicas de luta para comemorar suas vitórias. No entanto, essa alegoria é vista como uma mera fabricação pelos críticos do Pakua Ritmo. Eles argumentam que essa história foi criada para iludir pessoas leigas e convencê-las a participar da atividade.

    Em resumo, o Pakua Ritmo é visto como uma atividade que carece de técnica e consistência, e que se apoia em histórias fictícias para atrair participantes. Portanto, é importante analisar cuidadosamente as informações antes de decidir participar dessa modalidade ou de qualquer outra atividade física.


6.5 –Taichi (cosmodinâmica)

    Antigamente, os praticantes do Pakua Hermano usavam o Taichi como sua modalidade, mas agora mudaram o nome para "cosmodinâmica" para evitar conflitos com os praticantes do verdadeiro Taijiquan. No entanto, isso é apenas uma mudança de nome, já que a tal cosmodinâmica é uma cópia descarada para enganar os desavisados.

Flagrante da escola de Sérgio Murilo
tentando monopolizar um evento alheio. 

    Como foi dito anteriormente, o Baguazhang é um estilo-irmão do Taijiquan, ambos se baseiam na filosofia do Ying e Yang, canalizando a energia interna e expandindo a energia externa. No entanto, parece que os praticantes do Pakua Hermano promovem sua modalidade como se não conhecessem aquilo que dizem conhecer. Certa vez, os pakuanos se auto convidaram para participar de um evento de Taijiquan promovido por uma escola de Kung Fu bem relacionada em Porto Alegre, RS. No entanto, os alunos descobriram que a escola de Pakua Hermano estava planejando se apropriar do evento anunciando atividades que não estavam programadas, como se o evento fosse em parceria com a Liga Internacional de Pa-kua. A escola de Kung Fu não queria ter seu nome relacionado com essa escola de reputação duvidosa e fama de charlatã.

6.6 – Shinai, bastão bi-articulado e outras armas.

O Shinai é uma ferramenta básica no Kendo japonês, mas por que os pakuanos a incluem em seus treinos? Infelizmente, o Kendo é uma modalidade restrita no Brasil e o governo japonês incentiva a prática do esporte doando materiais de segunda mão, já que é muito caro e grande parte é importada. Alguns dojos são restritos e quem tem interesse em aprender não sabe onde procurar, o que abre portas para o mercado de ensino irregular para oportunistas como os pakuanos, que incluem o uso da ferramenta de treino para enganar e iludir pessoas que não conseguem encontrar um local adequado para praticar o Kendo e acabam se contentando com uma pseudo arte marcial.


    O bastão bi-articulado e as espadas garra-de-tigre (Shuang gou) são armas comuns do Kung Fu Shaolin e Choi-li fut, mas não são armas para qualquer um sair pegando e rodopiando por aí. Requerem muito treino e habilidade, coisa que um pakuano treinado de forma precária jamais conseguiria. O risco de se machucar é frequente, especialmente com o bastão bi-articulado, que exige muita experiência e controle. Quanto ao Shuang gou, há movimentos em que o perito consegue enganchar as duas espadas e realizar um giro completo, algo que um pakuano que pega preta em dois anos pagando um curso intensivo não conseguiria fazer. É por isso que você nunca verá um pakuano manuseando essas armas, exceto em fotos com poses simples e estáticas.

    As demais armas, como facões, lanças e alabardas, são do Kung Fu ou do Sipalki, e há muitos vídeos de pakuanos demonstrando sua completa falta de habilidade com essas armas. É inevitável rir ou sentir vergonha alheia ao ver essas pessoas agindo como crianças brincando de luta com um cabo de vassoura.

6.7 – Armas de corte.

“Se Pakua é uma arte marcial chinesa, então porque utilizam Katanas?”
- Sérgio Murilo de Souza.

    O artigo escrito por Sérgio Murilo de Souza sobre a utilização de katanas e bokken no Pakua Hermano é falacioso[Link 12]. Ele alega que a escolha dessas armas se deve à falta de opções de compra, uma vez que não seria possível adquirir uma Miao Dao ou mesmo uma réplica de madeira. No entanto, essa afirmação não se sustenta quando se considera as diferenças entre a katana e o Miao Dao.

    Inclusive, as bokkens usadas pelos pakuamanos são de fabricação própria – de péssima qualidade diga-se de passagem; então, não fabricam miao dao de madeira porque não querem? Ou porque é só mais uma lorota criada por Sérgio?


    Para refutar a afirmação de Sérgio, é importante explicar que a katana é uma arma de origem japonesa, utilizada tradicionalmente pelos samurais. Já o Miao Dao é uma espada chinesa de cabo e lâmina mais longa e menos curvada, usada por soldados chineses durante as dinastias Ming e Qing. Ela exige movimentos circulares e contínuos, bem diferentes dos movimentos lineares e precisos necessários para se manejar uma katana. Embora as duas armas possam ter algumas semelhanças superficiais, elas possuem diferenças fundamentais em seu design e manuseio. Portanto, a alegação de que a escolha da katana se deve à impossibilidade de adquirir um Miao Dao é só uma desculpa esfarrapada para desviar-se questionamentos que fazem na internet.

    Além disso, é importante mencionar que o fundador do Pakua Hermano, Giordano Magliacano, era um praticante de Sipalki, uma arte marcial coreana com referências às armas brancas coreanas. Uma dessas armas é a Jinkum, que tem semelhanças à katana. No entanto, isso não justifica a escolha da katana no Pakua Hermano, que é uma dita arte marcial chinesa criada por um argentino.

Miao Dao é maior que a Katana.
    Sérgio Murilo de Souza se intitula inteligente mas seu comportamento em relação a essas questões é bem questionável. Além de disseminar informações falsas para promover o Pakua Hermano, ele foi expulso por vandalizar artigos do Wikipedia sobre o Bagua para dar credibilidade e gerar revisionismo histórico. Além disso, seu próprio artigo sobre o Pakua Hermano foi excluído por criar "artigos Frankenstein" e por não apresentar fontes verificáveis. Essa desonestidade e falta de compromisso com a precisão das informações mostra que sua narrativa não pode ser confiável.

    Ao verem vídeos de pakuanos treinando com espadas, percebe-se que eles estão copiando movimentos de kenjutsu, e não os movimentos circulares do Miao Dao. Por fim, é interessante notar que até 2008, os Pakuamanos chamava sua modalidade de espada de "Kendo Chinês", mas depois mudou para "armas de corte", devido a um suposto desentendimento com praticantes do verdadeiro Kendo. Obviamente eles negam com todas as forças, porém haviam anúncios na época  oferecendo a modalidade com este nome, não há como ignorar isso...

6.8 – Pa-kua equilíbrio.

    Pakua Equilibrio é uma atividade física que, ao que parece, é uma cópia direta da modalidade conhecida como Acro Yoga, gerando uma concorrência desleal para os praticantes desta última. É composto por uma série de exercícios de equilíbrio que envolvem duas pessoas trabalhando em conjunto para criar pirâmides humanas impressionantes. No entanto, apesar de parecer uma atividade recreativa e saudável, o Pakua Equilibrio é visto por muitos como uma imitação inferior da Acro Yoga.

    O Pakua Hermano, por sua vez, parece ser a principal organização por trás da promoção desta atividade, e sua abordagem de marketing tem enfatizado a ideia de que esta modalidade é algo "super legal" e uma espécie de circo humano. Isso tem levado muitas pessoas a se envolverem com o Pakua Equilibrio, mas também gerou uma grande controvérsia, especialmente entre os praticantes da Acro Yoga.

    Se você fizer uma pesquisa no YouTube, poderá encontrar muitas semelhanças entre os movimentos realizados no Pakua Equilibrio e os da Acro Yoga. Embora algumas pessoas possam argumentar que essas semelhanças são inevitáveis, outras veem isso como uma forma de roubar a originalidade e a autenticidade de uma modalidade que já tem um público estabelecido. Em resumo, enquanto o Pakua Equilibrio pode ser visto por alguns como uma forma divertida de se exercitar e desafiar suas habilidades físicas, muitos acreditam que sua existência como uma cópia descarada da Acro Yoga é injusta para os praticantes desta última.

6.9 – Intensivos ou “acelerados”.

    A formação marcial em seis meses para virar instrutor de arte marcial é um conceito que tem sido amplamente criticado por praticantes sérios e instrutores experientes. A ideia de que alguém possa se tornar um instrutor qualificado em um período tão curto de tempo é ilusória e enganosa. Além disso, a venda de graduações é um problema sério que afeta a credibilidade e a integridade das artes marciais.

    A ideia de que alguém pode se tornar instrutor de arte marcial em apenas seis meses de formação é, na verdade, uma venda de graduação. Em outras palavras, é uma maneira de vender títulos e posições, sem realmente fornecer ao aluno um nível adequado de habilidade e conhecimento.

    Para entender por que isso é problemático, é importante primeiro entender o que é a graduação em artes marciais. A graduação é um sistema de classificação que é usado para indicar o nível de habilidade de um praticante em uma determinada arte marcial. Em geral, o sistema de graduação é dividido em várias faixas ou cintos de diferentes cores, cada um representando um nível crescente de habilidade.


    Para alcançar uma nova graduação, o praticante deve demonstrar sua habilidade em uma série de técnicas e habilidades, além de ter uma compreensão sólida da teoria e da filosofia por trás da arte marcial em questão. Isso geralmente requer muitos anos de prática constante e treinamento rigoroso.

    É por isso que a ideia de que alguém pode se tornar instrutor em apenas seis meses de formação é problemática. O processo de se tornar um instrutor qualificado em uma arte marcial envolve muito mais do que simplesmente aprender algumas técnicas e ganhar uma nova faixa. Um instrutor de arte marcial deve ter um profundo entendimento da teoria e da filosofia da arte marcial, bem como uma capacidade avançada de executar e ensinar as técnicas. Isso requer anos de prática, treinamento rigoroso e, muitas vezes, orientação pesso

    A formação marcial em seis meses para se tornar instrutor de arte marcial é um esquema de venda de graduação. Essa prática é desonesta e não é reconhecida pela comunidade de artes marciais sérias. Os verdadeiros praticantes de artes marciais sabem que a formação em artes marciais é um processo lento e contínuo, que requer anos de dedicação e treinamento árduo. É impossível que alguém possa aprender tudo o que precisa saber em apenas seis meses.

    Além disso, aqueles que se matriculam em tais programas intensivos geralmente não estão lá para aprender a arte marcial em si, mas sim para obter uma graduação rapidamente. Eles estão dispostos a pagar por isso, e os pakuanos desonestos que vendem esses programas sabem disso. Essas pessoas que se inscrevem em programas intensivos não estão preparadas para ensinar ou ministrar cursos de artes marciais. Na verdade, aqueles que se formam nesses programas geralmente não têm o conhecimento ou a habilidade necessários para ministrar cursos de forma segura e eficaz.

    Além disso, a prática de ministrar cursos é reservada apenas para os verdadeiros mestres, que têm anos de experiência e conhecimento para compartilhar com seus alunos. Aqueles que compram uma graduação em um programa intensivo não têm o direito de ensinar, nem devem receber dinheiro por isso. O verdadeiro propósito desses programas intensivos é formar rapidamente faixas pretas que possam assumir academias e abrir novas franquias, cada aluno faixa preta que promove cursos parte do dinheiro é repassado conforme o grau de hierarquia. Realmente, é um “bom negócio”.

6.10 – Criticas as competições.

    "A característica que distingue a Escola de Pa-Kua de outras é a não competição esportiva. Esta bandeira faz parte dos pilares e é nutrida desde a origem da organização. Para o Mestre Fundador, Rogélio Magliacano, promover competições entre os alunos era algo desnecessário e até perigoso, podendo causar não apenas lesões, como também traumas ligados ao medo e à pressão". 
– Site Grandes Mestres.

