quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A audácia dos hipócritas.

Traduzo-lhes este texto escrito por Fernando Martin Sandri, o sofista que coordena a Liga Internacional de Pa-Kua no Brasil. E prestem bem a atenção na tentativa insana deste filosofo de boteco, tentando atacar qualquer critico de seu finjutsu milenar pakuano.

texto privado de Sandri para seus patinhos


“A segunda revolução dos covardes”

Dizem por aí que “depois que inventaram a pólvora, acabaram-se os valentões”; mas na verdade os valentes nunca deixaram de existir, mesmo assim é uma verdade incontestável que logo que a humanidade começou a usar armas de fogo, os covardes deram um passo a frente.

R: Confucio disse uma vez que se corrigirmos um sábio ganhamos um amigo, e se corrigirmos um ignorante iniciaremos uma guerra; evidentemente que não foram com todas essas palavras, mas a síntese é clara e evidente que se ao desbancarmos um charlatão, ele tentará diversas formas de abafar suas falácias com outras falácias.

Neste importante momento da história, é o que eu chamo da grande revolução dos covardes, pois, a partir disto qualquer covarde mal intencionado poderia enfrentar um valente a muitos metros de distancia, inclusive pelas costas.

R: a propósito Señor Sandri, já que mencionaste: “covarde mal intencionado enfrentar um valente” o seu texto está num perfil PRIVADO do Facebook e originalmente em espanhol. Por que o senhor não escreveu isso abertamente em dois idiomas?! Medo de que seus críticos vejam?! 
Sandri anunciando que sua empresa PRIVADA agora se tornou
uma "Entidade sem fins lucrativos". Um vereador mal informado
caiu como um patinho nessa presepada e eles terão vantagens de
arrecadar grana sem pagar nada.

De alguma forma, a pólvora tornou para igual desde os bravos aos repugnantes, já que o tamanho da arma é mais importante do que sua hombridade e nobreza. Atualmente vivemos uma nova revolução dos covardes, o grande Ying desta maravilha moderna chamada “Internet”.

R: de certa forma, a falta de leis para impedirmos picaretas marciais de explorar leigos, tem permitido que PARASITAS como o SENHOR existam no mercado! Mas, quem é você para falar sobre hombridade e nobreza mesmo?! O senhor vive ganhando dinheiro as custas de enganação, mentiras e hipocrisia a exemplo desse texto ardiloso.

Atualmente o cyberespaço tornou-se uma especie de “faroeste” sem lei, onde os “frangos” se escondem para disparar ataques há muitos metros, sem qualquer distancia, em qualquer lugar, escondidos atrás de um teclado.


R: Sandri tentou entrar na justiça contra nós alegando “crimes na internet” usou nossos textos sob a desculpa de que estamos "caluniando e difamando" só que isso ele não evidencia, só sabe se fazer de vítima! O que fazemos aqui são questionamentos, argumentos desmentindo tudo que os pakuanos divulgam de errado na internet, movimentos inúteis, falso mestre chinês, deturpações da cultura chinesa, etc... então, como não pode acusar-nos com provas, ele culpa a mesma Internet onde ele e seus patinhos fieis, promovem suas propagandas enganosas e seus vídeos ridículos. E por falar em “frango”, o Fernando Sandri é o pai de todos eles...

O que eu acho disso tudo??
Hoje a nossa escola cresce e se fortalece graças aos benefícios da internet. Somos mais unidos que nunca através de mensagens, informações, fotos e vídeos. Mas pelas relações interpessoais devemos ganhar o nosso espaço, a força de nossa voz depende de atenção e da importância que os outros vão nos dar.

R: A “força da voz” de um pakuano para quem conhece arte marcial de verdade, soa mais para um relincho de um asno... se antes a internet era uma “terra sem-lei” agora é a mesma que lhe beneficia. Sandri deve estar desesperado com as denuncias que seu finjutsu vem recebendo, que nem se deu conta do que escreveu, alias, eu já falei que o texto dele é PRIVADO? Todas as mensagens, informações, fotos e vídeos promovidos pelos pakuanos hermanitos, são tão fora da realidade quanto o livro que ele escreveu junto com o seu comparsa que mora em Miami...

Já na Internet, uma palavra escrita é igual a outra e é muito mais difícil perceber de onde veio, se escreve um sábio ou um ignorante, um valente ou um covarde. Na internet bastam as mentiras mais vis ganharem certa “possibilidade de ser verdade”, porque instintivamente aprendemos com o passado, com os livros, que o que está escrito é a verdade. A Internet é para mim a segunda Revolução dos Covardes porque eles quase conseguem nivelar a voz de um difamador com a de um mestre.

R: Dizer que “as mentiras mais vis ganharem certa possibilidade de ser verdade” soa como eufemismo! Até hoje, é visível ler os factoides e informações plantadas pelos pakuanos, como fez seu aluno Sérgio Murilo de Souza com seu revisionismo histórico; alegando que seu Pa-Kua para patinhos possui uma linhagem secreta mais antiga do que o verdadeiro Pa-Kua de Dong Hai Chuan. A “Revolução dos Covardes” é a personificação do manifesto de Fernando Sandri, que além de picareta e covarde, é um hipócrita.

Digo “quase” porque nem sequer escondido na internet um covarde consegue parecer valente, nem verdadeiro, nem honroso, então o que escreve no pode fazer o dano que deseja, pois o que não nos mata, nos fortalece.

  • Fernando Martin Sandri, Mestre de Pa-Kua.

R: Muito interessante a definição de “covarde” na visão de Sandri. Um homem que fala em honra, mas que explora seus alunos num claro esquema de pirâmide. Que se queixa do anonimato de quem o acusa na Internet, e ordena ataques com telefonema anônimo, manda cartas de ameaças bancando o advogado para coagir e ameaçar com processos ridículos se fazendo de vítima... mentir para autoridades também devem fazer parte da “honra milenar pakuana”, pois até em denuncia pro MP, este FRANGO teve a audácia de usar o nome de terceiros sem pedir licença para cometer um crime de falso testemunho.
        Fernando Sandri... honra e coragem é aquilo que VOCÊ NÃO TEM!! Depois de ler que o I Chang Ming tinha um MONGE JESUITA como CUNHADO, eu não duvido de mais nada vindo de você... felizmente o povo está abrindo os olhos enquanto você está apelando para o desespero cínico e vitimista...
Pirâmide financeira? Isso é crime!

