domingo, 12 de julho de 2015

Paku-asnos, Katanas, Sabres, Espadas e baboseira Milenar Pakuana

Ultimamente quase não consigo focar no assunto, sem evitar comentar, mas, aquele texto sobre a mais recente denuncia contra os pakuanos, sinceramente causou bastante comoção e solidariedade da comunidade marcial, a qual se sentiu indignada com a malandragem milenar pakuana com a garota do Rio de Janeiro, a moça que pagou gato por lebre e com isso ficou apenas no prejuízo financeiro junto com seus familiares.

Tentei de qualquer forma procurar contato com esta moça, pedindo que ao menos tivesse o seu direito de comentar o caso; mas é lógico que ser enganado por charlatões faz nos sentir pequenos e frágeis, afinal, ninguém gosta de ser chamado de “otário” nas entrelinhas; também não havia como saber se a garota ainda não percebeu totalmente a tamanha roubada em que ela mesma se enfiou; ainda que levam anos para finalmente entender o que aconteceu com ela, pois, os pakuanos sabem muito bem manipular e passar a falsa ideia de que são pessoas “de bem” e que jamais atreveriam em extorquir uma pessoa “tratada tão bem” por eles mesmos.

Seria muito bom também que outras pessoas enganadas pelos pakuanos deixassem a vergonha de lado e nos compartilhassem seus dissabores com o Pakua Hermano; mas, pelo que parece, algumas pessoas alegam falta de confiança devido o nosso anonimato... É importante que essas pessoas entendam que elas também manterão seus nomes anônimos, porém, o nosso anonimato nem se discute devido às denuncias contra os Mestres de Finjutsu que sempre adoram mandar uma ameaça ou uma série de ofensas pessoais - ora, se estivessem fazendo a coisa certa, não estariam aqui, não é mesmo?!

E por outro lado, é importante que com Pakuano a coisa é mais suspeita, já que, pakuanos adoram agir na surdina. Quem rastreia telefone e liga dizendo-se advogado com o intuito de silenciar seus críticos, já diz algo para que não duvidem do que essa gente é capaz de fazer para encobrir uma fraude...

Sobre o uso do termo “Paku-asno”, este saiu sem querer, mas ganhou asas... Toda a vez que me refiro a alguém como Paku-asno, refiro-me a esses “Mestres” de araque, que sabem de todo o esquema e ficam inventando pseudo-história para iludir seus patinhos... Soube que ex-praticantes se sentem ofendidos com o termo "paku-asno", mas garanto-lhes que não se incomodem com isso; para nós, vocês são apenas os “patinhos” (vítimas) nunca Paku-asnos... estes sim merecem serem expostos e xingados...

E falando em Paku-asno, a matéria principal é uma explicação didática sobre a mais atual verborragia milenar pakuana, onde os próprios saíram doutrinando para seus patinhos acreditarem, achando-se entendidos sobre espadas, alegando que Katanas, Jinguns (a “katana” da Coreia) e Miao Dao (versão chinesa da Odachi/Ssangsoodo) são considerados “sabres” e não espadas.

            Dando sequencia ao tema, pedi que o Jovem Jean Muksen que é estudioso sobre espadas, nos esclarecesse um pouco mais sobre o que é um sabre e o que é uma espada, e se você tem algum amigo pakuano que veio tentar lhe convencer que isso está certo, então esta é a sua oportunidade de revidar toda essa falácia. Agradeço desde já o tempo cedido do Jean sobre sua contribuição.

Katanas, Sabres, Espadas e a baboseira Milenar Pakuana

 - por Jean Muksen


Recentemente, a suposta escola de arte marcial “Pakua” passou a divulgar a desinformação de que “sabres não são espadas” e mesmo que as “katanás são sabres”. Acredito que a primeira afirmação possa ter surgido inocentemente devido a diferenciação de categorias da esgrima olímpica moderna, onde sabre e espada são considerados armas de categorias diferentes, contudo, o moderno sabre de esgrima tem pouca semelhança com os sabres históricos, e até ontem.
Sabre longo, médio e curto, blá, blá, blá...