    Segundo o site "Grandes Mestres", a Escola de Pakua Hermano alega que não possui caráter competitivo por pregar várias virtudes em que vencer o outro é errado, além de promover competições poder causar lesões e traumas relacionados ao medo e à pressão. Primeirmamente, é importante questionar se essa é realmente a razão pela qual a escola não promove competições esportivas. Segundo, que esse discurso pakuano é simplista pois, competições não são prioridades nas artes marciais de verdade, compete quem quer e ponto final. Ninguém é obrigado...

Essas pakuanas não sabem o que estão fazendo. Reparem na graduação!

    O que é evidente é que é impossível desenvolver competições quando uma escola de Finjutsu como o Pakua Hermano pratica socos e chutes de forma inadequada beirando ao cômico, sem falar que os pakuanos se graduam rápido em seis meses, dois anos ou até mesmo em um fim de semana, mediante o pagamento de uma quantia exorbitante de dinheiro. Além disso, o Pakua Hermano só sabe promover apropriação cultural e orientalismo, se utilizando da cultura oriental para atrair alunos e promover sua ideologia fabricada em lero-lero. Isso não apenas são questionáveis como são manipulativas.

    A desfuncionalidade do Pakua Hermano como arte marcial é um fato óbvio, pois o discurso anti-competição serve apenas com uma cortina de fumaça para encobrir a incapacidade dos pakuanos em defender-se em uma situação de rua. Nem aqui e muito menos em Canoinhas.

 7 – TERAPIAS HOLÍSTICAS E MEDICINA CHINESA.

    Cursos de massagem, acupuntura, nutrição e reiki são terapias alternativas populares que podem trazer benefícios para a saúde, mas que também podem representar sérios riscos se ensinados de maneira inadequada. Quando aplicados por profissionais experientes e treinados, esses métodos podem ser eficazes na redução de dores e tensões, além de melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

    No entanto, se essas técnicas forem aplicadas de maneira inadequada, elas podem causar danos sérios à saúde das pessoas. A massagem, por exemplo, pode resultar em lesões musculares se não for aplicada corretamente. A acupuntura, se mal executada, pode causar infecções, perfuração de órgãos internos e até mesmo paralisia.

    Portanto, é importante que essas terapias sejam praticadas por profissionais treinados e capacitados, e que as pessoas tenham cuidado ao buscar tratamentos alternativos, sempre levando em consideração a opinião de um médico ou especialista da área da saúde.

7.1 – Avaliação de perfil.

    A avaliação de perfil pode se basear em várias metodologias e técnicas diferentes, algumas das quais podem ser mais científicas e precisas do que outras. Algumas avaliações de perfil podem ser baseadas em teorias cientificamente comprovadas, como a psicologia e a neurociência, enquanto outras podem se basear em crenças não comprovadas ou em pseudociências.

    Por exemplo, algumas avaliações de perfil podem se basear em métodos de análise de comportamento humano, como a observação de traços de personalidade, habilidades cognitivas e estilos de comunicação. Esses métodos podem ser apoiados por pesquisas pseudocientíficas e estudos empíricos. Como é o caso do Pakua Hermano que cobra para fazer esta tal avaliação com base em se os olhos são juntos ou separados para determinar se a pessoa seja homossexual. Entre outras perguntas se a pessoa é circuncidado podendo indicar sexualidade reprimida dependendo da resposta; com isso ele define como a pessoa se entende com sua família. Empirismo puro baseado em pseudociencia.

7.2 – Vias de Energia.

    De acordo com o Pakua Hermano, a modalidade “vias de energia” incluem terapias orientais como a acupuntura, reflexoterapia, moxabustão e reiki ensinadas para os praticantes através de um sistema chamado “Intinerancias” esta tal intinerancia é quando um Mespone da Farsa Preta de outra escola do Pakua Hermano faz uma visitação a uma escola de Pakua Hermano para oferecer cursos e treinamentos para a realização de intensivos de diversas modalidades.

Banner pakuano promovendo suposta medicina chinesa.
Fonte: Instagram @pakuafatimaoficial. 

    De acordo com o relato de um ex-aluno aqui identificado como “Maicom” em uma postagem do blog intitulada “Os oito pontos negativos do Pa-Kua Hermano”, seu testemunho relata quando foi abordado a aprender “vias de energia” da seguinte forma:

Existem cursos de todos os tipos, como uma espécie de "fast-food" oriental. O mais pernicioso deles é o chamado "vias de energia", que ensina os princípios da medicina tradicional chinesa em 4 módulos. Ao fim do curso, o aluno estaria apto a trabalhar com terapias tradicionais ministrando inclusive, acupuntura...

Eu cursei o primeiro módulo com mestres locais e os três últimos numa famigerada "itinerância" de um mestre argentino bastante graduado. No primeiro nível – basicamente introdutório; as aulas foram fiéis ao livro "acupuntura: teoria y practica" do médico argentino David Sussmann... os outros três, foram ministrados pelo tal mestre de fora enquanto o mesmo se desdobrava em ensinar ao mesmo tempo, vários outros cursos.

Ao contrário do primeiro módulo, os níveis 2, 3 e 4 foram ensinados em um dia cada, já que a visita do mestre de fora dura apenas alguns dias... em suma: o curso é pura palhaçada! Tudo é ensinado nas coxas, de forma rápida, banal e superficial; sem parte prática ou qualquer orientação adequada!

Ao fim do curso, foi-me oferecido um certificado extra de alguma escola técnica no sudeste do país. Fui convencido a pagar mais R$ 1.200,00 (mil e duzentos Reais) para obter o tal certificado de ensino em “nível técnico”.

O tal certificado que recebi, me conferia a carga horária total de 1.120 (mil cento e vinte) horas por aula, sem ter SEQUER assistido a MAIS DE QUATRO HORAS por aula... os alunos são encorajados a se sentirem como verdadeiros acupunturistas sem – no entanto; ter algum preparo para exercer esta séria modalidade terapêutica. Algo extremamente perigoso que pode causar sérias sequelas!

    Os mestres alegam "supervisionar" a atuação dos alunos, pelo contrário: os mestres convencem os alunos novatos a se submeterem em sessões ministradas por estes alunos recém-formados em “vias de energia”!

  Como aconteceu comigo em 2004, quando meu mestre percebeu que eu vinha tossindo há algum tempo nos treinos e me ele recomendou fechar um pacote de dez sessões com um de seus alunos de “vias de energia”. Fechei o pacote, paguei R$350,00 (trezentos e cinquenta Reais) e fiz apenas duas sessões... o mais curioso é que o tal “terapeuta pakuano”, posteriormente, mudou-se para abrir uma academia em outro estado; antes perder R$280,00 (Duzentos e oitenta Reais), do que me arriscar nas mãos de um acupunturista meia-boca... [Link10].

    O próprio estatuto do pakua menciona o ensino de medicina alternativa conforme descrito no capítulo II do documento oficial registrado em cartório:

Capítulo II - Dos Princípios e Finalidades.

Art. 3° São finalidades da Associação Brasileira de PA-KUA.
II - Manter Escola de Capacitação Profissional no ensino das diversas áreas de artes marciais, terapêuticas e filosóficas, envolvendo assim todas as modalidades de cura da Medicina Tradicional Oriental, tais como a Acupuntura, a Massagem, por meio de plantas medicinais o Chi Kung, os Movimentos Terapêuticos, a Meditação...

 No entanto, no Brasil, algumas práticas como acupuntura, medicina chinesa, reflexoterapia, moxabustão e reiki não são reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ou pelo Ministério da Saúde, mas são permitidas através do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)*. De acordo com informações disponíveis, tanto a Liga Internacional de Pa-Kua quanto a Associação Brasileira de Pa-Kua não estão filiadas a essas instituições.

  É importante destacar que, apesar disso, existem normas éticas e técnicas que devem ser seguidas pelos profissionais que realizam essas práticas. Para atuar nessas áreas, é exigida formação específica, incluindo estágios supervisionados e conhecimentos em anatomia, fisiologia, patologia e bioética.

 Profissionais capacitados podem buscar conhecimento e qualificação por meio de estudos aprofundados, inclusive em países como China, Coreia do Sul ou Japão, onde essas práticas são tradicionais. No entanto, é preocupante quando indivíduos despreparados oferecem cursos intensivos de curto prazo, ensinando várias técnicas sem a devida capacitação. Essas práticas podem ser consideradas ilegais e antiéticas.

   O Código Penal Brasileiro prevê punições para aqueles que exercem profissão sem habilitação legal e causam danos à saúde de outras pessoas. É fundamental que aqueles que desejam se tornar profissionais nessas áreas busquem uma formação adequada e respeitem as normas éticas e técnicas dos conselhos profissionais.

  É preciso estar atento à credibilidade das instituições e evitar cair em práticas enganosas, como cursos ministrados por profissionais despreparados e sem qualificação. A busca por medicina alternativa deve ser realizada com cautela e sempre procurando profissionais habilitados e reconhecidos para evitar riscos à saúde e à vida.

  A prática de atividades médicas sem a devida qualificação ou autorização legal é crime e pode acarretar em sérias consequências, inclusive a prisão. Não permita que a ganância de charlatões pakuanos ponha em risco a sua saúde e a de outras pessoas.

*notas: até a conclusão deste dossiê, não há informações concretas sobre a regulamentação da medicina chinesa. No entanto, o Pakua Hermano não possui capacidade ou estrutura tanto para a prática quanto ao ensino. 

7.3 – Desfragmentação.

    “É uma técnica que trabalha os níveis profundos do subconsciente, mas o paciente se mantem consciente o tempo todo. Traz grandes benefícios para as pessoas que sofreram fatos traumáticos que afetam de forma consciente ou inconsciente. É ideal para livrar das taras emocionais que atuam nos afastando de nossos objetivos.” – Site da Liga Mundial de Pa-Kua (traduzido).

    Observação: a razão pela qual procurei informações em outro grupo é porque o site da ABPK não oferece nenhuma descrição, apenas a opção de comprar o curso.

    A existência de terapias como a chamada "desfragmentação" é extremamente alarmante, pois se trata de um curso informal de Psicologia e Psiquiatria que não possui qualquer comprovação científica ou regulamentação legal. Essa prática é uma violação direta da ética médica e pode colocar a vida das pessoas em sérios riscos.

    A "desfragmentação" é promovida como uma técnica inventada pelos Pakuanos, que trabalha os níveis profundos do subconsciente, mas sem qualquer base científica ou regulamentação profissional, podendo causar sérios danos à saúde mental das pessoas. Além disso, a terapia pode ser usada para manipular as emoções dos pacientes, levando-os a tomar decisões precipitadas ou prejudicando o tratamento de outras condições médicas.

    É importante ressaltar que a prática da psicologia e psiquiatria é altamente regulamentada em todo o mundo, com exigências rigorosas de formação acadêmica, treinamento e licenciamento para garantir a segurança e bem-estar dos pacientes. Qualquer pessoa que ofereça esses serviços sem a devida qualificação está infringindo a lei e deve ser responsabilizada por danos causados.

    Denunciar qualquer pessoa ou entidade que pratique ilegalmente a psicologia e a psiquiatria é fundamental para proteger a saúde e segurança da população em geral. No Brasil, a prática ilegal da psicologia é considerada crime e está prevista na Lei nº 4.119/1962, que regulamenta a profissão de psicólogo. O exercício ilegal da psiquiatria também é considerado crime e está previsto no Código Penal Brasileiro. O artigo 282 do código penal define como crime o exercício ilegal da medicina, que inclui a prática de atos privativos dos médicos, como diagnósticos e prescrição de tratamentos, por pessoas que não possuem formação na área.

    Como puderam ver, a Liga Internacional de Pa-Kua não divulga o que se trata a tal da desfragmentação, por isso consegui achar alguma resenha no site da concorrente que é a Liga Mundial de Pa-Kua que só tem na Argentina – até onde sei...

7.4 – Reflexoterapia.

    Reflexoterapia é uma prática pseudocientífica que supostamente utiliza a pressão em pontos específicos dos pés, mãos e orelhas para tratar uma variedade de condições de saúde. Embora os pakuamanos afirmem que essa prática é benéfica, a verdade é que a reflexoterapia é amplamente considerada como uma forma de charlatanismo e muitas vezes é associada a perigos para a saúde.