Resumindo: O texto escrito por Fernando Sandri é o D.N.A. da hipocrisia pakuana, pois, é muito fácil escrever um texto voltado somente para seus patinhos do que responder abertamente a quem os critica. Então, quem é ele para chamar alguém de “covarde”?
Todos vocês que vem acompanhando o blog e a página do Facebook, cada vez mais tem percebido que esses patifes não tem limites para mentir e enganar, por isso que a maior parte da página tem sido dirigidos aos “Pá Quack”. Pois os caras não se envergonham em ser picaretas...

Antes de chamar alguém de "covarde" na internet,
vê se aprende a fazer um Kin Lai direito, seu ignorante!

É graças a Internet que o Pa-Kua hermano de Sandri vem sendo desmascarado e seus ex alunos são agradecidos por termos aberto seus olhos. Enquanto não há uma lei que permita por na cadeia esse Mespone da Farsa Preta, só nos resta denunciar essa cambada de incapazes, portanto Senhor Sandri, o choro é livre...

terça-feira, 15 de julho de 2014

Os oito pontos negativos sobre o Pa Kua Hermano.

E novamente recebemos mais uma denuncia de um ex praticante de Pa Kua hermano. Lamentamos pelo seu tempo perdido por falsas expectativas de aprender uma arte marcial... O texto escrito por “Maicom”, aborda as contradições, mentiras e revela as tramóias dos pakuanos em faturar alto encima de seus patinhos...


Fraude marcial: a verdade sobre o Pa Kua Argentino.
A chamada Liga Internacional de Pa-Kua é uma das mais bem sistematizadas fraudes montadas no âmbito da difusão e comercialização de conhecimentos marciais. Trata-se de um grande sistema de franquia, marcado por consagradas técnicas de manipulação psicológica de seus membros, que são forçados a fazer parte de um esquema espúrio de publicidade, sob os mesmos moldes do famigerado "marketing multinível", tais como os utilizados em empresas como TELEX FREE e HERBALIFE... mas, com que autoridade afirmo tudo isso? Com a autoridade de um amante sério de artes marciais, que passou cinco anos treinando, sob a manipulação destes senhores, chegando até a faixa vermelha (a última antes da preta).
Vou falar da minha experiência como alguém que quase chegou à faixa preta (sem fazer uso dos chamados "acelerados"), tendo acesso a várias conversas de bastidores. Saí, definitivamente, da escola em 2008. Entenda como a Liga de Pa-Kua manipula os sonhos de excelência marcial dos alunos e lucra muito com isso.
Vamos topificar os pontos essenciais:
1 – O MITO DO FUNDADOR – Aos alunos mais graduados, dá-se o acesso ao mito de fundação da escola. Trata-se de algo fundamental para conferir credibilidade e legitimidade ao trabalho da escola. Conta-se que o argentino Isidro Rogelio Giordano Magliacano, já “mestre em diversas artes marciais”, foi até a Coreia do Sul receber uma altíssima graduação em Taekwondo (ler notas do blog no final do texto.), nos idos dos anos 1976. Lá, seu motorista e intérprete comentou que estava namorando uma garota cujo pai era um velhinho chinês (exilado devido a Revolução Cultural) e que contava as mais incríveis histórias sobre artes marciais e filosofia oriental dizendo-se "invencível".
Diploma do Magliacano: Prova incontestável
de fraude. Antes os pakuanos exibiam como um
troféu como "prova" até traduzirem a bagaça.
Hoje negam de pés juntos...

