Ultimamente quase não
consigo focar no assunto, sem evitar comentar, mas, aquele texto sobre a mais
recente denuncia contra os pakuanos, sinceramente causou bastante comoção e
solidariedade da comunidade marcial, a qual se sentiu indignada com a malandragem
milenar pakuana com a garota do Rio de Janeiro, a moça que pagou gato por lebre e com
isso ficou apenas no prejuízo financeiro junto com seus familiares.
Tentei de qualquer forma
procurar contato com esta moça, pedindo que ao menos tivesse o seu direito de
comentar o caso; mas é lógico que ser enganado por charlatões faz nos sentir
pequenos e frágeis, afinal, ninguém gosta de ser
chamado de “otário” nas entrelinhas; também não havia como saber se a garota
ainda não percebeu totalmente a tamanha roubada em que ela mesma se enfiou; ainda que levam anos para finalmente entender o que aconteceu com ela, pois, os
pakuanos sabem muito bem manipular e passar a falsa ideia de que são pessoas “de bem”
e que jamais atreveriam em extorquir uma pessoa “tratada tão bem” por eles mesmos.
Seria muito bom também que outras pessoas enganadas pelos pakuanos deixassem a vergonha de lado e nos compartilhassem seus dissabores
com o Pakua Hermano; mas, pelo que parece, algumas pessoas alegam falta de
confiança devido o nosso anonimato... É importante que essas pessoas entendam
que elas também manterão seus nomes anônimos, porém, o nosso anonimato nem
se discute devido às denuncias contra os Mestres de Finjutsu que sempre
adoram mandar uma ameaça ou uma série de ofensas pessoais - ora,
se estivessem fazendo a coisa certa, não estariam aqui, não é mesmo?!
E por outro lado, é importante que com Pakuano a coisa é mais suspeita, já que, pakuanos adoram agir na surdina. Quem rastreia telefone e liga dizendo-se advogado com o intuito de silenciar seus críticos, já diz algo para que não duvidem do que essa gente é capaz de fazer para encobrir uma fraude...
E por outro lado, é importante que com Pakuano a coisa é mais suspeita, já que, pakuanos adoram agir na surdina. Quem rastreia telefone e liga dizendo-se advogado com o intuito de silenciar seus críticos, já diz algo para que não duvidem do que essa gente é capaz de fazer para encobrir uma fraude...
Sobre
o uso do termo “Paku-asno”, este saiu sem querer, mas ganhou asas... Toda a
vez que me refiro a alguém como Paku-asno, refiro-me a esses “Mestres” de
araque, que sabem de todo o esquema e ficam inventando pseudo-história para
iludir seus patinhos... Soube que ex-praticantes se sentem ofendidos com o
termo "paku-asno", mas garanto-lhes que não se incomodem com isso; para nós, vocês são
apenas os “patinhos” (vítimas) nunca Paku-asnos... estes sim merecem serem expostos e xingados...
E
falando em Paku-asno, a matéria principal é uma explicação didática sobre a mais
atual verborragia milenar pakuana, onde os próprios saíram doutrinando para
seus patinhos acreditarem, achando-se entendidos sobre espadas, alegando que
Katanas, Jinguns (a “katana” da Coreia) e Miao Dao (versão chinesa da Odachi/Ssangsoodo)
são considerados “sabres” e não espadas.
Dando sequencia ao tema, pedi que o Jovem Jean
Muksen que é estudioso sobre espadas, nos esclarecesse um pouco mais sobre o que
é um sabre e o que é uma espada, e se você tem algum amigo pakuano que veio tentar
lhe convencer que isso está certo, então esta é a sua oportunidade de revidar toda
essa falácia. Agradeço desde já o tempo cedido do Jean sobre sua contribuição.
Katanas, Sabres, Espadas e a baboseira Milenar Pakuana
- por Jean Muksen
Recentemente,
a suposta escola de arte marcial “Pakua” passou a divulgar a desinformação de
que “sabres não são espadas” e mesmo
que as “katanás são sabres”. Acredito que a primeira afirmação possa ter
surgido inocentemente devido a diferenciação de categorias da esgrima olímpica
moderna, onde sabre e espada são considerados armas de categorias diferentes,
contudo, o moderno sabre de esgrima tem pouca semelhança com os sabres
históricos, e até ontem.
Sabre longo, médio e curto, blá, blá, blá... |
A
segunda, de que a espada japonesa mais conhecida, a kataná, é um sabre, parece
ser embasada apenas na ignorância. As armas japonesas possuem seus próprios
nomes, classificação, anatomia e tipologia, que não se resumem à “kataná”.
