E
novamente recebemos mais uma denuncia de um ex praticante de Pa Kua
hermano. Lamentamos pelo seu tempo perdido por falsas expectativas de
aprender uma arte marcial... O texto escrito por “Maicom”, aborda
as contradições, mentiras e revela as tramóias dos pakuanos em
faturar alto encima de seus patinhos...
Fraude
marcial: a verdade sobre o Pa Kua Argentino.
A chamada Liga
Internacional de Pa-Kua é uma das mais bem sistematizadas fraudes
montadas
no âmbito da difusão e comercialização de conhecimentos marciais.
Trata-se de um grande sistema de franquia, marcado por consagradas
técnicas de manipulação
psicológica
de seus membros, que são forçados a fazer parte de um esquema
espúrio de publicidade, sob os mesmos moldes do famigerado
"marketing
multinível",
tais como os utilizados em empresas como TELEX
FREE
e HERBALIFE...
mas, com que autoridade afirmo tudo isso? Com a autoridade de um
amante sério de artes marciais, que passou cinco anos treinando, sob
a manipulação destes senhores, chegando até a faixa vermelha (a
última antes da preta).
Vou falar da
minha experiência como alguém que quase chegou à faixa preta (sem
fazer uso dos chamados "acelerados"),
tendo acesso a várias conversas de bastidores. Saí,
definitivamente, da escola em 2008. Entenda como a Liga de Pa-Kua
manipula os sonhos de excelência marcial dos alunos e lucra muito
com isso.
Vamos topificar os pontos
essenciais:
1 – O MITO
DO FUNDADOR –
Aos alunos mais graduados, dá-se o acesso ao mito de fundação da
escola. Trata-se de algo fundamental para conferir credibilidade e
legitimidade ao trabalho da escola. Conta-se que o argentino Isidro
Rogelio Giordano Magliacano, já “mestre
em diversas artes marciais”,
foi até a Coreia do Sul receber uma altíssima graduação em
Taekwondo (ler
notas do blog no final do texto.),
nos idos dos anos 1976. Lá, seu motorista e intérprete comentou que
estava namorando uma garota cujo pai era um velhinho chinês (exilado
devido a Revolução Cultural) e que contava as mais incríveis
histórias sobre artes marciais e filosofia oriental dizendo-se
"invencível".
Diploma do Magliacano: Prova incontestável de fraude. Antes os pakuanos exibiam como um troféu como "prova" até traduzirem a bagaça. Hoje negam de pés juntos... |
Magliacano pediu
para conhecê-lo. Ao chegar lá, o tal velhinho desafiou Giordano a
acertar um golpe nele que estaria de mãos amarradas. O “graduado
mestre Magliacano”
topou achando que seria uma tarefa simples... contudo, foi
surpreendido por uma fluidez e precisão de movimentos jamais visto
antes. Ao final da “demonstração”,
Magliacano implorou para que o mestre o ensinasse aquilo.
O velhinho
chinês, de nome I Chan Ming, disse que ensinaria tudo mas que ele
deveria pagar uma quantia de DEZ
MIL DÓLARES.
Rogelio retorna a Argentina, vende alguns de seus bens, levanta o
dinheiro e retorna a Coreia, onde passa algum tempo aprendendo todos
os "segredos"
milenares do mestre I Chan Ming. No seu retorno a Argentina, agora
como "mestre
depositário",
inicia sua missão de difundir essa “sabedoria”
ao mundo. Que história, hein? Típica de um roteiro trash de filmes
de artes marciais.
Nela temos dois objetivos
claros:
1 – Promover uma suposta
legitimação de origem para o conhecimento ensinado implicada no
mistério por trás do tal mestre chinês.
2 – Deixar bem claro o
seguinte: o tal conhecimento custa caro e você deve pagar por ele...
02) EXPLORAÇÃO
DE TRABALHO GRATUITO – Existem
três níveis de instrutores: os de faixa cinza, os de faixa azul e
os de faixa vermelha. Como o objetivo da escola é de expansão em
massa; os alunos que chegam a qualquer uma dessas faixas são
cooptados a dar aulas sem receber nada em troca.