Magliacano pediu para conhecê-lo. Ao chegar lá, o tal velhinho desafiou Giordano a acertar um golpe nele que estaria de mãos amarradas. O “graduado mestre Magliacano” topou achando que seria uma tarefa simples... contudo, foi surpreendido por uma fluidez e precisão de movimentos jamais visto antes. Ao final da “demonstração”, Magliacano implorou para que o mestre o ensinasse aquilo.
O velhinho chinês, de nome I Chan Ming, disse que ensinaria tudo mas que ele deveria pagar uma quantia de DEZ MIL DÓLARES. Rogelio retorna a Argentina, vende alguns de seus bens, levanta o dinheiro e retorna a Coreia, onde passa algum tempo aprendendo todos os "segredos" milenares do mestre I Chan Ming. No seu retorno a Argentina, agora como "mestre depositário", inicia sua missão de difundir essa “sabedoria” ao mundo. Que história, hein? Típica de um roteiro trash de filmes de artes marciais.
Nela temos dois objetivos claros:
1 – Promover uma suposta legitimação de origem para o conhecimento ensinado implicada no mistério por trás do tal mestre chinês.
2 – Deixar bem claro o seguinte: o tal conhecimento custa caro e você deve pagar por ele...
02) EXPLORAÇÃO DE TRABALHO GRATUITO – Existem três níveis de instrutores: os de faixa cinza, os de faixa azul e os de faixa vermelha. Como o objetivo da escola é de expansão em massa; os alunos que chegam a qualquer uma dessas faixas são cooptados a dar aulas sem receber nada em troca.
Um colega meu que começou a treinar comigo, passou a tomar conta sozinho de uma academia inteira ministrando aulas todas as noites enquanto o mestre responsável procurava abrir outras sedes. Os mestres alegam que dar aula desde cedo é fundamental, mesmo que o aluno não esteja tecnicamente pronto; o que é o caso de 95% de todos os instrutores de Pa Kua...
Meu colega e eu reconhecemos que ao chegar ao nível de instrutores, não tínhamos condições de encarar sequer um faixa branca de karatê ou de qualquer outra arte marcial séria. Infelizmente, devo dizer hoje que meus cinco anos de treinamento não me serviram em nada; seja em termos de autodefesa ou de conhecimento marcial.
Quanto ao aspecto financeiro, existe sim, um esquema de pirâmide. Os mestres são estimulados a formar instrutores o mais rápido possível, para que logo comecem a dar aula de modo que possam receber sem trabalhar. Além disso, quando os instrutores se tornam faixa preta, aí sim, ganham o direito de remuneração... contudo, uma porcentagem do pagamento de cada aluno deve ser repassada ao seu mestre e assim por diante...
03) PERIGOSA DIFUSÃO DE PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS – Existem cursos de todos os tipos, como uma espécie de "fast-food" oriental. O mais pernicioso deles é o chamado "vias de energia", que ensina os princípios da medicina tradicional chinesa em 4 módulos. Ao fim do curso, o aluno estaria apto a trabalhar com terapias tradicionais ministrando inclusive, acupuntura...
Eu cursei o primeiro módulo com mestres locais e os três últimos numa famigerada "itinerância" de um mestre argentino bastante graduado. No primeiro nível – basicamente introdutório; as aulas foram fiéis ao livro "acupuntura: teoria y practica" do médico argentino David Sussmann... os outros três, foram ministrados pelo tal mestre de fora enquanto o mesmo se desdobrava em ensinar ao mesmo tempo, vários outros cursos.
Ao contrário do primeiro módulo, os níveis 2, 3 e 4 foram ensinados em um dia cada, já que a visita do mestre de fora dura apenas alguns dias... em suma: o curso é pura palhaçada! Tudo é ensinado nas coxas, de forma rápida, banal e superficial; sem parte prática ou qualquer orientação adequada!
Ao fim do curso, foi-me oferecido um certificado extra de alguma escola técnica no sudeste do país. Fui convencido a pagar mais R$ 1.200,00 (mil e duzentos Reais) para obter o tal certificado de ensino em “nível técnico”.
O tal certificado que recebi, me conferia a carga horária total de 1.120 (mil cento e vinte) horas por aula, sem ter SEQUER assistido a MAIS DE QUATRO HORAS por aula... os alunos são encorajados a se sentirem como verdadeiros acupunturistas sem – no entanto; ter algum preparo para exercer esta séria modalidade terapêutica. Algo extremamente perigoso que pode causar sérias sequelas!
Os mestres alegam "supervisionar" a atuação dos alunos, pelo contrário: os mestres convencem os alunos novatos a se submeterem em sessões ministradas por estes alunos recém-formados em “vias de energia”!
Como aconteceu comigo em 2004, quando meu mestre percebeu que eu vinha tossindo há algum tempo nos treinos e me ele recomendou fechar um pacote de dez sessões com um de seus alunos de “vias de energia”. Fechei o pacote, paguei R$350,00 (trezentos e cinquenta Reais) e fiz apenas duas sessões... o mais curioso é que o tal “terapeuta pakuano”, posteriormente, mudou-se para abrir uma academia em outro estado; antes perder R$280,00 (Duzentos e oitenta Reais), do que me arriscar nas mãos de um acupunturista meia-boca...
04) INVENÇÃO BARATA DE NOVAS MODALIDADES – Eu já estava prestes a sair do Pa-kua, quando ouvi falar de um mestre argentino que viria a cidade difundir o chamado "Pa-Kua Ritmo"... a princípio, achei que fosse só brincadeira. Mas não era... e lá estava uma turma de pouco mais de 30 pessoas na aula demonstrativa, praticando uma cópia barata de TAE-BO, ao som de uma agitada "dance music".
Quando perguntei ao meu mestre o que aquilo tinha a ver com a tradição que eles tanto buscavam defender e preservar, foi-me dada uma resposta absurda, que subestimou minha inteligência de forma quase que muito ofensiva: 
No SOTAI você aprende a improvisar armas para
situações reais de auto defesa, no Pa Kua, é só
uma forma da orientadora ganhar dinheiro

 
"Não! Esse curso é muito sério! Nosso mestre Magliacano pesquisou durante anos as danças rituais que os guerreiros chineses praticavam após as vitórias. Tem toda uma pesquisa histórica muito séria e fundamentada para compilar o Pa-Kua Ritmo".
Bom, não vou nem comentar a estupidez desta resposta. Mas era assim que eles começaram a promover o Pa-Kua ritmo. Depois vieram a "yoga chinesa", cópia barata do hata-ioga tradicional reproduzindo os ássanas (posturas) básicos; o Pa-Kua acrobacia, reprodução chinfrim do acro-yoga que começava a fazer sucesso nos idos de 2003 nos Estados Unidos; a última de que ouvi falar foi o Pa-Kua “Arqueria”.
Um outro curso que os instrutores também eram muito incentivados (no sentido de lavagem cerebral) a fazer, era o chamado curso de “perfil”: uma espécie de metodologia de entrevista e exame psicológico que promovia o autoconhecimento (nota do blog: o Kassano Pato comentou sobre isto no post “pânico e terror nos documentos pakuanos”).
05) CURSOS ACELERADOS – Um dos aspectos mais polêmicos do Pa-Kua, sempre foi a questão dos chamados cursos acelerados. A idéia é simples: convença um aluno de que ele pode tornar-se um "samurai" em 6 meses (ou menos) e venda esse sonho a ele. E venda bem CARO!
Resumindo: você pode comprar sua faixa preta! E este “mérito” reside na sua capacidade financeira... dependendo do seu orçamento, você pode passar da faixa branca à preta em pouquissimos meses...
Quando os acelerados começaram, houve uma certa polêmica entre os alunos – já que muitos alunos gostariam de estudar meritoriamente durante os 4 ou 5 anos necessários para se chegar à faixa preta. E eu era um deles...