A segunda, de que a espada japonesa mais conhecida, a kataná, é um sabre, parece ser embasada apenas na ignorância. As armas japonesas possuem seus próprios nomes, classificação, anatomia e tipologia, que não se resumem à “kataná”. Fontes defasadas (por exemplo, textos de colecionadores europeus da virada do século 19) e, com muito menos frequência, algumas fontes modernas ocasionais (por exemplo, artigos escritos por autores ocidentais ao introduzir o tema para um público leigo) às vezes se referem à kataná ou tachi como "um tipo de sabre japonês”, mas isto acontecia unicamente a fim de fundamentar a comparação em referências presumivelmente familiares ao público-alvo que nunca havia tido contato com armas orientais; no entanto, é um uso muito amplo e desleixado do termo. Atualmente, todas as fontes ocidentais sérias preferem o termo “sword”/”espada” como genérico para se referir à armas brancas longas japonesas².



Kyu Guntô, a "gambiarra" japonesa.
A coisa mais parecida com "sabre" japonês são as Kyu Guntō, usadas pelas forças armadas japonesas durante o fim do século 19, no período Meiji , quando o Japão começou a adaptar vestimentas ocidentais , forma de governo, armamento, etc, e ainda assim estas armas são uma mistura bizarra de sabre militar com kataná! Quanto à afirmação de que “sabres não são espadas”, é preciso antes entender o que é um sabre: Um sabre é um tipo de espada. Especificamente, é uma espada EUROPÉIA, de gume único¹, criada exclusivamente para uso com uma só mão, curva, muitas vezes (mas nem sempre) utilizada pela cavalaria, que na maior parte das vezes tem algum tipo de guarda enclausurada ou quillons (há exceções sem guarda alguma) muitas vezes pendurada no cinto (alguns modelos são presos à sela). Na maior parte refere-se a espadas fabricadas a partir do século 17 e ao longo dos século, XVIII XIX e XX. É um objeto que teve origem no Leste Europeu, assim como o nome que lhe é atribuído; A palavra inglesa “sabre” deriva do termo idêntico francês, que se assemelha ao “szablya” húngaro, ao szabla polonês, e ao russo сабля (sablya). O mais provável é que tenha surgido, originalmente, do turco “selebe”, contaminado pelo verbo Húngaro “szab”, literalmente, “cortar”.

Armas similares a sabres curvas têm sido utilizados na Europa desde o período medieval (Backsword, Falchion e Messer, por exemplo), mas não são “sabres”, pois o que conhecemos como “sabre” propriamente dito (assim como a própria palavra “sabre”), data do século 17, através de influência da espada curva “szabla” do Leste Europeu. O szabla, ou sabre polonês, surge como uma arma de cavalaria, possivelmente inspirado pelo armamento húngaro ou Turco-Mongol. Embora concebido como uma arma de cavalaria, ele também veio para substituir vários tipos de espadas retas lâminas usadas pela infantaria, como ocorreu com o sabre suíço, que se originou como uma espada reta com um gume único no início do século 16, mas no século seguinte começa a apresentar tipos guarda especializados e lâmina curvada. Em suma: afirmar que um sabre não é uma espada é o mesmo que dizer que uma “rapier” não é uma espada, uma “francisca” não é um machado, uma “claymore” não é uma espada e, hiperbolicamente, “uma Ferrari não é um carro, é uma Ferrari”.

modelos sabre U.S. 1913 (Patton) e sabre de cavalaria
U.S. 1872 (muito diferentes de uma Nihonto)
1: Contudo, existem diversas variantes de sabres, e as características mais icônicas, como lâmina curva, não são “universais”, um exemplo é o modelo 1913 da cavalaria do exército dos EUA; possuía punho grande, guarda em forma de cesta e uma lâmina reta, de dois gumes, era uma arma projetada para uso por cavalaria pesada. Ficou conhecido como o sabre "Patton", devido a seu criador, o Tenente (mais tarde Geral) George S. Patton, que pode ter sido influenciado pelos modelos de sabre da cavalaria britânica.

2: Observe-se que nenhum autor que tenha escrito sobre espadas japonesas utiliza o termo da língua inglesa “saber”, mas “sword” , que é mais adequado e genérico.
Foto Update: após um ano desta matéria os leigos 
marciais do Pa Kua insistem na arte de falar merda.