Um colega meu que começou a
treinar comigo, passou a tomar conta sozinho de uma academia inteira
ministrando aulas todas as noites enquanto o mestre responsável
procurava abrir outras sedes. Os mestres alegam que dar aula desde
cedo é fundamental, mesmo que o aluno não esteja tecnicamente
pronto; o que é o caso de 95% de todos os instrutores de Pa Kua...
Meu colega e eu reconhecemos
que ao chegar ao nível de instrutores, não tínhamos condições de
encarar sequer um faixa branca de karatê ou de qualquer outra arte
marcial séria. Infelizmente, devo dizer hoje que meus cinco anos de
treinamento não me serviram em nada; seja em termos de autodefesa ou
de conhecimento marcial.
Quanto ao aspecto financeiro,
existe sim, um esquema de pirâmide. Os mestres são estimulados a
formar instrutores o mais rápido possível, para que logo comecem a
dar aula de modo que possam receber sem trabalhar. Além disso,
quando os instrutores se tornam faixa preta, aí sim, ganham o
direito de remuneração... contudo, uma porcentagem do pagamento de
cada aluno deve ser repassada ao seu mestre e assim por diante...
03)
PERIGOSA DIFUSÃO DE PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS –
Existem cursos de todos os tipos, como uma espécie de "fast-food"
oriental. O mais pernicioso deles é o chamado "vias
de energia",
que ensina os princípios da medicina tradicional chinesa em 4
módulos. Ao fim do curso, o aluno estaria apto a trabalhar com
terapias tradicionais ministrando inclusive, acupuntura...
Eu cursei o
primeiro módulo com mestres locais e os três últimos numa
famigerada "itinerância"
de um mestre argentino bastante graduado. No primeiro nível –
basicamente introdutório; as aulas foram fiéis ao livro
"acupuntura:
teoria y practica"
do médico argentino David Sussmann... os outros três, foram
ministrados pelo tal mestre de fora enquanto o mesmo se desdobrava em
ensinar ao mesmo tempo, vários outros cursos.
Ao contrário do
primeiro módulo, os níveis 2, 3 e 4 foram ensinados em um dia
cada, já que a visita do mestre de fora dura apenas alguns dias...
em suma: o curso é pura palhaçada! Tudo é ensinado nas
coxas,
de forma rápida, banal e superficial; sem parte prática ou qualquer
orientação adequada!
Ao fim do curso,
foi-me oferecido um certificado extra de alguma escola técnica no
sudeste do país. Fui convencido a pagar mais R$ 1.200,00 (mil e
duzentos Reais) para obter o tal certificado de ensino em “nível
técnico”.
O tal certificado que recebi,
me conferia a carga horária total de 1.120 (mil cento e vinte) horas
por aula, sem ter SEQUER assistido a MAIS DE QUATRO HORAS por aula...
os alunos são encorajados a se sentirem como verdadeiros
acupunturistas sem – no entanto; ter algum preparo para exercer
esta séria modalidade terapêutica. Algo extremamente perigoso que
pode causar sérias sequelas!
Os mestres alegam
"supervisionar"
a atuação dos alunos, pelo contrário: os mestres convencem os
alunos novatos a se submeterem em sessões ministradas por estes
alunos recém-formados em “vias
de energia”!
Como aconteceu
comigo em 2004, quando meu mestre percebeu que eu vinha tossindo há
algum tempo nos treinos e me ele recomendou fechar um pacote de dez
sessões com um de seus alunos de “vias
de energia”.
Fechei o pacote, paguei R$350,00 (trezentos e cinquenta Reais) e fiz
apenas duas sessões... o mais curioso é que o tal “terapeuta
pakuano”,
posteriormente, mudou-se para abrir uma academia em outro estado;
antes perder R$280,00 (Duzentos e oitenta Reais), do que me arriscar
nas mãos de um acupunturista meia-boca...
04)
INVENÇÃO BARATA DE NOVAS MODALIDADES
– Eu já estava prestes a sair do Pa-kua, quando ouvi falar de um
mestre argentino que viria a cidade difundir o chamado "Pa-Kua
Ritmo"... a
princípio, achei que fosse só brincadeira. Mas não era... e lá
estava uma turma de pouco mais de 30 pessoas na aula demonstrativa,
praticando uma cópia barata de TAE-BO, ao som de uma agitada "dance
music".