Pa Kua buscando empresas...
Faixa preta fácil. Bom negócio!
Nunca cursei sequer um “acelerado”! Fui o único faixa vermelha da cidade que conquistou todas as graduações; enquanto que os outros faixas pretas – em geral; já haviam pulado vários níveis para atingir o grau de “mestre”.
Numa das famigeradas itinerâncias de um mestre vindo dos Estados Unidos, foi-nos "oferecida" essa "grande oportunidade" – eu e mais dois amigos éramos faixas cinza; foi quando dois dos mestres locais nos chamaram para uma conversa em tom solene devido a nosso "talento" e "potencial"; havíamos sido escolhidos para um “curso” acelerado “especial” com o tal mestre americano direto para a faixa preta. Detalhe: éramos tecnicamente péssimos e sabíamos disso!
Contudo, um dos nossos colegas topou e pediu um empréstimo ao pai; passou os quatro ou cinco dias de treino com o mestre itinerante, recebeu a faixa preta e algum tempo depois abandonou o Pa-Kua totalmente desiludido. Ele tinha uma faixa preta, mas não tinha coragem de usá-la... sentia-se enganado e ofendido pela oferta que incluía – após a ida do mestre itinerante; uma série de aulas de "desfragmentação": o itinerante deixaria um pacote mais denso de conhecimentos que os mestres locais teriam como obrigação, trabalhar com o aluno acelerado nos meses seguintes...
Como sempre, tratava-se de mais um dos golpes da itinerância; uma estratégia de pilhágem, como veremos a seguir...
Para um praticante sério de arte marcial, pode parecer um absurdo que um aluno caia numa armadilha dessas... mas deve-se considerar toda a pressão psicológica de influência (coerção) e manipulação orquestrada pelos tais “mestres”. Quando você é abordado pelo seu “mestre” – uma pessoa que você aprendeu a admirar, alguém em quem você confia... enquanto ele – em todas as aulas; menciona a legitimidade dos acelerados, infla o ego dos alunos repetindo a todo instante como quase que um mantra, que a escola de Pa-Kua ensina a arte marcial “mais a completa que existe”... nestas condições é muito fácil ser manipulado...
Cabe lembrar que a questão dos “acelerados” foi um dos motivos que levou a escola de Pa-Kua a um "racha". Uma grande divisão entre os mestres mais graduados...
Após a morte do mestre fundador, um dos mestres mais graduados, o argentino Enrique Blanco decidiu deixar o Pa-Kua e abrir sua própria escola: La Escula de Artes y Ciencias del Cambio – que no Brasil ficou conhecida como Escola da Mutação.
Trata-se de uma transposição do Pa-Kua ensinando todas as modalidades da mesma forma, menos as mais recentemente inventadas tais como: acrobacia, pakua ritmo, arco e flecha, etc... Nesta escola – pelo que sei; não se fazem cursos acelerados... encontrei anos depois no facebook, um dos mestres locais de Pa-Kua que havia deixado a escola. Numa conversa, ele que era um sujeito tecnicamente competente, me confessou que sentia vergonha de ter que vender a ilusão do acelerado aos alunos; mas revelou que eles eram cobrados e pressionados pelos mestres superiores a oferecer esse produto que servia para remunerar gordamente a escola e aumentar o número de academias, já que a pressão para dar aulas era grande e a de abrir uma academia após a faixa preta era maior ainda...
Tudo com os devidos repasses e comissões de porcentagem aos mestres de sua "linhagem". Lembro-me bem entre 2004 e 2005, de um site argentino sobre Pa-Kua "recrutando" mestres de outras artes marciais a conhecer o curso acelerado para faixa preta, autorizando o novo "mestre" a abrir sua própria academia e ter excelentes oportunidades de ganho. Não foram poucos os enganados com os “cursos acelerados”...
06) MESTRES ITINERANTES – Este item para mim é o mais REPUGNANTE de todo o sistema Pa-Kua de fraude marcial. Trata-se – como já adiantei; de um sistema de PILHAGEM!
Um mestre de outro estado ou país visita a escola oferecendo dezenas de cursos avaliações, acelerados, etc... O sonho de qualquer mestre de Pa-Kua é conseguir autorização para ministrar itinerâncias, pois, os ganhos financeiros são altíssimos.
"V°" Existe isso? Só no Pa Kua
Em 2004, numa dessas itinerâncias do mestre americano, um mestre local me revelou que ele havia arrecadado numa única visita o equivalente a US$10.000,00 (Dez mil dólares)! Por isso, os mestres locais têm que fazer toda esta propaganda antecipada, falando sobre a "grande e exclusiva oportunidade" de fazer um curso (desde massagem a bastões curtos, passando por perfil e acrobacia) com o itinerante.
Desta forma, os alunos iludidos pelo sistema acabam por matricular-se para ter aulas com o tal do itinerante. Eu mesmo aceitei a fazer cursos de "vias de energia", "bastão longo" e "bastões curtos" com alguns dos itinerantes que vieram à minha cidade.
É TUDO FRAUDE! Você paga uma gorda quantia para ter alguns breves encontros com o tal do mestre. No meu curso de vias de energia, o itinerante dividia a atenção dele com vários alunos ensinando vários cursos ao mesmo tempo, pois o lucro é o objetivo principal: "el tiempo es dinero, amigo"!
A propaganda dos acelerados cresce muito às vésperas da visita do itinerante, pois trata-se do produto mais lucrativo da escola.
07) SINCRETISMO FILOSÓFICO-MARCIAL BARATO E CONTRADITÓRIO – Como já mencionei no mito do fundador da escola de Pa-Kua, os alunos estão tendo acesso a uma fonte de “sabedoria que passou anos escondida na cabeça de um grande mestre chinês exilado na Coreia do Sul”.
Contudo, trata-se de uma mistura de técnicas e conceitos de várias fontes orientais, mescladas sem fundamentação para sugerir um ar de profundidade oriental forçado: falam de I-Ching, usam armas e roupas japonesas, emulam toscamente o yoga indiano, enfim: um grande fast-food cultural new age pseudo-orientalista... Fazem de tudo para incrementar a publicidade:
  • somos uma filosofia".
  • estudamos as mutações na vida humana sob a forma de várias disciplinas”,
  • temos um sistema marcial definitivo"...
Enfim, se você estudou um pouco de sabedoria oriental, já dá pra sacar que é uma fraude...
08) PA-KUA É UM SISTEMA DE LUCRO PAUTADO SOB FORTE MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA DE ALUNOS – O objetivo dos mestres é formar a maior quantidade de alunos; de preferência cooptando o maior número possível de estudantes para se submeterem a acelerados e cursos diversos.
Essa cota de "produtividade" conta pontos para aumento da graduação do mestre, o que implica aumento na participação dos lucros da escola e nas porcentagens finais, o que por sua vez, aumenta as chances de um mestre se habilitar para fazer itinerâncias e ganhar mais dinheiro. É claro que há pessoas de boa fé envolvidas, mas o sistema funciona assim.
A atmosfera psicológica para aumentar o moral dos alunos é regra! Inclusive, é comum tratar as outras marciais com desdém... eu me lembro bem de um mestre que no auge de sua empolgação gritou numa aula: "- Garanto que qualquer faixa branca de Pa-Kua, pode dar uma surra num mestre de Caratê!". Tive vontade de rir na hora, mas fiquei quieto...
Lembro que o meu amigo que dava aulas de graça como instrutor, foi abordado uma vez por um aluno de Jiu Jitsu que foi visitar a academia e propôs um "sparring" com ele; ciente de suas deficiências técnicas é óbvio que meu colega não topou...
CONCLUSÃO:
Estes foram os oito pontos que decidi abordar. Faz tempo que quero desabafar e escrever sobre essas coisas, de modo que quando encontrei este incrível blog, tive certeza de que era a hora certa...
Sinto dizer que investi tantos anos da minha vida numa arte marcial de mentira. Saí de lá quase faixa preta, mas confesso que meu conhecimento de autodefesa é pífio! Entrei tecnicamente mal e saí anos depois não muito melhor do que quando comecei... em qualquer arte marcial séria, eu teria sido muito bem orientado com certeza... se você não acredita em mim, segue a foto das minhas faixas (só faltou a verde).
Outra coisa: NÃO DISCUTAM COM ALUNOS E MESTRES DE PAKUA! Eles são altamente treinados para contra-argumentar e defender a Escola a qualquer custo: lavagem cerebral altamente bem executada.
É isso, amigos, não caiam nessa. Abraços!
Escrito por Maicom.
Adendos do Mestre Shinn:
Como a pessoa que me escreveu este brilhante texto não declarou se devessemos revelar seu nome, chamamos ele então de “Maicom” afim de evitar que ele seja abordado por algum “Danilo” da vida, então, manteremos o autor sob sigilo...
Vou atualizar e complementar algumas informações para enriquecer o texto do Maicom...
Sobre Magliacano e o Taekwondo:
A maior evidencia de “Finjutsu à vista!” começa quando o cara sai dizendo que é “mestre em diversas artes marciais”; falando indiretamente sobre qualquer arte marcial que julga ser mestre sem dizer quais supostamente teria praticado. Se o cara não “dá o nome aos bois”, pode ter certeza absoluta que é um forte indicio de charlatanismo. Pois:
Update: conseguirmos os dados necessários para confirmar
que Magliacano NUNCA foi praticante de Taekwondo.
O Site oficial do Kukkiwon.org é a sede oficial na Coreia.