    Embora esses cursos possam parecer atraentes para indivíduos que desejam se tornar praticantes de reflexoterapia, eles podem ser perigosos para a saúde dos pacientes. O perigo da reflexoterapia e outras práticas pseudocientíficas reside em sua falta de fundamentação científica e evidências. Os praticantes dessas terapias muitas vezes afirmam que podem curar ou tratar condições de saúde sem fornecer qualquer prova científica de que isso seja verdade. Isso pode levar a indivíduos que procuram esses tratamentos a não receberem o tratamento médico adequado para suas condições de saúde, o que pode levar a complicações e até mesmo à morte.

    É importante que as pessoas entendam que a reflexoterapia e outras terapias alternativas não têm base científica sólida e não devem ser usadas como substitutas para tratamentos médicos comprovados. É essencial que os indivíduos busquem orientação médica de profissionais de saúde licenciados e qualificados e evitem práticas de saúde não comprovadas e potencialmente perigosas.

7.5 – Tian Ling (Feng Sui)

    Primeiramente, que uma coisa nada tem a ver com a outra.

·         Tian Ling: 天灵 – Tian Ling é uma prática chinesa que se baseia na manipulação da energia vital do corpo para promover a saúde e o bem-estar. Essa prática é conhecida como Qigong ou Chi Kung em outras partes do mundo.

·       Feng Shui: 风水 – Feng Shui é uma prática chinesa que se concentra em equilibrar as energias do ambiente para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ela se baseia na crença de que o ambiente físico afeta a energia vital (chi) e, por consequência, a vida das pessoas que habitam esse ambiente.

    No entanto, cursos oferecidos pela Liga Internacional de Pa-Kua Hermano promovem técnicas sem qualquer base científica ou lógica e se aproveitam da falta de conhecimento das pessoas. Eles podem ensinar práticas perigosas que podem causar prejuízos ao bem-estar das pessoas. É importante ressaltar que o Feng Shui não é uma prática que pode ser aprendida em um curso de fim de semana ou através de leitura de livros. O Feng Shui é uma ciência complexa que envolve conhecimento profundo de vários campos, como arquitetura, geologia, astrologia, filosofia chinesa e psicologia ambiental. Além disso, os praticantes de Feng Shui devem ser capazes de analisar e interpretar corretamente os padrões de energia do ambiente para oferecer soluções personalizadas e eficazes para cada cliente.

    Os cursos oferecidos pela Liga Internacional de Pa-Kua Hermano não têm qualquer embasamento técnico ou científico e podem ser altamente prejudiciais para quem segue suas orientações. Esses indivíduos podem ensinar práticas que podem desequilibrar ainda mais as energias do ambiente ou recomendar mudanças que podem ser caras e desnecessárias.

    Por isso, é fundamental que as pessoas evitem pagar por cursos de Feng Shui oferecidos pela Liga Internacional de Pa-Kua Hermano, que não possuem qualificação ou formação adequada na área. É importante que as pessoas busquem por profissionais sérios e credenciados, que possam oferecer orientações corretas e eficazes sobre como harmonizar as energias do ambiente de forma segura e responsável. O Feng Shui pode ser uma prática benéfica para a saúde e o bem-estar, desde que seja praticado corretamente e com conhecimento adequado.

7.6 – Chien Chi Qua.

Em chinês está escrito 
"bagua" os outros dois caracteres 
estão em letra cursiva, porém
não está relacionada ao termo.

    A Liga Internacional de Pakua afirma que o "Chien Chi Qua" é uma forma de Reiki chinês, no entanto, essa afirmação é uma invenção sem embasamento na história ou na tradição chinesa! O Reiki é uma prática japonesa de cura energética que se baseia na canalização de energia universal através das mãos do praticante. Já o "Chien Chi Qua" parece ser uma invenção recente, sem tradição ou base histórica, que busca capitalizar sobre a popularidade do Reiki e da cultura oriental.

    Outras invenções bizarras como a "cosmodinâmica", "yoga chinesa" e "sintonia" também são exemplos de tentativas de misturar práticas e tradições orientais para criar algo novo e supostamente "exótico". O problema com essas invenções é que elas não possuem qualquer base histórica ou cultural, e muitas vezes, são criadas apenas para obter fins lucrativos.

7.7 – Mestres intinerantes.

    Este trecho discute a prática de "itinerância" no sistema do Pa-Kua Hermano de acordo com o relato de Maicon*. De acordo com o seu testemunho, ele expressou forte descontentamento com essa prática, que considera como uma forma de pilhagem. Na itinerância, um mestre de outro estado ou país visita uma escola de Pa-Kua Hermano onde oferece uma série de cursos, avaliações e outros serviços aos alunos. O objetivo dos mestres locais é conseguir autorização para ministrar itinerâncias, pois isso pode trazer altos ganhos financeiros.


   Maicon relata que, em uma dessas itinerâncias de um mestre americano em 2004, um mestre local arrecadou o equivalente a dez mil dólares em uma única visita. Para atrair alunos, os mestres locais fazem propaganda antecipada, prometendo uma "grande e exclusiva oportunidade" de aprender com o itinerante.

    No entanto, Maicon afirma que tudo isso é uma fraude. Os alunos pagam uma quantia alta para ter breves encontros com o itinerante, que muitas vezes divide sua atenção entre vários alunos ensinando cursos diferentes ao mesmo tempo. O testemunho conclui que o lucro é o objetivo principal da escola, e que a propaganda para cursos acelerados cresce muito às vésperas da visita do itinerante, já que é o produto mais lucrativo.

*Maicon é um nome fictício de um ex-aluno do pakua hermano usado em seu relato. [link 10]

7.8 – Aulas exclusivas absurdas.

O Pakua Hermano precisa promover atividades extra curriculares para manter o fluxo de caixa, para isso acontecer os pakuanos inventam aulas especiais como forma de estimular o aluno a pagar e assim “aprender” uma nova atividade. E assim deparamos com algumas aulas que não fazem o menor sentido ou beira ao total absurdo. A criatividade é infinita, desde que renda uma boa grana para a instituição...

1 – Aula de “calistênias” com espadas.

Aula de lero-lero.

A calistenia (sem acento circunflexo) é uma prática de exercícios físicos que se concentra no uso do peso corporal para aumentar a força, a flexibilidade e a resistência, e tem suas raízes na França do século XIX. Phokion Heinrich Clias é creditado como um dos fundadores do método, que se baseou em estudos de fisiologia, anatomia e biomecânica. As maiores influências para o método da calistenia vieram da ginástica sueca e alemã.

No entanto, associar a prática de espadas à calistenia não faz o menor sentido! Além disso, Leonardo, que se auto intitula "mestre", não tem formação em Educação Física (de acordo com o seu Lattes, ele é graduado em Psicologia com especializações da mesma área) e não possui a graduação e idade necessária para ser considerado um mestre de artes marciais. Portanto, sua proposta de aula especial de calistenia relacionado a espadas é enganosa e sem nenhum fundamento!

Enquanto a calistenia pode ser usada como um complemento para atividades específicas, como artes marciais, ela não fornece o treinamento necessário para aprender a usar espadas com segurança e eficácia. As calistenias e os treinos com espadas são atividades bastante diferentes, com objetivos e métodos de treinamento distintos. A calistenia se concentra no uso do peso corporal para melhorar a saúde física e a forma física, enquanto o manuseio de espadas envolve técnicas de corte treinados por meio de repetição e um foco em habilidades de combate.

O que Leonardo propõe para esse curso é só vender gato por lebre e nada mais.

2 – Aula de defesa pessoal na água.

Mestra 2°Grau????

De tantos absurdos que já vi até agora, uma aula de defesa pessoal na água é o que de mais insólito o conhecimento Pakua hermano pode oferecer... não só a proposta soa bastante questionável e ineficaz por diversos motivos, como também envolve alguns riscos a serem mencionados aqui.

Primeiramente, a água é um ambiente altamente desafiador e imprevisível, que requereria muita habilidade sobre-humana para se movimentar e se defender efetivamente. Muitas das técnicas de autodefesa que são eficazes em terra firme podem não funcionar da mesma forma n’água, devido à densidade da água e às limitações de movimento que ela impõe pela inercia.

Ora, experimente dar socos e chutes dentro da água e você logo perceberá que seus movimentos são desacelerados devido à resistência causada pela inércia do líquido. Só por aí já percebe como esse curso é inútil e sem sentido.

Além disso, a água pode apresentar uma série de perigos à segurança do indivíduo, como correntes fortes, baixa visibilidade, animais aquáticos perigosos (piranhas, tubarões, arraias, aguas-vivas, candiru caso esteja no Amazonas) e outras ameaças ambientais. Tentar se defender debaixo d'água pode, portanto, expor o indivíduo a riscos adicionais, especialmente se ele não estiver adequadamente preparado, o que não se pode esperar de um praticante de Pakua Hermano que se já é enganado pagando seis meses de intensivo, pior ainda quando é um praticante regular que recebe treinamento defasado e amador durante anos.

Por fim, é importante lembrar que a autodefesa é uma habilidade complexa e que envolve muito mais do que apenas técnicas físicas. É preciso considerar fatores como a conscientização situacional, o gerenciamento de conflitos e a capacidade de evitar situações de perigo em primeiro lugar. Esses aspectos podem ser ainda muito mais desafiadores em um ambiente aquático.

Em resumo, a proposta de um curso de autodefesa debaixo d'água além de inútil é potencialmente perigosa, pondo em risco a vida de quem se propõe a treinar com pessoas sem qualificação como temos exposto até agora.

3 – Aula especial de técnicas contra oponentes maiores e mais fortes.

Essa "aula de técnicas contra oponentes maiores e mais fortes" é, de maneira ampla, ineficaz e enganosa! A ideia de que alguém pode se proteger de um agressor simplesmente aprendendo algumas técnicas de combate é um mito. Na realidade, a capacidade de se defender depende de uma série de fatores, incluindo força física, habilidades de luta, experiência, tempo de reação e até mesmo condição mental.

Além disso, a altura e a força física não são os únicos fatores que determinam o sucesso em uma luta. Técnicas de luta e estratégias de defesa pessoal são igualmente importantes. Na verdade, uma pessoa menor e menos forte pode facilmente superar um oponente maior e mais forte com a técnica e estratégia corretas. Em vez de se concentrar em uma aula que promete ensinar a lutar contra pessoas maiores e mais fortes, é importante que as pessoas desenvolvam habilidades de defesa pessoal que sejam aplicáveis em uma ampla gama de situações treinando em escolas honestas. Isso inclui aprender a evitar situações perigosas, aumentar a consciência situacional, e desenvolver técnicas de defesa que não dependem de força física ou tamanho.

Portanto, uma "aula especial de técnicas contra oponentes maiores e mais fortes" pode ser perda de tempo e dinheiro, enquanto habilidades de defesa pessoal mais amplas e práticas podem ser mais úteis em situações de vida real.

4 – Aulas de autodefesa feminina.

Uma escola que se utiliza de marketing enganoso para obter lucro é condenável em diversos aspectos. Ao utilizar o feminismo ativo na internet como uma oportunidade para vender uma aula especial para mulheres, com a proposta de autodefesa, essa escola se aproveita de uma causa nobre e importante para fins puramente comerciais (o mesmo vai para causas LGBT+).

Um exemplo dessa prática pode ser visto no caso da pakuana Priscila, que admitiu abertamente ter pago por um curso intensivo para obter sua faixa preta em apenas dois finais de semana. Ao assistir a seu curso, percebe-se que ele é composto basicamente por cópias mal feitas de técnicas de Krav Maga e algumas imobilizações retiradas de vídeos de jiu-jitsu, sem qualquer relação com o tão falado conhecimento chinês transmitido oralmente por milênios.