Quando perguntei ao meu mestre
o que aquilo tinha a ver com a tradição que eles tanto buscavam
defender e preservar, foi-me dada uma resposta absurda, que
subestimou minha inteligência de forma quase que muito ofensiva:
No SOTAI você aprende a improvisar armas para situações reais de auto defesa, no Pa Kua, é só uma forma da orientadora ganhar dinheiro |
"Não!
Esse curso é muito sério! Nosso mestre Magliacano pesquisou durante
anos as danças rituais que os guerreiros chineses praticavam após
as vitórias. Tem toda uma pesquisa histórica muito séria e
fundamentada para compilar o Pa-Kua Ritmo".
Bom, não vou nem
comentar a estupidez desta resposta. Mas era assim que eles começaram
a promover o Pa-Kua ritmo. Depois vieram a "yoga
chinesa",
cópia barata do hata-ioga tradicional reproduzindo os ássanas
(posturas) básicos; o Pa-Kua acrobacia, reprodução chinfrim do
acro-yoga que começava a fazer sucesso nos idos de 2003 nos Estados
Unidos; a última de que ouvi falar foi o Pa-Kua “Arqueria”.
Um outro curso
que os instrutores também eram muito incentivados (no sentido de
lavagem cerebral) a fazer, era o chamado curso de “perfil”:
uma espécie de metodologia de entrevista e exame psicológico que
promovia o autoconhecimento (nota
do blog: o Kassano Pato comentou sobre isto no
post “pânico
e terror nos documentos pakuanos”).
05)
CURSOS ACELERADOS – Um
dos aspectos mais polêmicos do Pa-Kua, sempre foi a questão dos
chamados cursos acelerados. A idéia é simples: convença um aluno
de que ele pode tornar-se um "samurai"
em
6 meses (ou menos) e venda esse sonho a ele. E venda bem CARO!
Resumindo: você
pode comprar sua faixa preta! E este “mérito”
reside na sua capacidade financeira... dependendo do seu orçamento,
você pode passar da faixa branca à preta em pouquissimos meses...
Quando os acelerados começaram,
houve uma certa polêmica entre os alunos – já que muitos alunos
gostariam de estudar meritoriamente durante os 4 ou 5 anos
necessários para se chegar à faixa preta. E eu era um deles...
Pa Kua buscando empresas... Faixa preta fácil. Bom negócio! |
Numa das
famigeradas itinerâncias de um mestre vindo dos Estados Unidos,
foi-nos "oferecida"
essa "grande
oportunidade" –
eu e mais dois amigos éramos faixas cinza; foi quando dois dos
mestres locais nos chamaram para uma conversa em tom solene devido a
nosso "talento"
e "potencial";
havíamos sido escolhidos para um “curso”
acelerado “especial”
com o tal mestre americano direto para a faixa preta. Detalhe: éramos
tecnicamente péssimos e sabíamos disso!
Contudo, um dos
nossos colegas topou e pediu um empréstimo ao pai; passou os quatro
ou cinco dias de treino com o mestre itinerante, recebeu a faixa
preta e algum tempo depois abandonou o Pa-Kua totalmente desiludido.
Ele tinha uma faixa preta, mas não tinha coragem de usá-la...
sentia-se enganado e ofendido pela oferta que incluía – após a
ida do mestre itinerante; uma série de aulas de "desfragmentação":
o itinerante deixaria um pacote mais denso de conhecimentos que os
mestres locais teriam como obrigação, trabalhar com o aluno
acelerado nos meses seguintes...
Como sempre,
tratava-se de mais um dos golpes
da itinerância;
uma estratégia de pilhágem,
como veremos a seguir...