  1. Se pelo mundo existem várias artes marciais, como uma pessoa pode dizer “mestre” em várias artes marciais? Alguém saberia dizer o número exato artes marciais existem no mundo?
  2. Leigos mal sabem dizer o nome de até cinco artes marciais, mesmo até as mais conhecidas. E não se espante quando mencionar o “MMA” na lista...
  3. Leva-se muito tempo para aprender artes marciais até se tornar mestre. Anos... Como essa pessoa pode se tornar mestre em várias artes marciais?
  4. Você pode treinar um estilo fluido como Kung Fu e outro estilo rigoroso como o Caratê simultaneamente, mas ao longo do tempo, a movimentação de uma arte marcial vai interferir na outra e vice versa. A menos que você treine por hobby ou criar uma nova arte marcial, não conseguirá utilizar 100% de um só estilo...
A estória do Magliacano ter ido até a Coreia para se graduar em Taekwondo também foi dito por um Pakuano no programa do Jovem Nerd (nossa vídeo-resposta) e é tudo mentira! O Sr. Isidro Rogélio Giordano Magliacano – vulgo Papai Noel de pijama; nunca, jamais, sequer praticou Taekwondo enquanto viveu!!! Quem me confirma isso é a Confederação Argentina de Taekwondo via e-mail que ele foi praticante de Sipalki, uma arte marcial coreana muito praticada na Argentina, que por sinal, é a fonte das tais “maestrias” do Pa Kua hermano. Inclusive o pessoal do Sipalki argentino também colaborou um monte, como ex colegas de Magliacano...
Nenhuma dessas páginas apresenta a origem do
Magliacano nem as "várias artes marciais"
que dizem ele ter aprendido. #finjutsu
Seria mais fácil provar se Magliacano tem registro oficial em Taekwondo, acessando o portal do Kukkiwon (quartel general da The World Taekwondo Federation), digitar o nome, a nacionalidade e a data de nascimento completa de Magliacano e teriamos o desfecho esperado. Só que temos um grave problema: estamos falando do Pa Kua hermano e tudo que envolve o Pa Kua hermano, ou é tudo muito indireto, ou é só dado infundado! As raras biografias do Magliacano encontradas na web só dizem o seguinte: Magliacano conheceu I Chan Ming, difundiu o Pa Kua hermano e depois morreu, ponto final...
Ah, e temos o Taekwon-Do ITF, o mais praticado na Argentina... assim, o mito do I Chang Min na Coreia de 1976 seria facilmente desmentido, pois o Gen. Choi, presidente da International Taekwon-Do Federation (ITF) teve sérias rusgas com o governo sul coreano da época e transferiu a base da ITF para Montreal de 1973 até 1985.
Sobre o Pa Kua Ritmo:
A descrição do Pa Kua Ritmo no site oficial da Liga Internacional de Pa Kua até 2013 era assim:
“Pa-Kua Ritmo é baseada nas danças rituais dos guerreiros chineses, que após uma batalha festejavam a suas vitórias com danças. Para os dias de hoje, em vez de tambores, atabaques e flautas, usamos diversos tipos de música para dar um ritmo mais agitado para as aulas.

Nas aulas de Pa-Kua Ritmo os alunos perdem muitas calorias e ao mesmo tempo aprendem a se defender com uma descontraída e animada aula de defesa pessoal. Através da música as pessoas desenvolvem muitos benefícios, como, por exemplo, relaxamento, alongamento, flexibilidade, respiração e desenvolvimento do psicofísico, além de dar ritmo a sua vida.”

Este nítido texto revisionista histórico mega-forçado, já não está mais no novo site, depois de tanto virar chacota no bom e velho orkut. Se notarem bem, a nova atualização do site da Liga Internacional de Pa Kua parece ter sido escrita sob a orientação de algum advogado, e mesmo assim contém dados infundados de revisionismo histórico tão mentiroso quanto a descrição do Pa Kua Ritmo...
Por incrível que pareça, os pakuanos tem um grupo interno preparado para reformular as mentiras que eles mesmos inventam. Para isto, basta o patinho mostrar para eles o texto (este por exemplo), os caras vão tentar de qualquer maneira dizer que estamos dizendo “mentiras verdadeiramente mentirosas”... ou seja, uma mentira que é verdade mas é mentira só que não... afinal, eles são “chineses”...

“- Mas da onde tiraram essa tal dança ritual guerreira, mestre Shinn?” Certamente que foi da bunda de algum pakuano! Mas, existem as tribos Maori que fazem o seu ritual Hakka, famoso pelas seleções nacionais de Rúgbi como Nova Zelândia, Fiji e Samoa. Nada a ver com a China.

Sobre a arquearia chinesa:
O primeiro erro começa com "arqueria". Estamos no Brasil e não na Argentina, por isso, o correto é arqueAria! 