Além disso, em outra matéria para o portal G-1, salta os olhos ao confessar quando um ladrão invadiu suas instalações e todos foram assaltados sem nenhuma reação. Isso contradiz a alegação da escola de que seus alunos são capazes de se defenderem por meio do ensino que recebem em contraste a famosa frase de Priscila de que ela “ensina aprendendo”.

Em resumo, o Pakua Hermano utiliza-se de causas sociais como o feminismo e o movimento de autodefesa como uma ferramenta de marketing para vender cursos e serviços que não cumpre suas promessas. Essa prática é prejudicial para as mulheres e para a credibilidade do ensino de autodefesa a qualquer individuo. 


7.9 – Gafes e atestado de ignorância.


Stepham Martins dizendo que o Baguazhang não existe.
    A Liga Internacional de Pa-Kua se apresenta como um grupo de praticantes de artes marciais chinesas e disseminadores da sabedoria oriental. No entanto, na prática, eles acabam se tornando uma mistura absurda de orientalismos e apropriações culturais. Eles frequentemente ignoram ou deturpam os verdadeiros significados simbólicos da cultura que dizem promover.

    Um exemplo claro disso é a saudação Kin Lai ao contrário. Essa é uma forma de cumprimento inventada que demonstra falta de conhecimento e respeito pela cultura chinesa. A saudação Kin Lai é usada em algumas artes marciais chinesas, como o Kung Fu e o Tai Chi, e tem o significado de "venha e saúde". É uma forma formal de cumprimento usada para mostrar respeito e gratidão aos mestres e colegas praticantes.

Fernando Sandri "ensinando" o monge a fazer Lin Kai correto.

    Na saudação Kin Lai, o praticante junta as mãos na frente do peito, com as palmas voltadas para baixo e os dedos apontados para o peito, curvando-se levemente em sinal de respeito. Em seguida, o praticante estende as mãos para a frente, em direção ao outro praticante, e diz "Kin Lai", significando "venha e saude". Essa saudação tem o objetivo de mostrar respeito e gratidão aos colegas e mestres, bem como de estabelecer um ambiente de cooperação e camaradagem dentro da prática das artes marciais chinesas.

   Porém, a Liga Internacional de Pa-Kua não utiliza essa saudação de forma correta. Eles a reverenciam totalmente ao contrário, como fez o vice-líder Fernando Martin Sandri diante de um monge chinês em uma viagem turística. Essa atitude demonstra total falta de conhecimento e respeito pela cultura chinesa.

Flagrante de um absurdo pseudo-histórico:
Alteraram os séculos para parecer anos.
E ainda meteram burguesia e nobreza na mesma época.

    Além disso, os pakuanos cometem outras gafes, como vestir o kimono ao contrário e chamá-lo de Hanfu. Por anos, os críticos do Pakua Hermano questionavam por que eles usavam um kimono, já que se tratava de uma vestimenta japonesa. Então, os pakuanos começaram a usar a desculpa de que adotavam o Hanfu, um traje tradicional chinês, como uniforme. No entanto, o Hanfu não tem nada a ver com o kimono. Na verdade, o uniforme da Liga Internacional de Pa-Kua é baseado no Dobok de Hapkido, vestimenta comum em que se usa calça preta e casaco branco. Mas, os pakuanos vestem o uniforme de forma errada, colocando o lado esquerdo do casaco pela frente, o que equivale a vestir um defunto.

Se dizem entendidos de cultura oriental mas não sabem se vestir corretamente.

    Diante dessas bizarrices, a Liga Internacional de Pa-Kua deveria se preocupar menos em explorar e tirar vantagem das pessoas, e mais em respeitar e valorizar a cultura que pretendem representar. Em vez disso, eles se tornam irônicos ao se referirem a escolas de conhecimentos orientais, demonstrando total falta de conhecimento e respeito pela cultura que dizem representar.

8 – ATOS ILEGAIS E IMPUNIDADE.

    Praticar arte marcial charlatã que usa símbolos orientais para persuadir a vítima e também cursos irregulares sem qualificação, curandeirismo (acupuntura, massagem, reiki, tudo sem experiência mesmo sendo pseudociência) pode configurar uma série de infrações, tanto do ponto de vista do código penal quanto do código do consumidor.

    No âmbito do código penal, a prática dessas atividades pode configurar crimes como estelionato (artigo 171 do Código Penal), exercício ilegal da profissão (artigo 47 da Lei das Contravenções Penais), falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal) e outros. Além disso, em caso de lesão corporal ou morte decorrente do exercício dessas atividades, os responsáveis podem responder por crimes de natureza mais grave.

    No âmbito do código do consumidor, a prática dessas atividades pode configurar infrações como publicidade enganosa, venda de produtos ou serviços com informações falsas ou insuficientes, prática abusiva, entre outras. Essas infrações estão previstas no Código de Defesa do Consumidor e podem resultar em sanções administrativas, como multas e suspensão das atividades, além de processos judiciais movidos pelos consumidores lesados.

    Em resumo, a prática de arte marcial charlatã, cursos irregulares e curandeirismo pode ser enquadrada tanto no código penal quanto no código do consumidor, dependendo do caso. É importante que as autoridades competentes atuem para coibir essas práticas, a fim de proteger a saúde e a segurança dos consumidores e evitar que sejam enganados por atividades fraudulentas.

8.1 – O marketing da enganação.

    Em resumo, o Pakua Hermano é um finjutsu que tem sido amplamente criticada por ser uma fraude e por difamar o nome do Baguazhang e a cultura chinesa. No entanto, recentes descobertas apontam para outras irregularidades ainda mais graves, incluindo violações de marcas e direitos autorais, bem como suspeitas de estelionato e peculato. É importante que os praticantes de artes marciais e o público em geral estejam cientes dessas irregularidades antes de se envolverem com a Pakua Hermano.

8.2 – Uso indevido de marcas e direitos autorais.

    Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum vermos violações de marcas e direitos autorais na internet. No Brasil e em Portugal, as leis de direitos autorais são semelhantes e têm como objetivo proteger a propriedade intelectual de seus criadores.

A Disney se o ver dá processo...

    No caso dos membros do Pakua Hermano, ao utilizarem propagandas enganosas e associarem suas aulas a programas televisivos ou personagens de desenhos japoneses sem autorização, eles estão infringindo as leis de direitos autorais e, portanto, estão sujeitos a penalizações.

    No Brasil, as penalizações para violações de direitos autorais variam de acordo com a gravidade do caso, podendo incluir multas, apreensão dos produtos pirateados e até mesmo prisão em casos extremos. Além disso, o Código Civil brasileiro prevê a possibilidade de indenização por danos morais e materiais.

    Em Portugal, a lei de direitos autorais é similar à brasileira, e também prevê multas e indenizações em caso de violações. O Código do Consumidor português ainda garante ao consumidor o direito de ser informado sobre o produto que está adquirindo, incluindo sua origem e autenticidade.

    É importante ressaltar que, além das consequências legais, a violação de marcas e direitos autorais pode causar danos irreparáveis aos criadores originais, que investiram tempo, dinheiro e criatividade em suas obras. Em resumo, as leis de direitos autorais no Brasil e em Portugal têm como objetivo proteger a propriedade intelectual e garantir a autenticidade e originalidade dos produtos disponibilizados ao consumidor. Aqueles que violam essas leis estão sujeitos a penalizações e multas, além de prejudicarem os criadores originais e a integridade do mercado.

Propaganda abusiva pakuana.

8.3 – Aluna vitima de seus Mespones da Farsa Preta.

    Esta é a história de uma aluna de artes marciais que foi vítima de um mestre fraudulento. O mestre enganou a aluna, dizendo que ela poderia evoluir rapidamente se fizesse um curso intensivo e, assim, poderia assumir a propriedade de uma academia que o mestre queria vender. A aluna confiou no mestre e comprou a academia, mas acabou sendo forçada a fazer reformas que não eram necessárias e, posteriormente, foi obrigada a desfazê-las a mando do proprietário do imóvel.

    Enquanto isso, o mestre fraudulento retornou para os EUA sem dar a devida assistência à aluna, deixando-a praticamente falida financeiramente. Desesperada, a aluna vendeu a academia por um preço abaixo do que pagou. Para piorar a situação, descobriu-se que a escola não reconhecia a aluna como proprietária da academia.

    Os pais da aluna também sofreram com a situação e tiveram problemas emocionais, incluindo depressão. Eles tiveram que se mudar para o subúrbio, onde as condições de vida eram muito mais difíceis do que antes. Em resumo, a aluna foi vítima de uma fraude cruel e injusta, que deixou marcas profundas em sua vida e na de sua família.

8.4 – Licitação irregular.

    A Associação Brasileira de Pa-Kua presidida pelo argentino Fernando Martin Sandri, abriu uma licitação pedindo R$3.100,00 (Três Mil e Cem Reais) para o fornecimento de material para a realização de exame de faixas através de uma oficina oferecida pelo CRÁS do município de Ibiam – SC; um município com média populacional de 1.971 habitantes.

    Nesta licitação – que pode ser conferido através do site “Jusbrasil”; que a ABPK presidida por Fernando Sandri, apresenta a matricula do CNPJ: 140169020001-20. Porém este numero está em nome da empresa de maquinas pesadas chamada “Vielmaquinas Comércio e Serviços LTDA” (http://www.vielmaquinas.com.br). A matricula correta da ABPK presidida por Fernando Sandri é: 00.495.988/0001-07.

    Algo está muito errado, tão errado que a licitação encontrada no site do Jusbrasil, não está no Portal de Transparência de Ibiam, portanto, quem quiser procurá-la, desejo boa sorte.

    As irregularidades mencionadas levantam sérias preocupações sobre a transparência e a integridade da licitação realizada pela Associação Brasileira de Pa-Kua presidida por Fernando Sandri e a sua capacidade para fornecer o serviço proposto. O valor de R$3.100,00 para a compra de faixas em um exame de graduação é significativamente alto, especialmente para uma cidade com média populacional tão baixa. Além disso, a apresentação de um CNPJ incorreto e o uso de um CNPJ de outra empresa na licitação são violações graves da lei de licitações públicas dando fortes indícios de um comportamento fraudulento.


    A falta de informações sobre a licitação no Portal de Transparência de Ibiam é outra preocupação, já que a transparência é fundamental para garantir a integridade e a eficácia do processo de licitação. Em geral, é importante que as licitações sejam realizadas de maneira transparente e justa, com o objetivo de obter o melhor valor pelo dinheiro dos contribuintes e garantir a qualidade dos serviços oferecidos. As irregularidades mencionadas nesta situação levantam dúvidas significativas sobre a integridade do processo de licitação em questão; conforme apontadas nesta licitação, diversas leis brasileiras foram violadas, incluindo:

  1. Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93): pode ter ocorrido fraude na licitação, seja na escolha da empresa vencedora ou no valor dos produtos e serviços licitados.
  2. Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/40): pode haver crimes de fraude e corrupção, como estelionato, falsidade ideológica, corrupção ativa e/ou passiva, entre outros.
  3. Código Civil (Lei nº 10.406/02): pode ter havido dano moral ou material aos participantes do exame de faixas, caso o valor cobrado pela ABPK presidida por Fernando Sandri tenha sido abusivo ou caso o material fornecido não tenha sido de qualidade.
  4. Código Penal Brasileiro: as condutas descritas podem violar diversos dispositivos do Código Penal, como por exemplo:
    • Estelionato (artigo 171): se for comprovado que a ABPK presidida por Fernando Sandri utilizou informações falsas ou enganosas para obter vantagem econômica indevida, poderá ser caracterizado crime de estelionato, que prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos e multa.
    • Falsidade ideológica (artigo 299): uma vez comprovado que a ABPK presidida por Fernando Sandri falsificou documentos ou informações para participar da licitação, poderá ser caracterizado o crime de falsidade ideológica, que prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos e multa.
    • Peculato (artigo 312): se for comprovado que algum agente público favoreceu a ABPK presidida por Fernando Sandri na licitação em troca de vantagem indevida, poderá ser caracterizado o crime de peculato, que prevê pena de reclusão de 2 a 12 anos e multa.