Para um
praticante sério de arte marcial, pode parecer um absurdo que um
aluno caia numa armadilha dessas... mas deve-se considerar toda a
pressão psicológica de influência (coerção) e manipulação
orquestrada pelos tais “mestres”. Quando você é abordado pelo
seu “mestre” – uma pessoa que você aprendeu a admirar, alguém
em quem você confia... enquanto ele – em todas as aulas; menciona
a legitimidade dos acelerados, infla o ego dos alunos repetindo a
todo instante como quase que um mantra, que a escola de Pa-Kua ensina
a arte marcial “mais
a completa que existe”...
nestas condições é muito fácil ser manipulado...
Cabe lembrar que
a questão dos “acelerados”
foi um dos motivos que levou a escola de Pa-Kua a um "racha".
Uma grande divisão entre os mestres mais graduados...
Após a morte do
mestre fundador, um dos mestres mais graduados, o argentino Enrique
Blanco decidiu deixar o Pa-Kua e abrir sua própria escola: La Escula
de Artes y Ciencias del Cambio – que no Brasil ficou conhecida como
Escola
da Mutação.
Trata-se de uma transposição
do Pa-Kua ensinando todas as modalidades da mesma forma, menos as
mais recentemente inventadas tais como: acrobacia, pakua ritmo, arco
e flecha, etc... Nesta escola – pelo que sei; não se fazem cursos
acelerados... encontrei anos depois no facebook, um dos mestres
locais de Pa-Kua que havia deixado a escola. Numa conversa, ele que
era um sujeito tecnicamente competente, me confessou que sentia
vergonha de ter que vender a ilusão do acelerado aos alunos; mas
revelou que eles eram cobrados e pressionados pelos mestres
superiores a oferecer esse produto que servia para remunerar
gordamente a escola e aumentar o número de academias, já que a
pressão para dar aulas era grande e a de abrir uma academia após a
faixa preta era maior ainda...
Tudo com os
devidos repasses e comissões de porcentagem aos mestres de sua
"linhagem".
Lembro-me bem entre 2004 e 2005, de um site argentino sobre Pa-Kua
"recrutando"
mestres de outras artes marciais a conhecer o curso acelerado para
faixa preta, autorizando o novo "mestre"
a abrir sua própria academia e ter excelentes oportunidades de
ganho. Não foram poucos os enganados com os “cursos
acelerados”...
06)
MESTRES ITINERANTES – Este
item para mim é o mais REPUGNANTE de todo o sistema Pa-Kua de fraude
marcial. Trata-se – como já adiantei; de um sistema de PILHAGEM!
Um mestre de outro estado ou
país visita a escola oferecendo dezenas de cursos avaliações,
acelerados, etc... O sonho de qualquer mestre de Pa-Kua é conseguir
autorização para ministrar itinerâncias, pois, os ganhos
financeiros são altíssimos.
"V°" Existe isso? Só no Pa Kua |
Em 2004, numa
dessas itinerâncias do mestre americano, um mestre local me revelou
que ele havia arrecadado numa única visita o equivalente a
US$10.000,00 (Dez mil dólares)! Por isso, os mestres locais têm que
fazer toda esta propaganda antecipada, falando sobre a "grande
e exclusiva oportunidade"
de fazer um curso (desde massagem a bastões curtos, passando por
perfil e acrobacia) com o itinerante.
Desta forma, os
alunos iludidos pelo sistema acabam por matricular-se para ter aulas
com o tal do itinerante. Eu mesmo aceitei a fazer cursos de "vias
de energia",
"bastão
longo"
e "bastões
curtos"
com alguns dos itinerantes que vieram à minha cidade.
É TUDO FRAUDE!
Você paga uma gorda quantia para ter alguns breves encontros com o
tal do mestre. No meu curso de vias de energia, o itinerante dividia
a atenção dele com vários alunos ensinando vários cursos ao mesmo
tempo, pois o lucro é o objetivo principal: "el
tiempo es dinero, amigo"!
A propaganda dos acelerados
cresce muito às vésperas da visita do itinerante, pois trata-se do
produto mais lucrativo da escola.
07)
SINCRETISMO FILOSÓFICO-MARCIAL BARATO E CONTRADITÓRIO –
Como já mencionei no mito do fundador da escola de Pa-Kua, os alunos
estão tendo acesso a uma fonte de “sabedoria
que passou anos escondida na cabeça de um grande mestre chinês
exilado na Coreia do Sul”.