O “Maicom” não teve tempo de saber aonde surgiu o tal arco milenar pakuano; felizmente, o “Maicom” não é a única pessoa que tenta denunciar esta rede-pirâmide de Mc Dojo. Outros ex praticantes sentem-se incomodados por terem enganado tantas pessoas com mentiras forçadas e coerção mas temem serem ameaçados pelos Pakuanos com falsos processos, falsos advogados, falsos apelos de autoridade, falso isso, falso aquilo, falso falsos... tudo falso, tudo errado... tudo Pa Kua hermano.

Pior do que aquela descrição anterior sobre o Pa Kua Ritmo, os pakuanos precisavam colocar sua veia revisionista em algum lugar, aí sobrou para o arco milenar pakuano, só que não...
página do site com o texto
de revisionismo histórico.
Após anos de investigação, preparação, prática e treinamento, a Liga Internacional de Pa Kua inicia o ensino de cursos de Arqueria Chinesa, revivendo técnicas milenares de tiro dentro do conhecimento Pa Kua.
A liga Internacional de Pa Kua cumpre desta forma um papel histórico ao reviver este conhecimento, passando a ser a única Escola em manter vivas as mais tradicionais técnicas de tiro com arco chinês e difundi-las na América Latina.”

Isto também deve ter saído da bunda de algum pakuano, provavelmente do mesmo cara... se o texto sobre o Pa Kua ritmo era risível de tão mentiroso, por outro lado, o texto atual sobre a tal “arqueria” chinesa reforça mais ainda o motivo de chamarmos seus alunos de “patinhos”.

Pensa bem: você treina arco chinês baseados em “investigação”, “preparação”, “prática” e “treinamento”, considerado como “autêntico” pela única escola de pseudo arte marcial chinesa criada na Argentina; uma pseudo escola chinesa com armas japonesas, que vende faixa preta à rodo através de um sistema corruptor de pirâmide; criado há 38 anos por um homem já falecido que alegava ter ido a Coreia do Sul, receber um título de uma arte marcial que nunca praticou, e acabou treinando Pa Kua com um suposto refugiado chinês depois pagar uma fortuna! Não é demais?

Ainda no tempo do falecido Orkut, ex praticantes já haviam comentado a mesma história de Magliacano, só que ao invés dele vender seus pertences, Giordano teria usado parte de uma suposta herança do falecido pai. A cada conto, aumenta-se um ponto.
Outra prova incontestável de que é tudo balela do Giordano, é o certificado de transmissão de conhecimento “assinado” pelo I Chan Ming; é o único certificado de 1976, traduzido do espanhol para o chinês, num tempo em que ainda existia a arvore que virou caderno de rascunho do Alta Vista Babelfish...

Quanto a verdadeira origem do arco chinês pakuano, este aconteceu quando um pakuano chamado Bruno Kotvisky foi para a Itália divulgar a bagaça na Europa, lá entrou para uma escola de arquearia e depois mostrou ao presidente pakuano no Brasil, Fernando Sandri (também conhecido como “Danilo – o advogado sem OAB”) e depois foi para a Hungria treinar outro estilo de arco. Foi o Sandri quem teve a ideia de inserir o tal “arco chinês” dentro da esfera manipuladora do Pa Kua.

Em defesa da verdade, e pelo prazer em contestar os pakuanos: a verdadeira e única entidade que mantem viva as técnicas de tiro com arco chinês desde 1720, é a marcenaria Ju Yuan Hao, situada em Pequim, República Popular da China. É a única e incontestável fabricante de arcos chineses ativa até hoje que possui certificados de reconhecimento internacional, mantida pelo Sr. Yang Fu Xi considerado a maior autoridade sobre arcos chineses no mundo inteiro. Site oficial em inglês: www.juyuanhao.org
Outra maneira de contestar os pakuanos sobre arcos chineses, está no Wikipedia em inglês, onde encontra-se a mesma citação da loja chinesa. Não se surpreendam se alguém do Pa Kua tentar alterar o texto como já fizeram antes. O único papel histórico que a Liga Internacional de Pa Kua cumpre é o do maior conto-do-vigário!

Sobre o uso de propagandas abusivas e neologias:

Seguidamente recebo uma quantidade absurda de propagandas abusivas criada pelo Pa Kua, algumas com erros como Kanjis espelhados, outras com frases de impacto que beira a desonestidade intelectual, em termo de arte marcial os pakuanos são bons publicitários. E eles abusam da lógica, inserindo neologias ou algum revisionismo histórico, como quem dá uma desculpa para justificar o injustificável.
É óbvio que trata-se de um “produto”, algo que precisa ser vendido a qualquer custo e para isso eles tentam convencer seus patinhos fiéis descobrirem a necessidade de investir dinheiro num curso inútil como defesa pessoal, uso de objetos caseiros como armas – copiando o sistema SOTAI; defesa contra facas. Óbvio que não são eficazes, e eles sabem bem disso! Se você acha um desaforo assistir um ingênuo dar todo o seu dinheiro em troca de um trapo sujo porque disseram a ele que pertenceu a Jesus Cristo; no Pa Kua, é exatamente IGUAL, só que com o provável desfecho do patinho parar na U.T.I..

O Maicom conseguiu juntar a última peça do quebra cabeça sobre um trecho pertinente encontrado no estatuto de 2009 da Liga Internacional de Pa Kua, onde menciona sobre o exercício de medicina chinesa. O CRM já manifestou que trata-se de ato criminoso de exercício ilegal... mesmo que numa acusação formal eles simplesmente negam tudo... é uma escola de sociopatas...

EPIC FAIL: dizem saber de tudo sobre a China e
nem deram conta que os Hanzis estão espelhados.
Basta ver que eles inventam nomes para suas modalidades como forma de dissociação cognitiva, a exemplo de “cosmodinâmica” no lugar de Tai Chi Chuan; a infame Yôga chinesa, eles mudaram para “sintonia”; e a acupuntura alteraram para “vias de energia”. O mais recente é “calistênia” só que usando espadas de madeira.

São palavras bonitas e rebuscadas, mas, que nada tem a ver com a coisa, senão meios de evitar confronto com estilos originais. Mas se parar para pensar, eles se apropriaram do nome Pa Kua Chang tentando justificar de qualquer maneira como se fosse um estilo mais antigo que o original... Por outro lado, é a dura constatação de que se você não pesquisar direito, não se informar corretamente e não procurar por fontes neutras... o Pa Kua é o que te aguarda...