As irregularidades apontadas sugerem a ocorrência de práticas ilegais, que violam as normas legais e éticas que regem as licitações públicas e a administração pública em geral. Dentre as leis violadas, podem ser mencionadas:

Distancia entre Florianópolis, Ibiam  e Chapecó.

    Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), que estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos na administração pública;

    • Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), que define os atos de improbidade administrativa e suas penalidades;
    • Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/40), que estabelece as normas gerais sobre os crimes e suas penalidades.

Dentre as penalidades previstas, podem ser mencionadas:

    • Devolução dos valores pagos indevidamente;
    • Multa administrativa para os envolvidos;
    • Cassação de direitos políticos;
    • Proibição de contratar com o poder público;
    • Ação de improbidade administrativa;
    • Processo criminal para os envolvidos.

    As penalidades previstas para cada uma das leis citadas acima variam de acordo com a gravidade da violação e as circunstâncias do caso. Em alguns casos, pode haver pena de reclusão (prisão) ou detenção, além de multas e outras sanções. É importante ressaltar que apenas uma investigação oficial e um julgamento poderão determinar as penalidades a serem aplicadas.

    Quanto a ABPK presidida por Fernando Sandri uma vez provado se tratar de uma escola de finjutsu, a associação pode estar sujeita a sanções civis e penais por propaganda enganosa e fraude contra os alunos e a sociedade em geral. Além disso, é possível que a ABPK presidida por Fernando Sandri perca o CNPJ, caso seja comprovado que não segue os critérios estabelecidos pela legislação brasileira.

    O link para conferir a licitação está no site da JusBrasil.

8.5 – Cursos irregulares para forças policiais e de segurança.

    Uma escola charlatã de artes marciais que vende cursos para forças de segurança, prometendo auto defesa contra armas brancas e de fogo, pode estar cometendo diversas infrações e crimes, tanto do ponto de vista do direito penal quanto do direito administrativo.

Pakuano uruguaio morreu a facadas ao
defender seu mercadinho conforme relatos.

    As autoridades máximas que devem investigar essa prática são a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público. Essas autoridades têm competência para apurar a existência de infrações penais, como estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e outros crimes relacionados ao exercício de atividades ilícitas. Além disso, o Procon também pode ser acionado para investigar possíveis práticas abusivas contra os consumidores.
O pakuano do vídeo foi denunciado a Secretaria
de segurança do estado do Paraná e 
uma sindicância foi aberta.

    As penalidades para quem exerce esse tipo de atividade irregular podem incluir ações civis e criminais, além de sanções administrativas. No âmbito civil, a escola pode ser processada por danos morais e materiais, bem como obrigada a indenizar os consumidores que foram lesados. No âmbito penal, os responsáveis podem ser condenados a pena de prisão e/ou multa, dependendo da gravidade das infrações cometidas. Já as sanções administrativas podem incluir multas, interdição das atividades ou cassação do registro ou licença para atuar nesse mercado.

    Em resumo, a venda de cursos para forças de segurança prometendo auto defesa contra armas brancas e de fogo por uma escola charlatã de artes marciais pode configurar diversas infrações e crimes, e deve ser investigada pelas autoridades competentes para coibir essa prática e proteger os consumidores.

Ele deu curso para a Policia de Canoinhas.

8.6 – Invasão em instituição de ensino.

    É alarmante quando um grupo como o Pakua Hermano consegue se infiltrar em instituições de ensino, como escolas públicas, universidades, secretarias de educação e até mesmo centros culturais, como o Instituto Confúcio, que tem como objetivo promover a cultura chinesa. Em vez de respeitar e valorizar essa cultura, o Pakua Hermano impõe sua própria visão, baseada em estereótipos e falsas afirmações de um suposto "conhecimento milenar chinês". É preocupante que nenhuma autoridade competente tenha percebido o charlatanismo envolvido nesses avanços.

    É importante agir para evitar que essa prática se espalhe ainda mais.

8.7 – “Instituição de utilidade pública”.

    As Organizações Não Governamentais, ou ONGs, são entidades que têm como objetivo trabalhar em prol de uma causa social, sem fins lucrativos. Elas são reguladas por leis específicas em cada país e podem receber reconhecimento do governo como "utilidade pública", o que lhes confere alguns benefícios, como a possibilidade de usar espaços públicos sem custo.

Postagem de Fernando Sandri.

    Na Argentina, especificamente em Buenos Aires a Liga Internacional de Pa-Kua foi reconhecida por vereadores como "utilidade pública" e obteve status de ONG, o que lhe permite utilizar ginásios públicos sem custo. No Brasil, o Pa-Kua Hermano também obteve o mesmo reconhecimento de um vereador de Florianópolis – SC, mas é importante destacar que se trata de uma entidade privada, o que pode gerar questionamentos e dúvidas sobre a legalidade desse reconhecimento.

    Não é possível afirmar com certeza o motivo pelo qual o Pa-Kua Hermano obteve o reconhecimento de "utilidade pública" no Brasil, nem se houve alguma irregularidade envolvida nesse processo. É importante lembrar que cada país tem suas próprias leis e critérios para o reconhecimento de ONGs como "utilidade pública".

    O fato é que o reconhecimento como "utilidade pública" confere às ONGs alguns benefícios, mas também exige que elas cumpram uma série de obrigações, como transparência na gestão financeira e prestação de contas regulares aos órgãos públicos competentes. As ONGs também estão sujeitas a fiscalização e podem ter seu status de "utilidade pública" revogado caso sejam identificadas irregularidades ou descumprimento das obrigações estabelecidas por lei. 

8.8 – Métodos de Coerção, Lavagem Cerebral e Comportamento de Seita na Liga Internacional de Pa-Kua Hermano.

É uma coisa reconhecer as técnicas disfuncionais empregadas pela Liga Internacional de Pa-Kua, como a ausência de um currículo padronizado, a relativização da cultura chinesa, a apropriação cultural e a explícita romantização e orientalismo que claramente evidenciam a fraude. No entanto, membros que permanecem fiéis à Liga Internacional de Pa-Kua Hermano exibem comportamentos que indicam que foram atraídos por um discurso simplista e manipulador. É evidente que, mesmo quando alertados sobre o engodo, eles continuam a manter sua lealdade ou demonstram receio de deixar o Pa-Kua Hermano, muitas vezes sob a ameaça de exclusão social, intimidações ou coerção do grupo.

Aqui estão 10 elementos que descrevem o comportamento de seita dentro da Liga Internacional de Pa-Kua e por que as pessoas pressionadas a permanecer podem hesitar quando não mais obedecem aos manipuladores:

1. Misticismo Oriental: A Liga Internacional de Pa-Kua Hermano, como muitas organizações que se apropriam de práticas orientais, cria uma aura de misticismo em torno de suas atividades. Isso inclui alegações de acesso a conhecimentos profundos e segredos antigos das artes marciais, gerando a ilusão de que a organização oferece acesso a uma sabedoria exclusiva.

2. Narrativas Emocionais: A organização muitas vezes promove narrativas emocionais e inspiradoras sobre a transformação de indivíduos comuns em mestres altamente habilidosos. Essas histórias atraem pessoas que buscam significado e propósito em suas vidas.

3. Líder Carismático: Um líder carismático desempenha um papel crucial na manipulação dos seguidores. Eles se apresentam como detentores de conhecimentos especiais, dotados de carisma e habilidades excepcionais. Essa figura de liderança inspira uma lealdade cega.

4. Cerimônias e Rituais: A realização de cerimônias e rituais, frequentemente com elementos exóticos, cria um senso de pertencimento e significado para os seguidores. Isso é usado para reforçar a crença na autenticidade da organização.

5. Isolamento Social: Alguns grupos manipulativos tentam isolar os seguidores de suas redes de apoio externas, como amigos e familiares. Isso dificulta a capacidade das pessoas de questionar as práticas da organização e as torna mais dependentes do grupo.

6. Pressão Financeira: A imposição de contribuições financeiras significativas, como cursos de treinamento especiais semanais e remunerados, cria um comprometimento financeiro que torna os seguidores menos propensos a abandonar o grupo.

7. Reforço Positivo: Seguidores que demonstram devoção e lealdade recebem recompensas, elogios e posições de destaque dentro da organização, incentivando a conformidade.

8. Técnicas de Lavagem Cerebral: Alguns grupos usam técnicas de lavagem cerebral, incluindo manipulação psicológica, controle de informações e doutrinação constante, para reforçar crenças e comportamentos desejados.

9. Desencorajamento de Críticas: Críticas ou questionamentos são frequentemente desencorajados, às vezes com a ameaça de punições ou exclusão do grupo.

 10. Identidade de Grupo Forte: A criação de uma identidade de grupo forte faz com que as pessoas se identifiquem mais com o grupo do que com suas próprias crenças e valores, tornando-as mais suscetíveis à manipulação.

É essencial reconhecer esses sinais de alerta e táticas manipuladoras ao avaliar organizações que oferecem ensinamentos ou práticas, especialmente quando elas adotam uma abordagem romântica e secretista. Realizar uma pesquisa minuciosa, buscar opiniões independentes e manter conexões com amigos e familiares são medidas que podem ajudar a evitar a manipulação por esses grupos. O ditado "o golpe tá aí, cai quem quer" nunca foi tão relevante.

8.9 – Uso de bots para gerar avaliações positivas falsas.


A Liga Internacional de Pakua Hermano recorre a métodos artificiais para avaliar suas escolas no Google, utilizando bots. Embora não seja o caso em todas as situações, nas escolas principais, você encontrará predominantemente comentários de cinco estrelas, repletos de elogios superficiais que enaltecem a escola e os instrutores. Este método fraudulento é deliberado, destinado a enganar pessoas desavisadas e a promover a imagem de uma excelente escola de artes marciais. 
No entanto, ao fazer uma crítica e atribuir uma avaliação de uma estrela, ao longo do tempo, novos comentários artificiais vão surgindo, elevando a classificação para cinco estrelas e tecendo elogios genéricos.

O que Pakua Hermano faz é nada mais do que propaganda enganosa, e também constitui crime de falsidade ideológica.

Avaliações de uma filial do Pakua hermano
que praticamente ficava de portas fechadas.


9 – O QUE FAZEM OS PAKUANOS EM SUA DEFESA?

    Defender um "conhecimento oriental" que não existe é uma tarefa difícil para os Pakuanos, que muitas vezes negam tudo, desconversam e tentam comprovar suas teorias utilizando artigos e citações fora de contexto. Eles chegam a violar regras do Wikipédia, inserindo propaganda da Liga Internacional do Pa-Kua até serem penalizados e seus artigos serem excluídos por falta de fontes confiáveis.

    Apesar das inconsistências em suas argumentações, os Pakuanos insistem que possuem "provas muito bem documentadas", como o CNPJ da Associação Brasileira de Pakua e seu estatuto, que basicamente designa Fernando Sandri como líder supremo, sem a existência de diretoria, eleição para presidente e vice-presidente, conselhos ou departamento jurídico.

    Contudo, há dúvidas quanto à legalidade desses documentos, já que o estatuto original, datado de 2005 e em formato de arquivo Word, não foi registrado em cartório. Na tentativa de encontrar a versão oficial, um endereço em Florianópolis foi buscado, mas o estatuto encontrado em cartório é de 2009 e apresentado como "atualização" (de um estatuto não registrado, pasmem...), contendo diferenças significativas em relação à versão de 2005.

    Além disso, quando confrontados por críticas, os Pakuanos recorrem a perseguições, intimidações, ameaças, censura e, principalmente, a processos jurídicos representados por alunos a mando de seus  mestres, numa trama bem esclarecedora de assédio judicial. Tais práticas são perturbadoras e coloca a legitimidade da Liga Internacional do Pa-Kua em um nível bem negativo.

9.1 – Blogs, artigos e confusão no Wikipédia. 