Contudo,
trata-se de uma mistura de técnicas e conceitos de várias fontes
orientais, mescladas sem fundamentação para sugerir um ar de
profundidade oriental forçado: falam de I-Ching, usam armas e roupas
japonesas, emulam toscamente o yoga indiano, enfim: um grande
fast-food cultural new age pseudo-orientalista... Fazem de tudo para
incrementar a publicidade:
- “somos uma filosofia".
- “estudamos as mutações na vida humana sob a forma de várias disciplinas”,
- “temos um sistema marcial definitivo"...
Enfim, se você estudou um
pouco de sabedoria oriental, já dá pra sacar que é uma fraude...
08)
PA-KUA É UM SISTEMA DE LUCRO PAUTADO SOB FORTE MANIPULAÇÃO
PSICOLÓGICA DE ALUNOS –
O objetivo dos mestres é formar a maior quantidade de alunos; de
preferência cooptando o maior número possível de estudantes para
se submeterem a acelerados e cursos diversos.
Essa cota de
"produtividade"
conta pontos para aumento da graduação do mestre, o que implica
aumento na participação dos lucros da escola e nas porcentagens
finais, o que por sua vez, aumenta as chances de um mestre se
habilitar para fazer itinerâncias e ganhar mais dinheiro. É claro
que há pessoas de boa fé envolvidas, mas o sistema funciona assim.
A atmosfera
psicológica para aumentar o moral dos alunos é regra! Inclusive, é
comum tratar as outras marciais com desdém...
eu me lembro bem de um mestre que no auge de sua empolgação gritou
numa aula: "-
Garanto que qualquer faixa branca de Pa-Kua, pode dar uma surra num
mestre de Caratê!".
Tive vontade de rir na hora, mas fiquei quieto...
Lembro que o meu
amigo que dava aulas de graça como instrutor, foi abordado uma vez
por um aluno de Jiu Jitsu que foi visitar a academia e propôs um
"sparring"
com ele; ciente de suas deficiências técnicas é óbvio que meu
colega não topou...
CONCLUSÃO:
Estes foram os oito pontos que
decidi abordar. Faz tempo que quero desabafar e escrever sobre essas
coisas, de modo que quando encontrei este incrível blog, tive
certeza de que era a hora certa...
Sinto dizer que investi tantos
anos da minha vida numa arte marcial de mentira. Saí de lá quase
faixa preta, mas confesso que meu conhecimento de autodefesa é
pífio! Entrei tecnicamente mal e saí anos depois não muito melhor
do que quando comecei... em qualquer arte marcial séria, eu teria
sido muito bem orientado com certeza... se você não acredita em
mim, segue a foto das minhas faixas (só faltou a verde).
Outra coisa: NÃO
DISCUTAM COM ALUNOS E MESTRES DE PAKUA!
Eles são altamente treinados para contra-argumentar e defender a
Escola a qualquer custo: lavagem cerebral altamente bem executada.
É isso, amigos, não caiam
nessa. Abraços!
Escrito
por
Maicom.
Adendos do Mestre Shinn:
Como a pessoa que
me escreveu este brilhante texto não declarou se devessemos revelar
seu nome, chamamos ele então de “Maicom”
afim de evitar que ele seja abordado por algum “Danilo”
da vida, então, manteremos o autor sob sigilo...
Vou
atualizar e complementar algumas informações para enriquecer o
texto do Maicom...
Sobre Magliacano e o Taekwondo:
A maior evidencia
de “Finjutsu
à vista!”
começa quando o cara sai dizendo que é “mestre
em diversas artes marciais”;
falando indiretamente sobre qualquer arte marcial que julga ser
mestre sem dizer quais supostamente teria praticado. Se o cara não
“dá
o nome aos bois”,
pode ter certeza absoluta que é um forte indicio de charlatanismo.
Pois:
Update: conseguirmos os dados necessários para confirmar que Magliacano NUNCA foi praticante de Taekwondo. O Site oficial do Kukkiwon.org é a sede oficial na Coreia. |
- Se pelo mundo existem várias artes marciais, como uma pessoa pode dizer “mestre” em várias artes marciais? Alguém saberia dizer o número exato artes marciais existem no mundo?