Fontes defasadas (por exemplo, textos de colecionadores europeus da virada do
século 19) e, com muito menos frequência, algumas fontes modernas ocasionais
(por exemplo, artigos escritos por autores ocidentais ao introduzir o tema para
um público leigo) às vezes se referem à kataná ou tachi como "um tipo de
sabre japonês”, mas isto acontecia unicamente a fim de fundamentar a comparação
em referências presumivelmente familiares ao público-alvo que nunca havia tido
contato com armas orientais; no entanto, é um uso muito amplo e desleixado do
termo. Atualmente, todas as fontes ocidentais sérias preferem o termo
“sword”/”espada” como genérico para se referir à armas brancas longas
japonesas².
Kyu Guntô, a "gambiarra" japonesa. |
A coisa mais parecida com "sabre" japonês são as Kyu
Guntō, usadas pelas forças armadas japonesas durante o fim do século 19, no período
Meiji , quando o Japão começou a adaptar vestimentas ocidentais , forma de
governo, armamento, etc, e ainda assim estas armas são uma mistura bizarra de
sabre militar com kataná! Quanto à afirmação de que “sabres não são espadas”, é
preciso antes entender o que é um sabre: Um sabre é um tipo de espada.
Especificamente, é uma espada EUROPÉIA, de gume único¹, criada exclusivamente
para uso com uma só mão, curva, muitas vezes (mas nem sempre) utilizada pela
cavalaria, que na maior parte das vezes tem algum tipo de guarda enclausurada
ou quillons (há exceções sem guarda alguma) muitas vezes pendurada no cinto
(alguns modelos são presos à sela). Na maior parte refere-se a espadas
fabricadas a partir do século 17 e ao longo dos século, XVIII XIX e XX. É um objeto
que teve origem no Leste Europeu, assim como o nome que lhe é atribuído; A
palavra inglesa “sabre” deriva do termo idêntico francês, que se assemelha ao
“szablya” húngaro, ao szabla polonês, e ao russo сабля (sablya). O mais
provável é que tenha surgido, originalmente, do turco “selebe”, contaminado
pelo verbo Húngaro “szab”, literalmente, “cortar”.
Armas
similares a sabres curvas têm sido utilizados na Europa desde o período
medieval (Backsword, Falchion e Messer, por exemplo), mas não são “sabres”,
pois o que conhecemos como “sabre” propriamente dito (assim como a própria
palavra “sabre”), data do século 17, através de influência da espada curva
“szabla” do Leste Europeu. O szabla, ou sabre polonês, surge como uma arma de
cavalaria, possivelmente inspirado pelo armamento húngaro ou Turco-Mongol.
Embora concebido como uma arma de cavalaria, ele também veio para substituir
vários tipos de espadas retas lâminas usadas pela infantaria, como ocorreu com
o sabre suíço, que se originou como uma espada reta com um gume único no início
do século 16, mas no século seguinte começa a apresentar tipos guarda
especializados e lâmina curvada. Em suma: afirmar que um sabre não é uma espada
é o mesmo que dizer que uma “rapier” não é uma espada, uma “francisca” não é um
machado, uma “claymore” não é uma espada e, hiperbolicamente, “uma Ferrari não
é um carro, é uma Ferrari”.
modelos sabre U.S. 1913 (Patton) e sabre de cavalaria U.S. 1872 (muito diferentes de uma Nihonto) |
1:
Contudo, existem diversas variantes de sabres, e as características mais
icônicas, como lâmina curva, não são “universais”, um exemplo é o modelo 1913
da cavalaria do exército dos EUA; possuía punho grande, guarda em forma de
cesta e uma lâmina reta, de dois gumes, era uma arma projetada para uso por
cavalaria pesada. Ficou conhecido como o sabre "Patton", devido a seu
criador, o Tenente (mais tarde Geral) George S. Patton, que pode ter sido
influenciado pelos modelos de sabre da cavalaria britânica.
2:
Observe-se que nenhum autor que tenha escrito sobre espadas japonesas utiliza o
termo da língua inglesa “saber”, mas “sword” , que é mais adequado e genérico.
Foto Update: após um ano desta matéria os leigos
marciais do Pa Kua insistem na arte de falar merda.
|
Fontes: The Connoisseur's Book of Japanese SWORDS –
Kokan Nagayama Katana.
The
Samurai SWORD - Stephen Turnbull.
The
Yasukuni SWORD: Rare Weapons of Japan - Tom Kishida .
A
Glossary of the Construction, Decoration, and Use of Arms and Armor in All
Countries and in All Times - George Cameron Stone.
The
Genealogy of the Miochin Family: Armourers, SWORD- smiths and Artists in Iron,
Twelfth to the Eighteenth Century – Gilbertson.
The
Secret History of the Sword: Adventures in Ancient Martial Arts. 1999 –
Christoph Amberger J.
The Book of the Sword: A History of Daggers,
Sabers, and Scimitars from Ancient Times to the Modern Day - Richard Francis
Burton.
The
Illustrated Encyclopedia of Swords and Sabers: An authorative history and
visual directory of edged weapons from around the world, shown in over 800
stunning colour photographs - Harvey J. S. Withers.
The
origin of the European word for sabre - Marek Stachowski