    Os pakuanos precisam de fontes verificáveis para sustentar uma mentira. Quando tais fontes não existem, eles as fabricam. Quando questionados por internautas sobre um "conhecimento chinês" cheio de incongruências e deturpações, alguns pakuanos escrevem artigos tendenciosos para explicar o que alegam existir. Um dos maiores responsáveis por estes artigos é o auto proclamado "Mestre" Sérgio Murilo de Souza, que já foi desmascarado em um artigo anterior deste blog[Link 12].

    Todos os textos escritos por Sérgio são pretensiosos, falaciosos, obtusos, tendenciosos e, o que é pior, sem fontes fidedignas. Ele costura trechos selecionados de livros, vídeos e sites da internet para sustentar sua narrativa fantasiosa, criando um "artigo Frankenstein". O primeiro exemplo é o artigo "O conhecimento Pa-Kua e suas vertentes", no qual o autor afirma que o "conhecimento Pa-Kua" teria surgido muito antes do Baguazhang do fundador Dong Hai Chuan e tenta desassociar seu estilo do estilo deles, embora existam vídeos online de pakuanos imitando rotinas do Baguazhang.

   Vale ressaltar que todos os comentários foram moderados com o intuito de impedir críticas. Além disso, o autor do artigo utilizou a técnica conhecida como "cherry picking" ao selecionar trechos de livros fora de contexto para sustentar sua narrativa obtusa. Essa falácia argumentativa é bastante desonesta, especialmente quando se trata de manter uma pseudo-arte marcial em evidência.

    Outro artigo do mesmo autor aborda o uso de espadas no Pakua Hermano[Link 11]. Novamente, o autor utiliza explicações superficiais e seletivas para provar apenas a sua visão, tendo como fonte vídeos do YouTube e sites de compra e venda.

No Wikipedia, o usuário identificado como "Sergiopakua" (Sérgio Murilo) cometeu vandalismo no artigo sobre Bagua[1], inserindo informações falsas como propaganda velada para a Liga Internacional de Pa-Kua. Ele citou o "conhecimento Pa-Kua", Rogelio Magliacano, I-Chang Ming e realizou um claro revisionismo histórico sobre a China e Mao Tse Tung[1].

    Quando o autor do artigo descobriu os textos incongruentes, os removeu e acusou o Pakuano de cometer "vandalismo" na Wikipédia. No entanto, o usuário insistiu em vandalizar o mesmo artigo mais de uma vez, até ser duramente advertido pelos moderadores[Link 12].

Fusão com o artigo Pa Kua

Verificando o pedido de fusão dos artigos Ba Gua e Pa Kua, verifiquei que a página de redirecionamento que criei sem estar identificado fora indevidamente transformada em um artigo distinto sobre o mesmo tema.

O artigo Pa Kua não estava wikificado e estava parcialmente escrito em linguagem mais adequada a uma revista...

Fundi as informações pertinentes nos artigos Ba GuaTrigrama, e nos artigos específicos sobre cada trigrama. Descartei alguns pedaços confusos, em especial o trecho seguinte, pelos motivos indicados após o mesmo:

"Talvez este seja um dos fatos dele ter sobrevivido à ditadura de Mao Tsé-Tung que iniciou no ano de 1949. Ele mandou queimar qualquer coisa que tivesse ligação com a filosofia e a espiritualidade da antiga China. Tal ditadura durou até o ano 1980 quando os governantes aceitaram os ensinamentos de Confúcio incluindo o I Ching. Foi nessa época da ditadura que o Mestre I Chang Ming foi exilado na Coréia, aonde mais tarde veio a conhecer o Mestre Rogelio Giordano e após um tempo passou-lhe o conhecimento. Atualmente o Mestre Giordano é o presidente da Liga Internacional de Pa-Kua”

1. Este trecho sobre Mao é simplista e mal redigido, a informação pode ser pertinente, mas não no meio deste artigo. A referência a este período complexo e polêmico da história da China precisa de mais espaço para ser desenvolvida, como nos artigos específicos sobre a história da China.

2. A referência aos Mestres I Chang Ming e Rogelio Giordano, da forma que foram inseridas, se configuram como propaganda. Visitando o link do site sobre Baguazhang indicado praticamente não se encontra informações pertinentes ao artigo.

3. O site indicado traz informações incorretas, indicando que haveria apenas um mestre autorizado a divulgar esta arte no mundo (literalmente: O "Único Mestre Depositário do Conhecimento Pa-Kua a nível Mundial"). Existem atualmente diversas linhagens tradicionais de Baguazhang, representadas por diversos mestres, como pode ser facilmente verificado em qualquer busca com o Google --TarcísioTS

    O site com informações incorretas em questão é o site da Liga Internacional de Pa-Kua.

    É importante destacar que a Wikipedia exige que todos os artigos tenham fontes e referências verificáveis para não terem suas citações removidas ou, em casos extremos, serem excluídos por meio de votação dos moderadores[Link 8]. O usuário "Sergiopakua" queria visibilidade para promover o Pakua Hermano e, ao ter suas ações de vandalismo descobertas, criou um artigo sobre a Liga Internacional de Pa-Kua usando os próprios sites da Liga como fonte.

    O usuário "Sergiopakua" buscava visibilidade para promover o Pakua Hermano, mas ao ter suas ações de vandalismo descobertas, resolveu criar um artigo sobre a Liga Internacional de Pa-Kua utilizando como fonte os próprios sites da Liga. No entanto, essa atitude violou as políticas da Wikipédia. Como resultado, o artigo foi deletado por votação e o usuário "Sergiopakua" foi banido da plataforma por ser reincidente em diversas violações.[Link 8].

    Esse é um caso lamentável e preocupante, onde uma pessoa tentou difundir uma arte marcial falsa através de meios fraudulentos, como criar um artigo no Wikipédia baseado em informações infundadas e sem fontes confiáveis. Sem contar os diversos casos de vandalismo em artigos referentes aos temas Bagua, I Ching e até mesmo o Baguazhang. A expulsão do Mestre Sérgio Murilo de Souza por votação foi uma decisão justa e necessária para impedir que ele continue a propagar informações falsas e enganar o público leigo. O fato de ele ter antecedentes de vandalismo em artigos semelhantes só reforça a importância de se ter políticas rigorosas de controle de qualidade em plataformas online como o Wikipédia.

    E o mais lamentável de tudo foi o Sérgio tentar culpar comparando outro autor por seus próprios erros, em vez de assumir a responsabilidade por suas ações. Essa atitude só agrava a situação e mostra falta de integridade e honestidade vindo dessa pessoa com reputação atrelada ao Finjutsu.

    Mas não se enganem, Sérgio continua publicando artigos fraudulentos na internet para validar o Pakua Hermano.

9.2 – Negação, silencio e dissonância cognitiva.

    Quando se trata de cultura oriental e artes marciais, é evidente que os pakuanos cometem vários erros. O uniforme usado pelos praticantes do Pakua Hermano, por exemplo, é vestido de forma como se vestem pessoas mortas, o que demonstra falta de respeito e compreensão cultural. Além disso, muitos faixas pretas recebem graduações extremamente altas em um curto período de tempo, e a cultura chinesa é frequentemente retratada de forma estereotipada, deturpada, apropriada culturalmente e revisada. Infelizmente, o Pakua Hermano é conhecido por suas propagandas enganosas e abusivas, que podem levar pessoas incautas a cometer erros. Além disso, há suspeitas em relação à qualidade do ensino oferecido, uma vez que muitas pessoas se graduam rapidamente através de cursos intensivos, orientação e ensino. As técnicas utilizadas pelos praticantes do Pakua Hermano são frequentemente inadequadas, fracas e muitas vezes copiadas da internet.

    Diante de tantas deturpações, mentiras e manipulações, é compreensível que alguns fiquem calados ou defendam o Pakua Hermano a todo custo, inclusive por meio de um perfil falso. No entanto, também há aqueles que são tão alienados pelo tal conhecimento Pakua que defendem seus achismos com convicção, ignorando as evidências em contrário.

Ex:

- Pakua é um conhecimento antigo. Logo, "sabre" significa “lâmina curvada”.

Quem te falou isso? Qual a fonte desta informação?

- É o que o conhecimento de Pa-Kua diz.

    O "Efeito Dunning-Kruger" é um fenômeno psicológico em que indivíduos com baixa habilidade ou conhecimento em determinada área superestimam suas capacidades, enquanto indivíduos mais habilidosos ou conhecedores subestimam as suas.

    É através desse efeito que os pakuanos se enxergam como autoridades no assunto, mesmo quando suas informações são falsas ou deturpadas. Por exemplo, a história do sabre postada por pakuanos é falsa, mas ele acredita que é verdadeira. Desmentir a verborragia pakuana muitas vezes não é suficiente para fazer com que eles percebam o erro, pois eles se apegam a acreditar que existe algum conhecimento milenar oriental nesta seita.

    Em casos mais extremos, os pakuanos recorrem ao negacionismo, atacando o informante em vez de considerar a informação apresentada. Um exemplo disso pode ser observado neste blog (vídeos e Facebook), onde os pakuanos acusam que só "falamos mal do Pa-Kua", mas admitem que nunca leram, assistiram ou viram o conteúdo, e mesmo assim afirmam categoricamente que o conteúdo é mentiroso. Eles também acusam que os vídeos mostrando suas técnicas ruins foram editados para selecionar apenas as técnicas ruins e não as verdadeiras.

    A situação é tão absurda que só podemos rir para não chorar... Infelizmente, isso tem uma explicação. De acordo com ex-praticantes, os Mespones pakuanos ameaçam seus alunos de expulsão e até mesmo de processo, caso eles acessem nossas páginas.

9.3 – Ameaças veladas, tentativas de censura e intimidações.

    O principal incômodo dos Pakuanos em relação ao INAM é a perda de alunos quando estes acessam nossas páginas e descobrem as informações que eles tanto escondem. Como não conseguem sustentar todo o discurso sobre um conhecimento milenar chinês, apelam para táticas covardes de intimidação, ameaças veladas, chantagem e jogo sujo.

    Infelizmente, essas táticas covardes incluem a obtenção de dados privados de internet e IPs de acesso em redes sociais, além da contratação de um advogado para fazer ameaças por telefone usando esses dados. Eles também enviam alunos para tentar intimidar pessoalmente, cometem doxing para que outros Pakuanos em todo o Brasil ataquem a pessoa em questão e tentam derrubar as páginas do INAM.

Postagem do ADM após saber que fui
ameaçado pelo advogado pakuano
no dia seguinte o mesmo ligou
querendo que removesse.
Respondi que não.
    É extremamente ridículo que esses Pakuanos cheguem ao ponto de ameaçar até mesmo parentes por telefone pelo mesmo advogado. Além disso, eles enviam uma aluna Pakuana para puxar conversa amigável, a fim de difamar a pessoa posteriormente, alegando uma falsa "agressão".

    Essas táticas covardes de intimidação e difamação são inaceitáveis por isso são expostas para que o público veja o verdadeiro caráter desses indivíduos.

    Os pakuanos enviaram intimações extrajudiciais para este que vos escreve e envolveram até meus parentes, todos identificados pelo endereço IP, acusando-os e exigindo a remoção das páginas do INAM e do "No Al Pakua" (que pertencia a um argentino) sob ameaça de processo. Te acusam de ser o proprietário até mesmo de páginas argentinas que também denunciam o Pakua Hermano, como se fosse o único responsável por criticá-los.

    Quando todas as outras táticas falham, Fernando Sandri, persegue pessoas próximas para que façam ameaças veladas contra mim. No entanto, é importante lembrar que Fernando Sandri é tão pouco confiável quanto Patricia Lélis (uma figura conhecida por suas falsas acusações). Todas essas ações são tomadas pelos pakuanos para tentar calar quem os questiona, eles atacam o mensageiro porque não têm argumentos sólidos para sustentar suas afirmações e por isso perdem qualquer ação judicial.

    Devido ao sucesso do Blog Grandes Mestres do Finjutsu, os pakuanos se sentiram incomodados e alguns ex-alunos da Liga Internacional de Pa-Kua decidiram compartilhar suas experiências em três publicações distintas. A seguir, você pode conferir os relatos desses ex-alunos sobre suas vivências na Liga.