- Leigos mal sabem dizer o nome de até cinco artes marciais, mesmo até as mais conhecidas. E não se espante quando mencionar o “MMA” na lista...
- Leva-se muito tempo para aprender artes marciais até se tornar mestre. Anos... Como essa pessoa pode se tornar mestre em várias artes marciais?
- Você pode treinar um estilo fluido como Kung Fu e outro estilo rigoroso como o Caratê simultaneamente, mas ao longo do tempo, a movimentação de uma arte marcial vai interferir na outra e vice versa. A menos que você treine por hobby ou criar uma nova arte marcial, não conseguirá utilizar 100% de um só estilo...
A estória do
Magliacano ter ido até a Coreia para se graduar em Taekwondo também
foi dito por um Pakuano no programa do Jovem
Nerd
(nossa vídeo-resposta) e é tudo mentira! O Sr. Isidro Rogélio
Giordano Magliacano – vulgo Papai
Noel de pijama;
nunca,
jamais,
sequer
praticou
Taekwondo enquanto viveu!!!
Quem me confirma isso é a Confederação Argentina de Taekwondo via
e-mail que ele
foi praticante de Sipalki, uma arte marcial coreana muito praticada
na Argentina, que por sinal, é a fonte das tais “maestrias”
do Pa Kua hermano. Inclusive o pessoal do Sipalki argentino também
colaborou um monte, como ex colegas de Magliacano...
Nenhuma dessas páginas apresenta a origem do Magliacano nem as "várias artes marciais" que dizem ele ter aprendido. #finjutsu |
Seria mais fácil provar se
Magliacano tem registro oficial em Taekwondo, acessando o portal do
Kukkiwon (quartel general da The World Taekwondo Federation), digitar
o nome, a nacionalidade e a data de nascimento completa de Magliacano
e teriamos o desfecho esperado. Só que temos um grave problema:
estamos falando do Pa Kua hermano e tudo que envolve o Pa Kua
hermano, ou é tudo muito indireto, ou é só dado infundado! As
raras biografias do Magliacano encontradas na web só dizem o
seguinte: Magliacano conheceu I Chan Ming, difundiu o Pa Kua hermano
e depois morreu, ponto final...
Ah,
e temos o
Taekwon-Do ITF,
o mais praticado na Argentina... assim, o mito do I Chang Min na
Coreia de 1976 seria facilmente desmentido, pois o Gen. Choi,
presidente da International Taekwon-Do Federation (ITF) teve sérias
rusgas com o governo sul coreano da época e transferiu a base da ITF
para Montreal de 1973 até 1985.
Sobre o Pa Kua Ritmo:
A
descrição do Pa Kua Ritmo no
site oficial da Liga Internacional de Pa Kua até 2013 era assim:
“Pa-Kua
Ritmo é baseada nas danças
rituais dos guerreiros chineses,
que após uma
batalha festejavam a suas vitórias com danças.
Para os dias de hoje, em vez de tambores, atabaques e flautas, usamos
diversos tipos de música para dar um ritmo mais agitado para as
aulas.
Nas aulas de Pa-Kua Ritmo os alunos perdem muitas calorias e ao mesmo tempo aprendem a se defender com uma descontraída e animada aula de defesa pessoal. Através da música as pessoas desenvolvem muitos benefícios, como, por exemplo, relaxamento, alongamento, flexibilidade, respiração e desenvolvimento do psicofísico, além de dar ritmo a sua vida.”
Este nítido texto revisionista histórico mega-forçado, já não está mais no novo site, depois de tanto virar chacota no bom e velho orkut. Se notarem bem, a nova atualização do site da Liga Internacional de Pa Kua parece ter sido escrita sob a orientação de algum advogado, e mesmo assim contém dados infundados de revisionismo histórico tão mentiroso quanto a descrição do Pa Kua Ritmo...