A denuncia é um dever cívico. Denuncie!

homenagem feito pelo pessoal do
NO AL PAKUA que ano passado
nos autorizou traduzir uma bomba
no colo dos pakuanos.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Especial Grandes Mestres do Finjutsu: Frank Williams Dux – O Cavalo Paraguaio*.

*Flying horse é o apelido que a imprensa especializada deu a Frank Dux

Atenção: esta matéria contém spoilers, zoações, críticas ao cinema hollywoodiano e revelações coerentes sobre um mestre de finjutsu.

    Idos anos 1988, um grande blockbuster invadia os cinemas, videolocadoras e videoclubes do Brasil; o surgimento de um ator belga que revolucionaria os filmes de ação com suas técnicas elásticas e seu famoso espacate, o astro Jean Claude Van Damme...

    Depois de ser banido da produção do filme O Predador como dublê do arrojado alienígena invisível, lutar contra Sho Kosugi numa participação especial e roubar a cena no filme “Retrocedernunca, render-se jamais” – aparecendo no começo e depois só no final do filme; sua verdadeira estréia cinematográfica como protagonista de um filme, para a alegria ou decepção – pelo menos a minha... foi em “O Grande Dragão Branco” (Bloodsport ou “Força Destruidora” para os portugueses) dirigido por Newt Arnold, produzido pela Cannon International Films de Yoram Globus e Menahen Golan – famosos em produzirem o melhor e o pior do gênero cinema trash de ação dos anos 1980 como He-Man emMestres do Universo”, “Allan Quartermain e a Cidade perdida do ouroe “Comando Delta”. O Grande Dragão Branco tem um enredo interessante sobre um torneio misterioso nos subúrbios de Hong Kong contrastando com a história de um ilustre desconhecido chamado Frank Dux.
Frank W. Dux - The Flying Horse.

Frank Williams Dux – “O Cavalo Alado”; nasceu em 1956 na cidade de Toronto, Canadá; filho de sobreviventes do Holocausto, passou sua adolescência em São Francisco, Califórnia. Atualmente mora em Seattle nos EUA. Frank Dux promove seminários de defesa pessoal, realiza trabalhos sociais e afirma ter atuado como agente secreto a serviço da CIA, inclusive, existe uma biografia intitulada “The Secret Man” (O Homem Secreto).

   A refutação não se trata do talentoso ator belga – que passou por problemas com drogas, divórcios conturbados e o fracasso de filmes como The quest (também co-produzido em parceiria com Frank Dux), Time Cop e o nada-a-ver Street Fighter (a pior entre todas as adaptações de videogames entre “A lenda de Chun-Li” e “Resident Horrível Evil”); mas sim, de Frank Dux considerado pelo site Bullshido.netcomo “o maior charlatão de todos os tempos”, superando outros impostores famosos nos EUA como o ninja mandrake Ashida Kim e a pervertida sul-coreana Yun Jun Kim.

    O enredo de “O Grande Dragão Branco” que todo mundo já assistiu em reprises da “Sessão da Tarde” ou canais por cabo já sabe de-cor-e-salteado que Jean Frank Van Dux vai até Hong Kong participar do Kumitê: um evento anual secreto de artes marciais honrar seu “Shidoshi” Tanaka, onde seu árduo treinamento é explicado num rápido flashback.
Jackson, você é um noob!

Em meio o enredo, agentes do exército americano tentam impedir que Van Dux prossiga na competição – cujo o motivo não se explica, senão, uma desculpa para Forest Whitaker aparecer no filme...

   Em meio a uma partida de Karate Dojo, Jean Frank Van Dux faz amizade com Jackson, um motoqueiro barbudo, com cara de louco, que participa do Kumitê e também conhece uma bela jornalista loira, bonita e sensual que faz de tudo (digo: tudo) para conseguir uma cobertura jornalistica completa sobre o Kumitê – sem contar que é a única presença feminina do elenco só pra quebrar os níveis de testosterona, pois, filme de porrada é filme de macho...
Karate Dojo, anterior ao Karate Championship

   Como sempre rege a regra dos filmes estadunidenses o “vilão” do filme é nada mais do que um asiático – Claro! Quem recorda do Guile protagonista e o Balrog (Mike Bison) “mocinho” de Street Fighter? Coube ao ator chinês Bolo Yeung (o Hércules chinês) encarnar o papel do temido lutador coreano Chong Li, cuja a cena mais emblemática são as salvas da torcida gritando seu nome enquanto Chong Li saltava freneticamente agitando seus músculos...

   A cena mais dramática do filme acontece quando Van Dux assite Chong Li merendar na bicuda seu amigo Jackson, o motoqueiro barbudo e com cara de louco, tomando sua bandana da Harley Davidson como troféu.
    Como todo o enredo de filme de ação, Van Dux se vê solitário, refletindo seus dilemas recentes e se prepara para vencer Chong Li, que com a mãozinha dos roteiristas, estarão lutando nas finais do torneio...
Lutadores estilo macaco.
    Não posso deixar passar batido a cena que Chong Li mata um lutador figurante e deixa toda a torcida (de figurantes) e todos os mestres (também figurantes) em silêncio; apenas para escrever esta zueira...
   Na luta final, Jean Frank Van Dux convence os agentes do exército americano que precisa realizar sua vingança pelo seu amigo Jackson motoqueiro barbudo, com cara de louco, noob no videogame e baixado na UTI comendo carne de cachorro via sonda (lembre-se que é um hospital de Honk Kong – zueira); para isso, Van Dux irá saltar, dar espacates no ar, meter um dedão na cara de Chang Li estando de costas, após uma pirueta em meio ao erro de continuidade; além de fazê-lo de bobinho durante as sequências de camera lenta, deixando à única mulher do filme muito excitada...
Ai, fiquei toda molhadinha!

   Mas, como um filme precisa mostrar alguma dramaticidade na vitória, Chang Li arremessa um pó branco (...) nos olhos de Jean Frank Van Dux que o deixa parcialmente cego, impossibilitando acertar o “malvado-e-não-americano” Chang Li que se aproveita do momento para bater nele até que Van Dux lembra do seu treinamento extrassensorial, permitindo o dom de sentir a presença do inimigo sem enxergar. Com essa “vantagem”, Jean Frank Van Dux finalmente vence Chang Li para conquistar definitivamente o título do Kumite e o reconhecimento da entidade secreta chinesaKokoro Kai”... 