Colocando o Pa Kua "Hermano" em seu devido lugar. - Relato de um ex-aluno que foi ameaçado por Fernando Sandri por compartilhar um vídeo do INAM.

Os oito pontos negativos sobre o Pa Kua Hermano. - Relato de um ex-faixa vermelha de Pakua Hermano assim que começou a ler a página e entender a situação em que estava. 

Novo golpe milenar pakuano lesa aluna e sua família - Novidade? - Esse é o relato mais triste que já li, foi de um ex-praticante do Rio de Janeiro que viu uma aluna ser vítima de um golpe que a fez perder tudo, foi mencionada aqui no tópico acima.

9.4 – Outros denunciantes.

    Além do INAM, outras pessoas também tentaram expor o Pakua Hermano e enfrentaram rejeição, perseguição e ameaças. Um exemplo disso é a página "No Al Pakua - La Gran Estafa Marcial", que foi traduzida para o português, mas foi derrubada pelos pakuanos logo após sua publicação. Em seguida, uma comunidade do Facebook com o mesmo nome foi criada, mas o perfil do moderador foi hackeado e deletado, deixando a página sem administrador e sem acesso.

Essa página foi derrubada, mas traduzi o conteúdo

    Apesar disso, o criador da página e do canal do YouTube com o mesmo nome persistiu e continuou sua missão de expor o Pakua Hermano. Embora tenha sofrido novas ameaças de morte, ele conseguiu manter a página e o canal ativos por um tempo considerável. No entanto, um erro do administrador em acusar uma pakuana de crimes graves com base em evidências anedóticas resultou em um processo contra ele. Mesmo assim, a página e o canal do YouTube continuam ativos até o momento.

    Foi graças à gentileza do administrador da página que consegui acessar o livro oficial da Liga Internacional de Pa-kua, que utilizei amplamente neste dossiê.

    Recentemente, um canal argentino chamado EL FARAÓN postou um vídeo explicando que o Pakua Hermano e o Baguazhang não eram a mesma coisa. Surpreendentemente, o vídeo foi removido e não se sabe ao certo o que aconteceu.

    Outro indivíduo que sofreu ameaças e linchamento virtual foi o mestre Yann Lara, um praticante de Kung Fu e dublê profissional no México. Ele produziu um vídeo reagindo à Liga Internacional de Pa-kua e apresentando argumentos semelhantes aos que estão neste dossiê. Ele apontou inconsistências e ficou chocado com as tentativas dos pakuanos de usar chineses para validar suas falsidades.


    Uma semana depois, Yann divulgou um novo vídeo em que relatou que os pakuanos tentaram derrubar seu canal, deram strike em seu vídeo e até o ameaçaram de morte. Ele afirmou que não irá remover o vídeo, pois sabe que não fez nada de errado, e ainda debochou dos pakuanos. Meu herói!

    Vale ressaltar que os pakuanos são conhecidos por serem "valentões de teclado", como Mestres quinto grau que vendem cursos de defesa pessoal, mas usam seus próprios alunos como escudos humanos por medo de confrontar o dono do blog. É uma atitude moralmente questionável e pouco digna.

    O antigo fórum de artes marciais Bullshido.net também criou um tópico sobre o Pakua Hermano, respondendo a várias dúvidas, incluindo o certificado de Magliacano. Esse tópico é bastante antigo, postado em 2006, e algumas informações estão desatualizadas.

    Ainda é possível encontrar na internet fóruns antigos, tanto em português quanto em espanhol, discutindo o Pakua Hermano e Giordano em relação ao Hapkido. No antigo Orkut, havia tópicos que debochavam e expunham a Liga Internacional de Pa-Kua ao ridículo, mas infelizmente esses fóruns não estão mais disponíveis.

9.5 – Rede de processos, assédio judicial, censura e difamação.

    Primeiramente, os pakuanos contrataram um advogado especializado em "crimes cibernéticos" para remover as páginas sem confrontar diretamente o autor. Por meio deste processo legal, tanto o Google quanto o Facebook fornecem informações sobre o autor da conta, incluindo uma lista de endereços de IP e registros de acesso. Além disso, eles entregam dados confidenciais de oito contas de provedores de internet, que foram usadas para acessar as contas de mídia social do autor, incluindo conexões feitas em lan houses.

    Depois de identificar o nome do autor, eles tentam localizá-lo nas redes sociais para encontrá-lo pessoalmente e forçá-lo a remover as páginas, usando táticas de intimidação e ameaças veladas como já dito anteriormente. Quando essas táticas falham, o advogado envolvido faz uma ligação anônima, se passando pelo "Jurídico da ABPK", e ameaça o autor com um processo caso não retire as páginas do ar.

    Quando isso também não funciona, o mesmo advogado utiliza os dados confidenciais obtidos das provedoras de internet para fazer ameaças anônimas a um membro da família do autor, intimidando-o a para que convença o autor a remover as páginas por medo. Felizmente, não tenho parente burro e o agressor foi identificado e denunciado a Policia.

    Devido ao prejuízo que o blog continuava causando aos charlatões, a ABPK utilizou os dados sigilosos de oito pessoas identificadas pelo IP para enviar intimações extrajudiciais, acusando-as de serem proprietárias das páginas e ameaçando-as com processos caso não as retirassem em uma semana. Eles também exigiram que fossem removidas, as páginas argentinas “No Al Pakua” que não me pertenciam. A intenção dessas intimações era assustar as pessoas mencionadas e pressionar o autor a remover as páginas. O que não aconteceu mesmo abaixo de brigas e discussões intensas.

    A ABPK, como pessoa jurídica, processou o autor e outras oito pessoas em uma ação civil de pequenas causas, alegando difamação e danos morais, e exigiu a remoção de todas as páginas do INAM. A única prova apresentada foi que "Pa-Kua é um conhecimento milenar oriental", as contas sigilosas e os acessos, a revelação da conta do autor e nada mais do que um CNPJ e um estatuto de 2009. No entanto, eles perderam em primeira e segunda instância por falta de provas. É importante lembrar dessa informação mais para frente, porque vai aparecer canalha tentando distorcer fatos.

    Após a primeira ação ser respondida pelo verdadeiro autor e os demais excluídos, os pakuanos iniciaram um assédio judicial coordenado por Sérgio Murilo de Souza, recebendo semanalmente sete intimações pelo correio, todas com iniciais idênticas à ação da ABPK. As intimações exigiam indenização de mil reais e a remoção das páginas, mas todas foram julgadas improcedentes por falta de provas.

    Durante as audiências, muitos pakuanos compareciam sem advogados, alegando estar "representando o Pakua hermano", sem entender o real motivo de estarem lá. Eles confessavam sem titubear que foram mandados pelo "Mestre Sérgio", o que culminou em um processo movido contra a ABPK por Litigância de má fé (assédio judicial) e danos morais. Os mesmos pakuanos dos processos retornaram como testemunhas de defesa e confessaram novamente que foram mandados pelo Mestre Sérgio, e ainda apresentaram mais detalhes em desfavor do Pakua Hermano.

    Lembrando que quem obteve e fez doxing com os dados sigilosos no processo que obteve contra o Google e o Facebook é o Mestre Sérgio, o mesmo desonesto dos artigos do Wikipédia que foram banidos, e que depois abriu um processo como pessoa física alegando danos morais por ofensas minhas dirigidas a ele. Embora tenha ganhado a ação, também exigiu que todas as páginas fossem removidas, mas o juiz negou o pedido.

    Como já mencionado, a ABPK perdeu a ação em duas instâncias e não conseguiu provar nada, nem mesmo remover as páginas da internet como haviam planejado desde o início. No entanto, pakuanos estão usando esses processos como desculpa para denegrir e descredibilizar as páginas do INAM por meio de perfis falsos. É importante lembrar que o processo movido pelo pakuano foi contra uma pessoa física que provou ter sido ofendida pelo autor, e mesmo pedindo pela remoção das páginas, o juiz não acatou porque reconheceu o mérito das denúncias.

Suspeitas de que esse perfil pertença a Sérgio.  

    Importante ressaltar que todos os processos foram digitalizados, com exceção da ação movida pelos pakuanos e do processo movido por mim contra a ABPK. No entanto, todas as ações podem ser acessadas online, desde que sejam preservadas as identidades das pessoas envolvidas.

9.5 – Dos valentões de teclado à hipocrisia vitimista.

    Os indivíduos associados ao Pakua não são artistas marciais, mas sim covardes profissionais, e isso é um fato indiscutível! Quando são expostos à mentira, a única reação deles é fugir do assunto, inventar mais mentiras para "desmentir" e, por fim, atacar, perseguir e difamar a pessoa que trouxe à tona a informação para assassinar sua reputação e desacreditá-la.

Praticante reproduzindo mentiras
que Sérgio Murilo propagou para
descredibilizar o INAM. 
    Se você quiser ver um indivíduo associado ao Pakua Hermano sem reação, é só dizer que eles são uma fraude, e o indivíduo vira as costas automaticamente sem dizer nada. Isso é, se ele não for um "erudito" doutrinado pelas falácias criadas por eles mesmos. E mesmo quando confrontados, eles criam argumentos e relativizam o assunto, tentando parecer superiores.

    Mas, é claro, eles fazem tudo isso escondidos atrás de um perfil falso para dificultar a identificação e não responder por danos morais no tribunal... O que não se aplica ao nosso caso, já que apresentamos fontes para comprovar tudo o que afirmamos. O perfil do "Mestre Shinn" é um personagem fictício que protege a identidade dos denunciantes para evitar retaliações, como ameaças veladas, perseguições e ataques contra a família, amigos e até mesmo o ambiente marcial. Isso foi comprovado pelo que a Liga Internacional de Pakua fez quando obteve os dados por meio de ações judiciais para assediar judicialmente, cometer Doxing e ameaçar por telefone.

    Antes do surgimento dos valentões de teclado, existem os pseudomestres que abusam da falsa autoridade que exercem para mandar seus alunos agirem em seu lugar. É provável que, em vez de confrontá-lo para discutir a legitimidade do finjutsu, o pseudomestre de Pakua Hermano mande um aluno orientado por ele para fazê-lo em seu lugar. Esses indivíduos sabem que o Pakua Hermano não tem valor algum e preferem ver um aluno sendo humilhado do que eles mesmos serem expostos publicamente.

    Se o sujeito for homem, ele pode tentar intimidá-lo mesmo que esteja visivelmente nervoso e temeroso de uma reação contra ele. No entanto, seu mestre estará dando cobertura a ele junto com outros alunos, que servirão como massa de manobra para imputar uma falsa denúncia de agressão física contra você. Se for mulher, a situação é ainda mais perigosa. Ela pode se aproximar amigavelmente e conversar com você por alguns minutos, mas depois que virar as costas, as autoridades podem aparecer para procurá-lo porque foram avisadas por pakuanos de que a tal moça foi supostamente agredida por você. Esses indivíduos acreditam tanto na mentira que, se um deles processá-lo (a mando do mestre), trarão a tal moça como testemunha, mesmo que ela não tenha participado do engodo. 

O valentão de Canoinhas.

    O real objetivo principal dessa estratégia não é provar a verdade, mas sim difamar e destruir reputações. Tática do Pombo enxadrista - derrubar as peças, sujar o tabuleiro com excrementos e ir de encontro até os outros pombos. Basicamente isso...

    É importante deixar claro que os desafios de luta propostos pelos pakuanos são pura falácia. Eles usam isso como desculpa para acusar as páginas do INAM de incitarem ao ódio. Além disso, eles impõem condições absurdas para esses desafios, como trazer testemunhas, filmar sem proteção e até sugerir o local do combate, um ambiente controlado como a própria academia. Não caiam nessa armadilha! Pois eles usarão isso para criar uma retórica difamatória contra você. 