Por
incrível que pareça, os pakuanos tem um grupo interno preparado
para reformular as mentiras que eles mesmos inventam. Para isto,
basta o patinho mostrar para eles o texto (este por exemplo), os
caras vão tentar de qualquer maneira dizer que estamos dizendo
“mentiras
verdadeiramente mentirosas”...
ou seja, uma mentira que é verdade mas é mentira só que não...
afinal, eles são “chineses”...
“-
Mas da onde tiraram essa tal dança ritual guerreira, mestre Shinn?”
Certamente que foi da bunda de algum pakuano! Mas, existem as tribos
Maori que fazem o seu ritual Hakka, famoso pelas seleções nacionais
de Rúgbi como Nova Zelândia, Fiji e Samoa. Nada a ver com a China.
Sobre a arquearia chinesa:
O primeiro erro começa com "arqueria". Estamos no Brasil e não na Argentina, por isso, o correto é arqueAria!
O “Maicom” não teve tempo de saber aonde surgiu o tal arco milenar pakuano; felizmente, o “Maicom” não é a única pessoa que tenta denunciar esta rede-pirâmide de Mc Dojo. Outros ex praticantes sentem-se incomodados por terem enganado tantas pessoas com mentiras forçadas e coerção mas temem serem ameaçados pelos Pakuanos com falsos processos, falsos advogados, falsos apelos de autoridade, falso isso, falso aquilo, falso falsos... tudo falso, tudo errado... tudo Pa Kua hermano.
O “Maicom” não teve tempo de saber aonde surgiu o tal arco milenar pakuano; felizmente, o “Maicom” não é a única pessoa que tenta denunciar esta rede-pirâmide de Mc Dojo. Outros ex praticantes sentem-se incomodados por terem enganado tantas pessoas com mentiras forçadas e coerção mas temem serem ameaçados pelos Pakuanos com falsos processos, falsos advogados, falsos apelos de autoridade, falso isso, falso aquilo, falso falsos... tudo falso, tudo errado... tudo Pa Kua hermano.
Pior do que aquela descrição
anterior sobre o Pa Kua Ritmo, os pakuanos precisavam colocar sua
veia revisionista em algum lugar, aí sobrou para o arco milenar
pakuano, só que não...
página do site com o texto de revisionismo histórico. |
“Após
anos de investigação,
preparação, prática e treinamento,
a Liga Internacional de Pa Kua inicia o ensino de cursos de Arqueria
Chinesa, revivendo
técnicas milenares de tiro dentro do conhecimento Pa Kua.
A
liga Internacional de Pa Kua cumpre desta forma um papel histórico
ao reviver este conhecimento,
passando
a ser a única Escola em manter vivas as mais tradicionais técnicas
de tiro com arco chinês
e difundi-las na América Latina.”
Isto
também deve ter saído da bunda de algum pakuano, provavelmente do
mesmo cara... se
o texto sobre o Pa Kua ritmo era risível de tão mentiroso, por
outro lado, o texto atual sobre a tal “arqueria”
chinesa reforça mais ainda o motivo de chamarmos seus alunos de
“patinhos”.
Pensa
bem: você treina arco chinês baseados em “investigação”,
“preparação”,
“prática”
e “treinamento”,
considerado como “autêntico”
pela única escola de pseudo arte marcial chinesa criada na
Argentina; uma pseudo escola chinesa com armas japonesas, que vende
faixa preta à rodo através de um sistema corruptor de pirâmide;
criado há 38 anos por um homem já falecido que alegava ter ido a
Coreia do Sul, receber um título de uma arte marcial que nunca
praticou, e acabou treinando Pa Kua com um suposto refugiado chinês
depois pagar uma fortuna! Não é demais?
Ainda no tempo do falecido
Orkut, ex praticantes já haviam comentado a mesma história de
Magliacano, só que ao invés dele vender seus pertences, Giordano
teria usado parte de uma suposta herança do falecido pai. A cada
conto, aumenta-se um ponto.
Outra
prova incontestável de que é tudo balela do Giordano, é o
certificado de transmissão de conhecimento “assinado”
pelo I Chan Ming; é o único certificado de 1976, traduzido do
espanhol para o chinês, num tempo em que ainda existia a arvore que
virou caderno de rascunho do Alta Vista Babelfish...