   Antes dos créditos do filme aparecer, ficamos sabendo que esse filme foi inspirado na biografia do verdadeiro Frank W. Dux que possui um ranking invejável de títulos do tal Kumite e seus recordes mandrakes:
cena da bandana
  • Recorde mundial de 56 nocautes consecutivos (num só campeonato?).
  • Recorde mundial de nocaute mais rápido registrado em 3.2 segundos.
  • Recorde mundial de soco mais rápido de 0.12 segundos.
  • Recorde mundial de chute mais rápido: 115 km/h.
  • Recorde mundial de menor tempo de duração em lutas com nocautes de 1:20 segundos.
  • Recorde mundial de invencibilidade de 329 lutas consecutivas.

   Seria Frank Dux o “Usain Bolt” das artes marciais? A vida de Frank Dux retratada no cinema e livros não passam de mera ficção! Dux alega que tinha participado do Kumite durante uma “missão secreta” em 1975 enquanto investigava a Kokoro kai. O jornal Los Angeles Times revelou que o endereço da Kokoro Kai era o mesmo de sua residencia nos EUA e o famoso troféu conquistado no Kumite havia sido comprado em uma loja próximo de sua casa... Tudo não passou de uma propaganda pessoal para promover seu Finjutsu Dux Ryu.

Um diz "Matei", outro diz "Matte"
 Em sua defesa, Dux disse “que tudo não passa de uma conspiração para desacredita-lo, liderada pelo mestre de Ninjutsu Stephen K. Hayes, que o vê como uma ameaça”, também alega que quem o chamar de picareta mandará o Danilo ligar para ameaçá-los com seus processos inventados...

   Tirando a indireta com o “Advogado Danilo”, a verdade dos fatos são estes:
  • Frank Dux se intitula mestre em Ninjutsu Koga Yamabushi e que teria sido agente secreto, porém, nunca apresentou evidencias que comprove esses fatos...
  • Frank Dux nunca provou que teria treinado com Senzo Tanaka – se é que este homem existiu...
  • Seus recordes mandrakes de chutes e nocautes velozes também são suspeitos por não serem registros oficiais. Afinal, se o Kumite era um torneio secreto, quem registrou esses recordes e qual a credibilidade de um torneio realizado as escuras?
  • Inclui também na lista de questionamentos o recorde de invencibilidade de 329 lutas.

   Ora, grandes lutadores renomados como Cassius Clay, Mike Tyson, Andy Hug, Arcelino “Popó” Freitas, Anderson Silva, Rorion e Royce Grace que lutaram entre dez a quinze anos em média, todos foram invictos até certo ponto de suas carreiras, e nenhum deles chegou a ultrapassar mais do que, pelo menos, 70 combates... Só no Kyokushin, o maior desafio é a luta contra 100 homens e pouquíssimos homens foram capazes de atingir a meta final sem perder uma só vez!

   Entre outras situações, há também o fato que durante a produção de O Grande Dragão Branco, Frank Dux e Van Damme chegaram a se estranhar a ponto de rolar um processo judicial. Uma nova parceria com Van Damme aconteceu em meados dos anos 1990 no filme The Quest (Desafio Mortal) cujo o enredo é bem semelhante de Bloodsport, só que se passava nos anos 1920.

   Ainda sobre o enredo de “O Grande Dragão Branco” há um outro filme Sino-Japonês chamado “Blood Fight” de 1989, que já foi exibido no Brasil no extinto Força Total da TV Bandeirantes (Band TV) estrelado pelo Karateka Yasuaki Kurata e Bolo Yeung onde podemos fazer as seguintes comparações:
Yasuaki Kurata
  • Yasuaki Kurata é um mestre de Karate aposentado das competições e procura um novo discipulo para substituí-lo.
  • O vilão é o mesmo Bolo Yeung, que chama-se Chung-Li – a serpente vietnamita.
  • Chung-Li mata o discipulo do mestre de Karate e leva consigo sua bandana.
  • Chong Li! Chung Li!
    A maior parte da trama do filme é contada num flashback há dois anos antes da luta final entre o Mestre de Karate e Chung Li.
  • Na luta final, Chung-Li exibe a bandana de seu discípulo morto amarrado na cintura.
  • Igual a cena marcante de Bloodsport, o público também saúda Chung-Li gritando seu nome.
  • Chung Li trapaceia na luta usando cacos de vidro para atingir a visão do mestre de Karate tentando cegá-lo...
  • No final da luta, Chung Li morre e o mestre de Karate retira a bandana de seu falecido discípulo.
   O mais intrigante neste filme é que apesar de Blood Fight (1989) ser posterior a Bloodsport (1988), o enredo do filme soa mais original que o famoso filme hollywoodiano; isso sem contar que Bolo Yeung aparenta estar mais jovial que no filme de 1988... 


os dois filmes rolam uma sabotagem.
   Muita gente que paga-pau para filmes estadunidenses já falou que Blood Fight é uma cópia barata de Bloodsport; isso pode ser verdade, mas quem diz isso de boca cheia nunca percebeu que a indústria do cinema hollywoodiano há anos compram roteiros de filmes estrangeiros em pré-produção para lançá-los antes e ficar com a fama de “os donos da cria”. Um bom exemplo é o enredo do filme do Juiz Dredd de 2012 ser exatamente igual ao roteiro do filme filipino The Raid: Redemption de 2011, onde uma cambada de baba-ovos do cinema hollywoodiano, auto-declarados “criticos de cinema” compararam com Tropa de Elite e confundem Pencak Silat com Kung Fu... Sabem de nada, inocente!!!!

    Mas não demora muito quando chegar a versão hollywoodiana de “Oldboy” para esses mesmos críticos dizerem que será melhor do que o original coreano... Viva o Cine-preconceito!
   Então, se com meros filmes as pessoas já fazem esse tipo de julgamento leviano, imagina então quem pratica o finjutsu sem saber... A aparência sempre engana...


Sumo havaiano e outro é sumo japones. 
    E que me perdoem os fãs de Van Damme, até gosto do filme, mas, por se tratar de um “Cavalo Paraguaio” como Frank Dux, sou mais a favor do filme nipônico que está mais voltado a uma ficção de entretenimento do que uma biografia de mentira. Se não fosse Frank Dux tentar se promover com o filme, continuaria sendo um dos meus títulos de ação preferidos – e também um dos raros filmes legais de Van Damme...