    Em outro caso, um perfil anônimo pode te provocar e exigir que você viaje até a cidade dele para lutar na academia dele (isso se chama "ambiente controlado"). Isso também é uma armadilha para que os pakuanos chamem a polícia e te acusem de algo que eles inventarem, já que um certo pakuano tem realizou cursos para a Policia local, por ter alguma influencia ele pode te imputar qualquer acusação e criar uma oportunidade de depreciar sua imagem! Eles podem alegar que a pessoa anônima não existe e que você só veio para causar confusão. Não confie nesses charlatões!

    Uma outra falácia que é comumente utilizada é sobre o uso de filmadoras, que pode ser usado como evidência em uma possível acusação de violência física. Se alguém como o Sr. Sérgio Murilo, que se intitula um faixa-preta de sexto grau em Pakua Hermano, usa seus alunos como escudos humanos para se proteger, eles podem facilmente escolher um aluno qualquer para lutar contra você e, se houver uma gravação, os Pakuanos poderão usar isso para criar uma narrativa perfeita para uma queixa de lesão corporal - deixando você em uma situação difícil. Ou, ainda pior, os Pakuanos podem contratar um lutador profissional que se passará por um Pakuano, e se esse lutador vencer, eles usarão isso para promover sua agenda positiva enquanto destroem sua reputação.

   Dessa forma, não vale a pena tentar se comportar como a Família Gracie ou como o Conde Danté, invadindo academias e lutando contra os charlatães. Eles não são artistas marciais, mas sim vigaristas bem treinados e articulados, que estão prontos para prejudicar você a qualquer custo e, em seguida, usar a situação para promover uma imagem positiva de si mesmos às suas custas, humilhando você. Com base em tudo o que foi apresentado até agora, a coisa mais importante que se deve fazer é não confiar nos Pakuanos.

10 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.

    Após tantas revelações, descobertas e denúncias, chegamos ao momento de apresentar as partes finais deste dossiê.

10.1 – Resumindo o Pakua Hermano em seus trambiques.

    A Liga Internacional de Pa-Kua Hermano é uma organização que alega ensinar uma arte marcial chinesa, mas que foi criada na Argentina por um mestre argentino que se promoveu com um currículo inflado e foi treinado por mestres fantasmas. O fundador da Liga, que tinha status de guru das artes marciais, reconhecido por outro mestre imaginario com um certificado falso e que ao inves de morrer teve um "desaparecimento espiritual". A Liga é conhecida por cobrar muito dinheiro para que os alunos possam evoluir e, graduação, e passar muita vergonha na técnica. Onde os faixas pretas de Pa-Kua Hermano sabem menos do que um faixa branca de Karatê. Que possui tantas filiais que só servem de enfeite, pois, nunca está aberta. No Pakua Hermano, é possível cursar práticas de curandeirismo além de promover exames de faixa superfaturados em vilarejos do interior de SC. Onde é possivel sonegar impostos falsificando prolabore e ainda por cima perseguir covardemente quem está denunciando toda esta fraude escancarada para todo mundo ver.

    Em resumo: a Liga Internacional de Pa-Kua Hermano é uma fraude, e como diz o ditado: "o golpe tá aí, cai quem quer". 

10.2 – Sobre o Mestre Shinn e o anonimato.

    Gostaria de compartilhar algumas informações importantes com vocês. Eu criei o personagem Mestre Shinn Pann Tzeh como uma medida de segurança após denunciar casos de estelionato nas artes marciais.

    Minha missão é alertar o Brasil e o mundo sobre a existência do finjutsu e outras formas de charlatanismo nas artes marciais. Não sou um perfil falso, como afirmado por um advogado que ameaçava pessoas por telefone. Embora a Constituição Federal proíba o anonimato, existem exceções quando se trata de questões de segurança. No meu caso, embora seja forçado a me esconder, estou cumprindo meu dever de alertar a todos sobre esses golpes.

Abordagem equivocada de
Wagner Bione denunciado 
na página do INAM.

    É importante ressaltar a diferença entre o anonimato e o pseudônimo. Enquanto o anonimato implica em não revelar a identidade, o pseudônimo é um nome fictício adotado para fins artísticos ou de proteção. No caso do Mestre Shinn Pann Tzeh, ele é um pseudônimo criado para salvaguardar minha segurança e continuar denunciando esses golpes nas artes marciais.

    A Liga Internacional de Pa-Kua, ao expor meu nome por meio de um doxing, cometeu crimes de dano moral, assédio e litigância de má-fé. Embora eu esteja oculto, as denúncias e alertas que fiz são verdadeiros e baseados em evidências. Sempre defendi a verdade. Também é importante mencionar que sou um instrutor de artes marciais com vasta experiência, tendo ocupado o cargo de vice-presidente em uma federação. No entanto, Fernando Sandri, uma pessoa mal-intencionada por natureza, tentou me prejudicar buscando minha expulsão alegando difamação ao Pa-Kua. No entanto, é evidente que aqueles que conhecem a verdadeira natureza dos pakuanos não foram enganados, e seu plano fracassou de forma patética. Qualquer praticante de artes marciais é capaz de reconhecer uma fraude a quilômetros de distância, e apenas Sandri acredita que todos são ingênuos, exceto ele.

  O Mestre Shinn Pann Tzeh permanece ativo e firme em sua missão, ao lado de outros administradores, sem se abalar com as acusações infundadas dos pakuanos. Pois, se eles estão expondo meu nome, então posso expor o nome do Sr. Sérgio Murilo de Souza como o principal responsável pelos assédios judiciais e pela divulgação de informações pessoais para praticar constrangimento público.

  Por fim, reitero meu compromisso em denunciar e alertar a todos sobre o finjutsu e o charlatanismo nas artes marciais. Conto com o apoio de todos os que acreditam na verdade e na justiça.

Atenciosamente,

Mestre Shinn Pann Tzeh.

 






Fontes:

1 – Tarcísio TS – Wikipedia Bagua.

2 – Canal Neuromágico Nicolas (5 verdades sobre os mentirosos).

3 - Dez 2020; – Site oficial Liga Internacional de Pakua.

4 – World Taekwondo Federation – Taekwondo Poom-sae Book, pág. 223 – Shin Ji Gak, 1975.

5 – Lao Tse, Wu Juh Chern – Tao Te Ching – MauadX, 2011.

6 – Tarcisio TS – Wikipédia I-Ching.

7 – Site: Pakua Portugal.

8 – Moyano y Sandri – Pa-Kua 35 anos. Bueno Editora, 2011; ISBN: 9788563791023

9 – Park Bok Nam – The fundamentals of Pakua Chang – Unique Publications, 1995.

10 – Viviane Alleton – Escrita Chinesa. L&PM 1994.

11 – Entrevista Fernando Sandri – Palavra Palhocense; Website; 19 de maio 2016.

12 – Manual de Dúvidas Frequentes – PDF – Liga Internacional de Pa-Kua. Curitiba-PR.

13 – “Solo hay un Sipalki” – entrevista com Soo Nam Yoo, Yudo y Karate n°158 – Maio de 1988.

14 – A Killing Art/Uma arte mortal – Alex Gillis; edição Brasileira; 2018.

Links:

Link 1 https://br.noticias.yahoo.com/quem-e-o-coach-que-colocou-pessoas-em-risco-ao-subir-montanha-152144947.html

Link 2 https://www.pa-kua.it/master-lu-shui-tien.html

Link 3 Sipalki: https://sipalki.com.ar/ 

https://jordson.medium.com/sipalki-do-arte-marcial-coreana-8e01a7463bc1;

Link 4 https://osergionauta.medium.com/as-graduações-na-liga-internacional-de-pa-kua-a49f2390fb9b

Link 5: www.juyuanhao.org

Link 6 Taebo: https://www.taebonation.com/

Link 7 Pakua Ritmo: https://processoutopico.wordpress.com/tag/magliacano/

Link 8 Exclusão da página do Pakua Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipédia:Páginas_para_eliminar/Liga_Internacional_de_Pa_Kua

Link 9 https://laopinionaustral.com.ar/artes-marciales/la-practica-de-hapkido-cumple-46-anos-de-actividad-en-la-capital-192321.html

 Link 10 depoimento de um ex-pakuano: https://istonaoeartemarcial.blogspot.com/2014/07/os-oito-pontos-negativos-sobre-o-pa-kua.html

Link extra: https://aamm.foroactivo.com/t5246p2-para-manuel-adrogue-foto-miyazawa-kim-y-lee este foro cita Magliacano como 3° Dan de Hapkido.

Link 11 Matéria falaciosa escrita por Sérgio Murilo de Souza: https://osergionauta.medium.com/pa-kua-e-o-estudo-dos-sabres-chineses-e79b1baca413

Link 12 https://istonaoeartemarcial.blogspot.com/2019/02/o-homem-que-sabia-pakuanes.html

Link 13 https://www.bullshido.net/forums/forum/traditional-martial-arts-and-styles-forum/116174-pa-kua-with-nicolas-nobile-rogelio-giordano-boulder-co

Link 14 https://istonaoeartemarcial.blogspot.com/2017/09/entenda-o-caso-de-assedio-judicial.html

Link 15 https://istonaoeartemarcial.blogspot.com/2013/06/exclusivo-site-argentino-denuncia-sobre.html

Link 16 http://www.educacaofisicalegal.com.br/2015/01/crefs-nao-podem-fiscalizar-instrutores.html

Link 17 https://portalctea.com.br/2011/06/23/a-historia-do-pa-kua-no-brasil/comment-page-1/?unapproved=7964&moderation-hash=046ab8472910ee79ddb6b9115e9c2baa#comment-7964

Link 18 https://www.institutoconfucio.com.br/aulas-online-gratis-em-parceria-com-o-escola-pa-kua/

Link 19 https://acervothai.com/site/muaythai/16/12/2021/mestres-falsos-de-artes-marciais/ 

Link 20 https://www1.folha.uol.com.br/vice/2015/04/1622755-farsantes-das-artes-marciais-uma-historia-de-imitadores-e-oleo-de-cobra.shtml?mobile

Link 21 Kung Fu Tea, "The Revisionist Tradition in Chinese Martial Studies." Disponível em: https://chinesemartialstudies.com/2012/09/17/the-revisionist-tradition-in-chinese-martial-studies/

Link 22 Sobre a Companhia de Jesus e Inacio de Loyola: http://historialuso.an.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3168&Itemid=354

Link 23 Sobre os emolumentos e documentos dos pakuanos. http://istonaoeartemarcial.blogspot.com/2013/10/panico-e-terror-com-os-documentos.html

 

 

Um comentário:

  1. "Kung fu da Garça (Fei Hok Phai) – com o mestre Han (24 anos)". QUE BIZARRICE. O estilo Fei Hok Phai foi fundado pelo mestre Lope (Chiu Ping Lok), sintetizado principalmente através do Hung Gar, Mo Gar, Hung Tao Choi Mei Gar, e uma ou outra coisa que ele trocou de figurinha com o Chan Kowk Wai (e, sim, do mesmo jeito que o Fei Hok Phai tem uma pinceladinha do GM Chan, o Shaolin Norte aqui no Brasil tem uma pinceladinha do GM Lope). GM Lope graduou formalmente o meu mestre, Lee Wai Yin, o único também chinês (embora outros chineses também tenham treinado com ele no Brasil), e o primeiro brasileiro foi o Jair Lima de Santa Catarina. Depois foi graduada a Cintia Yan (que viveu muito tempo no Canadá), e estes foram os primeiros mestres. Depois, o GM Lope graduou 6 mestres (todos brasileiros), a saber: Mario Masuno, Maria Luiza Horneaux, Waldemir "Índio", Benedito de Barros Filho (Benê), Aparecido Marrera, e Valter Ribeiro. Pouco depois disto, morreu o GM Lope e nem deu tempo do mestre Lee assumir o estilo como 2º grão mestre porque morreu menos de 30 dias depois; aí não demorou muito para o estilo rachar, e alguns mestres formaram outros mestres, mas TODOS BRASILEIROS. Falo tudo isso para dizer que NUNCA EXISTIU UM MESTRE HAN NO FEI HOK PHAI.

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