Quanto
a verdadeira origem do arco chinês pakuano, este aconteceu quando um
pakuano chamado Bruno Kotvisky foi para a Itália divulgar a bagaça
na Europa, lá entrou para uma escola de arquearia e depois mostrou
ao presidente pakuano no Brasil, Fernando Sandri (também conhecido
como “Danilo
– o advogado sem OAB”)
e depois foi para a Hungria treinar outro estilo de arco. Foi o
Sandri quem teve a ideia de inserir o tal “arco
chinês”
dentro da esfera manipuladora do Pa Kua.
Em
defesa da verdade, e pelo prazer em contestar os pakuanos: a
verdadeira e única entidade que mantem
viva as técnicas de tiro com arco chinês desde 1720,
é a marcenaria Ju Yuan Hao, situada em Pequim, República Popular da
China. É a única e incontestável fabricante de arcos chineses
ativa até hoje que possui certificados de reconhecimento
internacional, mantida pelo Sr. Yang Fu Xi considerado a maior
autoridade sobre arcos chineses no mundo inteiro. Site oficial em
inglês: www.juyuanhao.org
Outra
maneira de contestar os pakuanos sobre arcos chineses, está no
Wikipedia em inglês, onde encontra-se a mesma citação da loja
chinesa. Não se surpreendam se alguém do Pa Kua tentar alterar o
texto como já fizeram antes. O único papel histórico que a Liga
Internacional de Pa Kua cumpre é o do maior conto-do-vigário!
Sobre o uso de propagandas abusivas e neologias:
Seguidamente
recebo uma quantidade absurda de propagandas abusivas criada pelo Pa
Kua, algumas com erros como Kanjis espelhados, outras com frases de
impacto que beira a desonestidade intelectual, em termo de arte
marcial os pakuanos são bons publicitários. E eles abusam da
lógica, inserindo neologias ou algum revisionismo histórico, como
quem dá uma desculpa para justificar o injustificável.
É óbvio que trata-se de um
“produto”, algo que precisa ser vendido a qualquer custo e para
isso eles tentam convencer seus patinhos fiéis descobrirem a
necessidade de investir dinheiro num curso inútil como defesa
pessoal, uso de objetos caseiros como armas – copiando o sistema
SOTAI; defesa contra facas. Óbvio que não são eficazes, e eles
sabem bem disso! Se você acha um desaforo assistir um ingênuo dar
todo o seu dinheiro em troca de um trapo sujo porque disseram a ele
que pertenceu a Jesus Cristo; no Pa Kua, é exatamente IGUAL, só que
com o provável desfecho do patinho parar na U.T.I..
O
Maicom
conseguiu juntar a última peça do quebra cabeça sobre um trecho
pertinente encontrado no estatuto de 2009 da Liga Internacional de Pa
Kua, onde menciona sobre o exercício de medicina chinesa. O CRM já
manifestou que trata-se de ato criminoso de exercício ilegal...
mesmo que numa acusação formal eles simplesmente negam tudo... é
uma escola de sociopatas...
EPIC FAIL: dizem saber de tudo sobre a China e nem deram conta que os Hanzis estão espelhados. |
Basta
ver que eles inventam nomes para suas modalidades como forma de
dissociação cognitiva, a exemplo de “cosmodinâmica”
no
lugar de Tai Chi Chuan; a infame Yôga chinesa, eles mudaram para
“sintonia”;
e a acupuntura alteraram para “vias
de energia”.
O mais recente é “calistênia”
só que usando espadas de madeira.
São
palavras bonitas e rebuscadas, mas, que nada tem a ver com a coisa,
senão meios de evitar confronto com estilos originais. Mas se parar
para pensar, eles se apropriaram do nome Pa Kua Chang tentando
justificar de qualquer maneira
como se fosse um estilo mais antigo que o original... Por outro lado,
é a dura constatação de que se você não pesquisar direito, não
se informar corretamente e não procurar por fontes neutras... o Pa
Kua é o que te aguarda...
A denuncia é um dever cívico.
Denuncie!
homenagem feito pelo pessoal do NO AL PAKUA que ano passado nos autorizou traduzir uma bomba no colo dos pakuanos. |