 Fontes: The Connoisseur's Book of Japanese SWORDS – Kokan Nagayama Katana.
The Samurai SWORD - Stephen Turnbull.
The Yasukuni SWORD: Rare Weapons of Japan - Tom Kishida .
A Glossary of the Construction, Decoration, and Use of Arms and Armor in All Countries and in All Times - George Cameron Stone.
The Genealogy of the Miochin Family: Armourers, SWORD- smiths and Artists in Iron, Twelfth to the Eighteenth Century – Gilbertson.
The Secret History of the Sword: Adventures in Ancient Martial Arts. 1999 – Christoph Amberger J.
 The Book of the Sword: A History of Daggers, Sabers, and Scimitars from Ancient Times to the Modern Day - Richard Francis Burton.
The Illustrated Encyclopedia of Swords and Sabers: An authorative history and visual directory of edged weapons from around the world, shown in over 800 stunning colour photographs - Harvey J. S. Withers.
The origin of the European word for sabre - Marek Stachowski

4 comentários:

  1. Sou ex-aluno,... na verdade ex-"mestre",.. conquistei minha faixa preta num encontro mundial ocorrido na Argentina em 2012. Passei dois anos na escola matriz em Porto Alegre RS, e participei da implantação de uma nova escola em uma cidade vizinha.
    Esta arte está forte por aqui, tem umas 5 escolas ou mais em poa e região. Tenho um profundo respeito pelos amigos que fiz lá, mas não respeito mais a "arte" em sí.
    Tenho muito, muito o que criticar, mas vou falar neste post somente sobre farsa da "milenar arquearia chinesa",(que foi o estopim pra eu cair fora de vez).. eu estava na escola quando essa falcatrua surgiu. A primeira coisas que eu perguntei é: "qual mestre foi a china aprender isto? por quanto tempo ele estudou? Com quem? Após muito insistir, descobri que a disciplina foi criada por um faixa preta que praticava arquearia olímpica e o mestre Moyano (o pica grossa, segundo eles), pra mim ficou claro que um entrou com os conceitos básicos de tiro com arco e o outro com a baboseira milenar. Caso queria treinar isto, vc é obrigado a compra um arco e flechas vendidos exclusivamente pela liga de Pakua, custava caro na época, deve estar mais caro agora, deveria comprar também a rede de segurança e o alvo,... e a grande sacada é que você paga a parte por essa disciplina (assim como tudo em pakua),.. ou seja se vc se matricula pra fazer arte marcial, jamais colocará a mão em um arco e flecha,... na época fez muito sucesso, principalmente entre muleques criados em apartamento, nerds que se imaginavam em animes e não em uma prática de arte marcial.

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  2. Luca, entre em contato conosco pelo email. chinnpantzemestre@gmail.com Pode nos contar o seu relato mais detalhadamente. Manteremos o seu anonimato e tenho certeza que tem gente interessada, ainda mais sobre o pessoal de Porto Alegre - tem um conhecido meu que sonha em acertar as contas com o mestre "intocável" daí.

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  3. Tatsu,... nunca me considerei mestre, se ler meu post novamente, vai ver que está entre aspas. O título foi conferido a mim, após exame de faixa feito na Argentina, e meus alunos encorajados (não por mim) a me chamarem assim. Pratico artes marciais desde os 15, estou perto dos 30 agora, nunca me prendi a nenhum estilo, sempre busco o conhecimento onde quer que ele esteja, e ele não está na escola de Pakua. Cara, estamos usando nomes fakes, talves ate nos conhecemos, perceba que não tenho nada contra alunos e instrutores,... o problema está em pakua afirmar ser uma coisa que não é! Tive uma mestre "famosa blogger" atualmente, que nunca demonstrou o conhecimento que afirmava ter, vi iniciantes entrarem em "acelerados" ou "intensivos" não lembro o tremo usado, e pularem diversas faixas de uma só vez,... vi alunos assim como eu, só serem permitidos lutarem após pagar por cursos extras de luta,...arte marcial não é isso,... pakua é uma máquina de fazer dinheiro,... se tem gente que paga alegremente, não é problema meu,... mas que eu e qualquer um tem o direito de criticar, disso vcs não podem fugir,... respondam se puder,... ou apenas assumam que pakua é um sistema recente criado por um argentino mestre em outras artes. Só,... sem tentar enfiar a força que é um conhecimento milenar trazido da china,....

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  4. queria saber o que o tatsu escreveu, ele apagou todos os comentários dele...

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